quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Operação contra lavagem de dinheiro da facção de Beira-Mar tem 7 presos (Postado por Erick Oliveira)

Sete suspeitos de participar de um esquema de lavagem de dinheiro da facção criminosa do traficante Fernandinho Beira-Mar foram presos na manhã desta quinta-feira (1º) durante a "Operação Scriptus". Segundo a polícia, a ação acontece no Rio de Janeiro, e nos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais. Entre os presos, apenas um foi detido no Rio, segundo a polícia.
Beira-Mar cumpre pena na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, por homicídio e tráfico de drogas.
Duzentos policiais tentam cumprir 20 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão. As pessoas envolvidas no esquema vão responder por tráfico de drogas, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
A operação desta quinta-feira acontece um ano após a ocupação do Conjunto de Favelas do Alemão, umas das comunidades que eram controladas pela facção.
Investigação
Segundo a polícia, as investigações foram desencadeadas pelo Núcleo de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (NUCC – LD), com apoio da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod), da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e da Coordenadoria de Inteligência e Informação Policial (Cinpol).
Foram analisados 14 retalhos de papel pautado, com manuscritos do traficante Fernandinho Beira-Mar, apreendidos durante a ocupação do Alemão. Neles, os agentes descobriram como os traficantes conseguiam grande parte das armas e drogas da comunidade e de como era realizado o esquema de lavagem de dinheiro.
Segundo as investigações, de 40 toneladas de maconha apreendidas durante a ocupação do Alemão, cerca de dez toneladas chegaram através do esquema montado pelo traficante.
Contas da quadrilha movimentavam mais de R$ 20 milhões
De acordo com o coordenador do NUCC – LD, delegado Flávio Porto, a análise do material identificou também a existência de um “terceiro setor”, composto por pessoas físicas e jurídicas, em Foz do Iguaçu, no Paraná, Mato Grosso do Sul e Belo Horizonte, em Minas Gerais. Tanto as pessoas como as empresas tinham como função dar uma aparência de legalidade ao dinheiro obtido com o tráfico de drogas.

Segundo a polícia, o capital era depositado nas contas dos envolvidos por pessoas que se associaram ao grupo criminoso.
Ao rastrear o esquema, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), em conjunto com a Polícia Civil, possibilitou o bloqueio e sequestro dos saldos das contas bancárias envolvidas no esquema, por onde circulavam mais de R$ 20 milhões. Com isso, segundo a polícia, será possível chegar ao patrimônio dos criminosos.

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.