domingo, 21 de setembro de 2014

Levantamento mostra os destaques da bancada do Rio na Câmara

Lista mostra quem foram os deputados federais com melhor e pior avaliação em seis quesitos

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O plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília - André Coelho / O Globo


BRASÍLIA — Levantamento da atuação parlamentar da bancada do Rio feito pelo GLOBO revela a existência de uma elite de deputados fluminenses com atuação positiva marcante na Câmara nos últimos quatro anos, enquanto outro grupo se destaca negativamente. A elite fluminense na Câmara é composta por oito deputados que aparecem em pelo menos duas categorias consideradas positivas no desempenho do mandato, como presença nas sessões, a economia com a verba de gabinete e a apresentação de projetos e relatorias.
INFOGRÁFICO: confira dados sobre parlamentares do Rio
BALANÇO:confira, nome a nome, informações sobre bancada fluminense
Neste seleto grupo, se destacam os deputados Miro Teixeira e Hugo Leal. Os dois foram eleitos por partidos diferentes e hoje estão no novato PROS, mas se destacaram, cada um, em três das seis categorias, liderando cada um duas delas.
Ao longo do último mês, O GLOBO se debruçou sobre os dados nos quatro últimos anos dos mandatos de cada um dos parlamentares do Rio eleitos em 2010. Foram analisados indicadores da presença na sessões de plenário, gasto da verba de gabinete, presença nas comissões temáticas, discursos em plenário, apresentação de projetos e relatorias de propostas.
Um bom parlamentar é uma combinação de assiduidade, estudo dos projetos, manifestação de opiniões e sintonia com os interesses da sociedade, um mandato voltado não para seus próprios interesses, mas os interesses daqueles que ele representa.







Infográfico mostra uso da verba indenizatória por parlamentares - / O Globo
Em 2010, 46 deputados foram eleitos no Rio, mas só 33 cumpriram os mandatos integralmente. Os outros 13 se licenciaram ou renunciaram para assumir outros cargos, abrindo as vagas que levaram 15 suplentes a assumirem o posto temporária ou definitivamente. A reportagem focou sua análise na comparação dos mandatos apenas dos 33 que cumpriram integralmente seus mandatos. Todos os dados dos 61, no entanto, estão disponíveis no site do GLOBO.INICIANTES NA LISTA POSITIVA
Miro é o mais presente em plenário (98%) e o que menos gasta o chamado cotão (R$ 381 mil em quatro anos, quase integralmente em passagens do Rio para Brasília), além de estar entre os cinco que mais discursam em plenário. Hugo Leal lidera outras duas categorias, mais presente em comissões e o que mais relatou propostas, e está entre os cinco que mais apresentaram projetos. Também integram a elite da bancada dois deputados em primeiro mandato — Alessandro Molon (PT) e Romário (PSB) —, além de Chico Alencar (PSOL), Benedita da Silva (PT), Anthony Garotinho (PR) e Zoinho (PR).


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Infográfico mostra uso da verba indenizatória por parlamentares - / O Globo
Em 2010, 46 deputados foram eleitos no Rio, mas só 33 cumpriram os mandatos integralmente. Os outros 13 se licenciaram ou renunciaram para assumir outros cargos, abrindo as vagas que levaram 15 suplentes a assumirem o posto temporária ou definitivamente. A reportagem focou sua análise na comparação dos mandatos apenas dos 33 que cumpriram integralmente seus mandatos. Todos os dados dos 61, no entanto, estão disponíveis no site do GLOBO.
INICIANTES NA LISTA POSITIVA
Miro é o mais presente em plenário (98%) e o que menos gasta o chamado cotão (R$ 381 mil em quatro anos, quase integralmente em passagens do Rio para Brasília), além de estar entre os cinco que mais discursam em plenário. Hugo Leal lidera outras duas categorias, mais presente em comissões e o que mais relatou propostas, e está entre os cinco que mais apresentaram projetos. Também integram a elite da bancada dois deputados em primeiro mandato — Alessandro Molon (PT) e Romário (PSB) —, além de Chico Alencar (PSOL), Benedita da Silva (PT), Anthony Garotinho (PR) e Zoinho (PR).

