terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Jovem atingida por tiro dentro do carro de Adriano passa por cirurgia (Postado por Lucas Pinheiro)


A estudante Adriene Cyrilo, que foi atingida por um tiro dentro do carro do jogador Adriano, passa por uma cirurgia de reconstrução da mão esquerda, na manhã desta terça-feira (27). Ela está internada no Hospital Barra D'or, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. A jovem foi atingida na mão na madrugada de sábado (24), depois de deixar uma boate na Barra acompanhada de outras três mulheres, do jogador e um amigo.

Segundo o hospital, a previsão é que a cirurgia termine no início desta tarde.
A equipe de ortopedia responsável pelo caso acredita que a jovem não terá sequelas, pois o tiro atingiu apenas o osso, não afetando artérias nem o tendão.

Depoimento
Na segunda-feira (26), o jogador Adriano disse em depoimento à polícia que só pegou a arma que estava no carro apenas ela ter disparado. Adriano depôs durante 1h40 na 16ª DP (Barra da Tijuca).

Segundo Adriano, ele sabia que a arma estava no console do carro, entre o banco do carona e do motorista, um policial militar amigo dele. O jogador afirma que não viu quando a arma foi retirada do local. O jogador disse que ouviu o disparo, se assustou e olhou para o banco de trás do carro, mas não percebeu que alguém estava ferido.

Somente quando Adriene disse que seu dedo estava sangrando, Adriano diz que viu a arma em sua mão. Foi quando, segundo ele, tocou na arma pela primeira vez naquela noite. Adriano diz que então pediou ajuda a um amigo do policial que os seguia em outro carro, para levar Adriene a um hospital. O jogador disse também, no depoimento, que insistiu para que uma amiga a acompanhasse até o hospital.
Adriano contou ainda que pediu à mesma pessoa que levou Adriene ao hospital que apresentasse seu carro (de Adriano) à delegacia para perícia.

Sem caráter e má-fé
Segundo o advogado do atleta, Ivan Santiago, o depoimento foi bom e Adriano confirmou tudo o que havia dito anteriormente.

Ao chegar à delegacia, Adriano afirmou que a jovem baleada dentro do seu carro "não tem caráter e agiu de má-fé" ao acusá-lo de ter disparado a arma dentro do carro dele. Ele voltou a afirmar que estava no banco da frente do veículo e nega ter efetuado o disparo.

Segundo Adriano, quando viu que a jovem estava ferida, pediu para o amigo que dirigia o veículo parar. Nesse momento, ele contou que tirou a jovem de dentro do carro, tirou a camisa para cobrir o ferimento da vítima e pediu que o amigo levasse a jovem para o hospital.

O jogador contou ainda que foi ao hospital onde a jovem está internada para fazer o exame de resíduo de pólvora e não chegou a visitá-la nem pagou o hospital. "Não vejo necessidade de arcar com as custas", afirmou Adriano, sobre a acusação da jovem contra ele.

Ele negou conhecer a vítima, acrescentando que deu uma carona para ela a pedido de um amigo com quem estava no camarote de uma boate na Barra da Tijuca.

"Não sei por que ela está fazendo isso contra mim. Mas quando acontece alguma coisa com o Adriano a repercussão é sempre muito grande", afirmou o jogador durante entrevista concedida à imprensa ao chegar à delegacia. "Estou tranquilo, todo mundo sabe que não gosto de dar entrevistas, mas concordei em falar com vocês (imprensa) porque tenho família, estou preocupado e estou preocupado também com a minha imagem. Os exames (de resíduo de pólvora) vão comprovar o que realmente aconteceu", completou Adriano, ao chegar por volta das 18h à 16ª DP.

'Mentira é péssimo negócio', diz delegado
De acordo com o delegado Fernando Reis, o nome da estudante baleada consta como vítima em três processos - um de lesão corporal, outro de ameaça e um de saidinha de banco. "As investigações ainda estão no início, vamos aguardar ela operar para ver se conseguimos marcar uma acareação na quarta-feira (28). Mas se ela estiver mentindo que fique consciente de que se trata de um crime muito grave, que é chamado de denunciação caluniosa, que dá de dois a oito anos de prisão", afirmou Reis.