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O levantamento também mostrou um grupo de cinco deputados que se encaixam em pelo menos três rankings negativos — mais ausentes em plenário e comissões, que mais gastam a verba, menos discursam, menos projetos apresentaram ou relataram. Este grupo é encabeçado pelos deputados Doutor Adilson Soares (PR), que figura em quatro das seis categorias, liderando três delas: menos presente em comissão (esteve presente em apenas 50%), menos discursos (dois durante os quatro anos de mandato) e menos projetos apresentados (durante os quatro anos, não apresentou nenhum). Ele está ainda entre os que mais gastaram o cotão (R$ 1,1 milhão). Adilson Soares é irmão do pastor R.R. Soares, da Igreja Internacional da Graça de Deus.
O ex-ministro Edson Santos (PT) é outro que integra o grupo dos líderes em quesitos negativos. Detentor do menor percentual de presença em plenário (71%) entre os 33 que cumpriram integralmente o mandato, foi também o que mais gastou durante os quatro anos da legislatura (R$ 1,2 milhão) — o exato oposto de Miro, o mais presente e econômico.
Outros três fecham a lista negativa. O deputado Adrian (PMDB) foi o que menos relatou projetos durante o mandato (apenas 3), segundo mais ausente em plenário (71% de presença) e que figura entre os cinco que menos discursaram em plenário (20 discursos). Francisco Floriano (PR) está entre os que mais gastaram o cotão (1,2 milhão), menos presentes em comissão e os que menos apresentaram propostas. E Edson Ezequiel (PMDB), que está em três categorias negativas (poucos discursos, poucas relatorias e pouca apresentação de propostas), apesar de também aparece entre os cinco que menos gastaram no mandato.
A deputada Andréia Zito (PSDB) aparece em duas categorias positivas — menor gasto do cotão e grande número de projetos apresentados, mas está na lista dos cinco que menos estiveram presentes em comissões e menos discursaram.
‘GOSTO DE SER DEPUTADO’
O deputado Hugo Leal (PROS) está no segundo mandato como federal, mas encabeça a lista dos que mais relataram projetos nesta legislatura, dos mais presentes em comissões e está entre os que mais apresentaram projetos. Ele diz que gosta de ser deputado.
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— Soldado, no quartel, quer serviço. Alguns interpretam a Câmara como uma casa de passagem para galgar outros postos. Eu gosto de ser deputado, a Câmara é rica em debates e dá angústia por não conseguir participar de todos.
Em seu décimo mandato, Miro Teixeira diz que o desempenho de um deputado depende do papel que ele exerce. Nem sempre estar entre os mais presentes significa exercer bem o mandato.
— Uso meu mandato para fiscalizar com lupas projetos que estão em votação, emendas feitas às Medidas Provisórias, por exemplo. Mas já estive longe do plenário e ao lado de outros para evitar, por exemplo, a invasão da CSN, em Volta Redonda. Não é só ficar sentado em plenário, mas atuar — disse o parlamentar.
Campeão em discursos, com mais de mil feitos só em plenário nesta legislatura, o deputado Chico Alencar (PSOL) também se destaca pelo uso econômico do cotão, com R$ 654 mil, cerca de 55% do que é permitido.
— Uso sim, a verba, porque é necessário. Mas temos muito zelo pelos recursos públicos. Unimos o princípio da necessidade de custeio do mandato com o da austeridade — diz Chico Alencar.
‘É PRECISO SER OUSADO’
Em seu primeiro mandato na Câmara, Alessandro Molon conseguiu relatorias importantes e aparece como o terceiro mais presente em plenário, e o segundo que mais relatou propostas.
— Corri atrás, as coisas não caíram do céu, foram fruto de um trabalho sério. É preciso ser ousado, furar barreiras. Lutei para ter a relatoria do Marco Civil porque entendia que era algo decisivo para o Brasil e isso foi antes de estourar o escândalo da espionagem dos EUA — afirmou Molon.
O deputado Dr. Adilson Soares, que aparece em quatro categorias negativas, não tentará se reeleger. Em relação ao uso da cota, afirma que gastou dentro da legalidade. No caso da ausência em comissões, diz que elas funcionam na quarta-feira, dia em que as audiências dele em ministérios eram marcadas. Em relação ao fato de ter feito, durante os quatro anos, apenas dois discursos em plenário, justifica:
— Meus discursos sempre foram no meu gabinete, atendendo ao povo do meu estado e trabalhando no acompanhamento de seus pleitos em Brasília.
O deputado Edson Santos diz que, durante o mandato, teve que se ausentar da Casa para participar de missões oficiais aos EUA, China, Angola e Antártida, além de participar de diligências de subcomissões, como a da Copa, ou de projetos que relatou e que implicam em visitas a outras cidades. O deputado Adrian (PMDB) afirma que todas as suas faltas foram justificadas e que seu trabalho como deputado é dedicado a garantir verbas para municípios do interior do Rio.
Em relação ao uso do cotão, a deputada Andreia Zito afirma que usa mais para os deslocamentos e tem evitado contratação de consultorias, recorrendo a seus funcionários de gabinete. Diz que procura apresentar projetos que considera relevantes e ficou feliz por ter uma de suas emendas constitucionais, a que garante aposentadoria por invalidez, virar lei. Em relação às comissões, diz ter sido indicada para muitas, mas, como muitas são esvaziadas, preferiu dedicar seu tempo a outras atividades.
VERBAS PAGAM PASSAGENS E ASSESSORES
Somados, os 61 deputados do Rio que passaram pela Câmara desde 2011 gastaram R$ 46,6 milhões da cota para o exercício da atividade parlamentar. Conhecida como cotão, a verba é para as despesas de custeio do mandato, como aluguel de escritórios no estado, passagens aéreas, consultorias e combustível. Como o valor das passagens varia conforme a distância, a cota muda de estado para estado. No caso do Rio, os deputados podem ser ressarcidos em até R$ 32.550,32 por mês.
Caso não utilize todo o valor, o saldo fica acumulado ao longo do exercício financeiro. Entre os 33 parlamentares que exerceram o mandato por completo, Edson Santos (PT) é o que mais usou a cota. Nos últimos quatro anos, ele foi reembolsado pela Câmara em R$ 1.213.587,74. Francisco Floriano (PR) é segundo na lista. Ao todo, ele foi reembolsado em R$ 1.200.910,19. Até o fechamento da reportagem, Floriano não retornou às ligações do GLOBO.
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O deputado Dr. Adilson Soares (PR) aparece em terceiro lugar, com R$ 1,17 milhão em ressarcimento. No quarto lugar está Áureo (SD), com R$ 1,15 milhão. Por meio de sua assessoria, o deputado informou que usou a maior parte da verba “de forma lícita e aprovada pelos órgãos competentes da Câmara dos Deputados, divulgando essas ações e contratando assessoria para fornecer orientações, estudos técnicos e divulgação.” Quinto entre os que mais utilizaram a cota, Washington Reis (PMDB) diz considerar os gastos normais e dentro da média:
— Utilizei para manter meu escritório no Centro do Rio, para alugueis de carros e combustíveis. Sempre que possível pago tiro os recursos do meu próprio bolso, mas às vezes não dá, quem trabalha tem despesa — afirmou Reis.
Além da cota, os deputados recebem uma remuneração mensal de R$ 26.732,13 (subsídio), que leva em conta a presença nas sessões deliberativas. Cada deputado tem direito a uma verba mensal de gabinete de R$ 78 mil para o pagamento de funcionários do gabinete. Cada parlamentar pode contratar entre 5 e 25 funcionários.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Arcebispo Dom Orani é vítima de assalto em Santa Teresa

16/9/2014 12:02
Por Redação, com ARN - do Rio de Janeiro

O cardeal seguiu sua agenda de compromissos, enquanto os acompanhantes registraram boletim de ocorrência
O cardeal seguiu sua agenda de compromissos, enquanto os acompanhantes registraram boletim de ocorrência
O Arcebispo Metropolitano da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, juntamente com o motorista, um fotografo e um seminarista, foram vitimas de um assalto a mão armada, revelou o Arcebispo em sua página no facebook.
O carro foi interceptado por três homens armados que exigiram que todos os ocupantes entregassem seus pertences. Um dos assaltantes reconheceu dom Orani, pediu desculpas, mas não mudou de ideia. Ele estava armado e levou o cordão, o crucifixo, caneta, o telefone e uma réplica do anel de ouro que dom Orani recebeu do papa Francisco, quando se tornou cardeal arcebispo, em cerimônia no Vaticano. De acordo com o assessor da Arquidiocese do Rio, Adionel Carlos, “o anel que o cardeal usa no dia a dia é de baixo valor, um anel comum. O anel recebido do papa só é usado em ocasiões especiais”.  O assessor acrescentou que dom Orani já decidiu que não falará sobre o assalto.
Na ação, os criminosos levaram também o paletó e a mochila do motorista, além da batina do seminarista, que foram abandonados em Santa Teresa e recuperados pela polícia. Apenas a câmera do fotógrafo não foi recuperada até agora.
Em nota, a Polícia Civil informou que o caso foi registrado na 10ª Delegacia de Polícia (Botafogo) como roubo. Logo após o crime, os agentes fizeram diversas diligências e conseguiram recuperar os pertences do arcebispo, como um celular, o anel cardinalício, a cruz peitoral e dois terços de prata. Os pertences estavam dentro de uma mochila. Também foram recuperados uma batina e documentos de outros integrantes da comitiva do arcebispo.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Romário lidera disputa ao Senado no RJ com 43%, aponta Datafolha

Cesar Maia vem em segundo, com 22% das intenções de voto.
Pesquisa ouviu 1.348 eleitores em 32 cidades do Estado do Rio.