Mais cedo, o delegado afirmou que Adriano poderá responder por até dois crimes - fraude processual e lesão corporal culposa - caso tenha mentido no depoimento dado no sábado (24) e volte a mentir nesta segunda. Para o delegado, a “mentira é um péssimo negócio para ele”.

No primeiro depoimento, o delegado Carlos César, que estava excepcionalmente atuando na 16ª DP, disse que Adriano contou que foi a própria vítima que efetuou, acidentalmente, o disparo.

Já as testemunhas responderão por falso testemunho. “Ele sai de uma zona de conforto e faz uma aposta complicada, caso esteja mentindo”, afirmou. O delegado também afirmou que este tipo de caso requer “um extremo cuidado” porque Adriano é uma pessoa que já se envolveu em polêmicas “dessa ordem”. Para Reis, uma avaliação equivocada pode comprometer a investigação.

Tiro partiu do banco de trás
No domingo (25), o delegado afirmou que, de acordo com os primeiros dados da perícia, o tiro que atingiu a mão da estudante partiu do banco de trás. De acordo com Reis, o laudo conclusivo da perícia do Instituto de Criminalística Carlos Éboli só deve ficar pronto entre 20 e 30 dias.

A vítima, de 20 anos, contou à polícia que o jogador disparou acidentalmente, ao manusear a arma do PM reformado. No entanto, além do jogador, outros dois ocupantes do carro afirmam que foi a própria vítima que fez o disparo.

Das seis pessoas ouvidas pela polícia, a estudante é a única que diz que o jogador estava no banco de trás do carro. Em depoimento, Adriano contou que estava no banco do carona dianteiro de seu carro, que era dirigido pelo amigo policial. O PM confessou à polícia que a arma era de sua propriedade. A Polícia Civil adiantou que o policial vai responder a um processo adminsitrativo por negligência ou omissão na guarda de arma de fogo.

Acareação
Para o delegado é “indispensável” uma acareação entre a vítima e os outros ocupantes do carro, incluindo o jogador. A expectativa da polícia é ouvir a jovem, assim que ela receber alta do Hospital Barra D´Or. A polícia também pretende fazer uma reconstituição do caso.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Comandante do 7º BPM no RJ é afastado do cargo, afirma PM (Postado por Lucas Pinheiro)

O coronel Djalma Beltrami, comandante do 7º BPM (São Gonçalo) foi afastado do batalhão por questão de preservação de sua imagem. Ele foi transferido para a Diretoria Geral de Pessoal. A decisão foi publicada no boletim interno da Polícia Militar nesta quinta-feira (22). As informações foram divulgadas pela assessoria da PM.

Ele havia sido preso, sob suspeita de chefiar um esquema de corrupção, que recebia de traficantes R$ 160 mil por mês. Outros 10 PMs também foram presos suspeitos de participar do grupo.

Horas após ser solto nesta quarta-feira (21), o coronel da Polícia Militar, Djalma Beltrami, desabafou e disse que é inocente. “Eu nunca recebi propina na minha vida”, disse o comandante do 7º BPM (São Gonçalo), na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

O plantão judiciário do Tribunal de Justiça (TJ-RJ) concedeu o habeas corpus do comandante  nesta madrugada. A decisão foi do desembargador Paulo Rangel. Na sentença, ele criticou a atuação do delegado da Divisão de Homicídios de Niterói, Alan Luxardo, e do juiz de São Pedro da Aldeia, que autorizou a prisão.

Na decisão, o desembargador declarou: "Estão brincando de investigar. Só que esta brincadeira recai,(..) nas costas de um homem que, até então, é sério, tem histórico na polícia de bons trabalhos prestados e vive honestamente". O magistrado também determinou que o nome de Beltrami seja retirado da investigação até que novos elementos apareçam.

O coronel deixou o Quartel General da Polícia Militar por volta das 4h, num carro particular. Ele ficou numa sala do QG por cerca de 44 horas.