Do G1 Rio
Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (11) aponta os seguintes percentuais de intenção de voto na corrida para o Senado pelo Rio de Janeiro:

Veja os números do Datafolha:
Romário (PSB) – 43%
Cesar Maia (DEM) – 22%
Eduardo Serra (PCB) – 5%
Carlos Lupi (PDT) – 5%
Liliam Sá (PROS) - 1%
Pedro Rosa (PSOL) – 1%
Diplomata Sebastião Neves (PRB) - 0%*
Heitor Fernandes (PSTU) – 0%*
Indecisos – 10%
Brancos e nulos – 13%

*Não atingiram 1%

No levantamento anterior, divulgado no dia 4 de setembro, Romário tinha 38%, Cesar Maia, 25%, e Eduardo Serra, 6%.
O Datafolha entrevistou 1.348 eleitores em 32 municípios do Estado do Rio de Janeiro nos dias 8 e 9 de setembro. A margem de erro máxima é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos, para o total da amostra. O nível de confiança é de 95%. Isso significa que, se forem realizados 100 levantamentos, em 95 deles os resultados estariam dentro da margem de erro de dois pontos prevista. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob os números RJ-00034/2014 e BR-00584/2014.
 
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terça-feira, 9 de setembro de 2014

Ibope: Garotinho tem 26%, Pezão, 25%, e Crivella, 17%

Lindberg Farias soma 9% das intenções de voto

Jornal do Brasil
Pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira para o governo do estado do Rio de Janeiro aponta o candidato do PR, Anthony Garotinho, com 26% das intenções de voto, seguido por Luiz Fernando Pezão (PMDB), com 25% , e Marcelo Crivella (PRB), com 17%. Lindberg Farias (PT) é o quarto colocado, com 9%. Votos brancos e nulos são 14%; não sabem ou não responderam, 6%.
No levantamento anterior, de 2 de setembro, Anthony Garotinho (PR) tinha 27% das intenções de voto, seguido por Luiz Fernando Pezão (PMDB), com 19%, Marcelo Crivella (PRB), com 17%, e Lindberg Farias (PT), com 11%. 
A pesquisa tem margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Num eventual segundo turno, o Ibope fez três simulações. No primeiro, se a disputa fosse entre Garotinho e Crivella, o ex-governador teria 33% contra 34% do ex-ministro.
Já entre Garotinho e Pezão, o atual governador venceria por 40% contra 33%.
Em outro quadro, Garotinho contra Lindberg, o candidato do PR teria 35% e o petista, 30%.
A pesquisa foi contratada pela TV Globo e realizada entre os dias 5 e 8 de setembro. Foram entrevistados 1.806 eleitores em 56 municípios do estado.
Rejeição
O Ibope também apontou a rejeição dos candidatos. A maior rejeição é de Anthony Garotinho, que tem 39%. Na sequência aparecem Pezão (18%), Lindberg (19%), Crivella (15%). 
Tags: 2014, campanhas, candidatos, eleições, sucessão

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Na terra de Campos, Dilma sugere que Marina 'virou a casaca'

Em comício lado de Lula no Recife, presidente-candidata criticou os recuos no programa de governo da adversária. Ex-presidente disse que Aécio 'já está fora'

Felipe Frazão, do Recife (PE)
04/09/2014 - A candidata do PT à reeleição, Dilma Roussef, o ex-presidente Lula e o candidato ao governo de Pernamabuco, Armando Monteiro, durante comício em Recife
04/09/2014 - A candidata do PT à reeleição, Dilma Roussef, o ex-presidente Lula e o candidato ao governo de Pernamabuco, Armando Monteiro, durante comício em Recife   (Alexandre Gondim/Folhapress) 
 
Para evitar perder eleitorado no Nordeste, a presidente-candidata Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula fizeram na noite desta quinta-feira um comício à beira-mar em uma favela urbanizada no Recife (PE), a comunidade Brasília Teimosa. Foi a primeira vez que eles voltaram ao Estado em campanha após a morte do ex-governador Eduardo Campos, sucedido por Marina Silva na disputa. Coube ao padrinho político de Dilma expor a estratégia do comitê petista para os próximos trintas dias de campanha. Ele afirmou que o tucano Aécio Neves não está mais no páreo. "A única previsibilidade que se tem é que ele já está fora da disputa eleitoral de 2014 e não foi capaz de prever isso", disse ironizando o discurso do tucano, que promete governar com "previsibilidade" de regras na economia.

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Nem Lula nem Dilma citaram nominalmente Marina e Campos, mas ambos fizeram críticas ao discurso dos pessebistas que ocuparam cargos no governo Lula. Por ter proximidade com ambos, o ex-presidente fez a ressalva de que não estava ali "para falar mal ou para ferir ninguém". É um sinal de recuo frente à ofensiva lançada pelo marketing da campanha de Dilma, que decidiu procurar o embate direto com Marina. "Estou vendo as pessoas falarem a palavra 'nova política', e a pessoa já foi vereadora, deputada estadual, federal, senadora. Se tem uma 'nova política' no país é a Dilma que nunca foi política", disse Lula.

Marina e seu antecessor, Eduardo Campos, foram alfinetados de forma indireta por Dilma e caciques petistas, como o senador Humberto Costa, o candidato ao Senado João Paulo, ex-prefeito de Recife, e pelo candidato ao governo pernambucano, Armando Monteiro (PTB), que perdeu terreno para o rival Paulo Câmara (PSB), afilhado político de Campos, na disputa estadual. A presidente afagou os cerca de 20.000 cabos eleitorais e militantes presentes, segundo a organização, e ainda adaptou o slogan de Campos, que virou mote da candidatura de Marina – "Não vamos desistir do Brasil". "Acreditei no Brasil minha vida inteira e não desiste dele nem quando fui presa e torturada, porque o nosso país é muito mais do que um bando de ditadores", disse. "Aprendi com Lula, um dos filhos mais queridos de Pernambuco, que sempre nos deu lideranças fortes, a ter verdadeira paixão por Pernambuco."

Vira-casaca – Dilma voltou a reprovar o programa de governo de Marina, acusando a rival de não priorizar o pré-sal, cujos recursos a presidente-candidata promete reverter para a educação. Dilma também repetiu a afirmação de que as propostas de Marina gerariam desemprego. Ela alfinetou os recuos no programa do PSB, que soltou erratas sobre a defesa dos direitos de homossexuais e da política de energia baseada em usinas nucleares. "Aqui nesse palanque estão as pessoas que não mudam de lado, que não viram a casaca, não dizem uma coisa hoje e outra amanhã", disse Dilma. "Não podemos aqui aceitar aqueles que negociam o emprego e o salário, numa pretensa, falsa política sem sustentação para enganar a população".

Dilma também alfinetou Campos, ao citar obras e investimentos no Estado que o ex-governador usava como vitrine eleitoral: como a Refinaria Abreu e Lima –  alvo de investigação da CPI da Petrobras –, estaleiros e a instalação da fábrica de automóveis da Fiat. "Tem muito cara de pau por aí. Quantas vezes vocês escutaram que a transposição do São Francisco foi feita por uma pessoa só? Não, a transposição começou com Lula e eu dei continuidade."

O coordenador da campanha de Dilma em Pernambuco, senador Humberto Costa (PE), questionou a falta de realizações de Marina. Ele também assumiu como do governo federal a "paternidade" de obras que Campos. "Pernambuco só se curva para agradecer. Existe um defeito que Pernambuco não tem que é o defeito da ingratidão. Quando eu olho essas pesquisas que dizem que Marina está na frente de Dilma eu custo a acreditar. Dou um prêmio a quem achar um tijolo que ela tenha botado aqui quando foi ministra".

Tragédia – Os únicos a citarem a queda do jatinho que matou Campos foram João Paulo e Armando Monteiro, que disputam cargos na chapa local. Eles tentaram dar como "encerrada" a comoção pela morte de Campos, após a qual os pessebistas Marina Silva e Paulo Câmara subiram nas pesquisas de intenção de voto. “Teve gente nessa batalha incansável que tentou se utilizar uma tragédia nacional para reverter o cenário eleitoral", acusou João Paulo. Ele também disse que os partidários de Campos "apropriaram-se de forma injusta e indecente" das obras em Pernambuco, "sem dar crédito" a Lula e Dilma.

Monteiro, que é candidato ao Palácio das Princesas e ex-aliado de Campos, preferiu um tom menos beligerante. "Pernambuco vive um momento especial, o momento de um povo que sabe reverenciar a memória de suas figuras públicas. Pernambuco sempre teve a compreensão que tem de reverenciar a memória de muitos, mas tem o compromisso de trabalhar olhando para frente."

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.