Envolvimento de PMs
Em sua primeira entrevista em liberdade, o comandante falou: “Eu nunca recebi propina na minha vida, eu nunca participaria de nenhum esquema dessa natureza, porque em 27 anos de polícia, a minha história dá esse resultado, e eu nunca mandei ninguém falar por mim ou iria mandar alguém falar por mim”, argumentou o coronel sobre a gravação divulgada pela Polícia Civil, que mostrariam conversas entre traficantes e PMs do quartel de São Gonçalo. Nas conversas há referências ao pagamento de propina ao 01, que segundo o delegado Alan Luxardo, que comandou as investigações, seria o coronel Djalma Beltrami.

O comandante também negou que tivesse conhecimento da participação de policiais do 7º BPM (São Gonçalo) no esquema de propina.

“Não, eu não tenho essa informação. O meu trabalho sempre foi especificamente a nível operacional no batalhão. Se chegar ou se tivesse chegado alguma informação específica dessa natureza, todos os procedimentos teriam sido tomados. Eu disponibilizo qualquer coisa que for preciso, já coloquei isso às autoridades, que estão na apuração. Eu moro de aluguel na Baixada Fluminense, eu tenho um carro, minha esposa tem outro carro, eu não tenho nada a esconder, eu nunca fiz nada errado. Estou muito convicto disso, por isso, eu consigo colocar a minha cabeça no travesseiro e ficar tranquilo”, finalizou Beltrami.

'Zero um'
Segundo o TJ-RJ, em sua decisão, o desembargador Paulo Rangel destacou que a prisão temporária foi decretada sem que tivesse sido observado o teor das transcrições da interceptação telefônica, entendendo que “zero um” só poderia ser o comandante do 7º BPM.

“A autoridade policial não cumpriu com a lei ao elaborar relatório conclusivo da investigação e sim deu a sua versão sobre os fatos. E aqui está o perigo: a versão da autoridade policial colocou, até então, um inocente na cadeia. Quem irá reparar o mal sofrido pelo paciente? Quem irá à sua casa dizer à sua família que houve ou um açodamento, ou um grave erro ao se concluir que ‘zero um’ pode ser o Comandante Geral, pode ser o Prefeito, pode ser o amigo do policial que está no comando da guarnição, enfim... ‘zero um’ pode ser qualquer pessoa”, afirmou.

Na segunda-feira, o delegado Alan Luxardo disse: "Nós temos provas de que esse esquema funcionaria após a gestão dele, então isso está comprovado tanto por interceptações telefônicas e outros meios de prova, e em relação a isso, não há o que se discutir", falou.

O atual comandante-geral da Polícia MIlitar, Erir da Costa Filho, ainda não se pronunciou sobre a prisão de Djalma Beltrami.

Onze PMs presos
Na segunda-feira (19), onze policiais militares foram presos durante a  operação "Dezembro Negro", comandanda pela Divisão de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG), na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

No mesmo dia, outras sete pessoas foram presas suspeitas de participarem do tráfico de drogas do Morro da Coruja, em São Gonçalo. Neste grupo, segundo o delegado Alan Luxardo, há três menores. O delegado afirmou, ainda, que alguns traficantes que atuam na comunidade fugiram do Conjunto de Favelas do Alemão, na Zona Norte do Rio, após ocupação em 2010.

Na operação também foram apreendidos cinco quilos de maconha, sacolés de cocaína, um radiotransmissor e um revóler calibre 38.

Escuta
Os dois interlocutores da escuta telefônica fazem referência a uma pessoa conhecida como "zero um" que, segundo a investigação, seria o comandante Djalma Beltrami. As patrulhas da PM são tratadas de "gêmeas”. No entanto, o comandante Beltrami não aparece em nenhuma conversa gravada pela polícia. Veja o diálogo:

Policial: “Só que também vai ter que levantar, aumentar aquele negócio, porque tem gente, rapaziada mais alta chegando, vai ser tudo, tudo com a gente, entendeu? Vai ser tudo com este telefone que você tá falando aí, tudo com o 'zero um', entendeu?”

Traficante: “Olha só, eu quero perder pra vocês, entendeu. E perder pro cara que assumiu agora, eu tenho condições de dar 10 pra ele por semana, entendeu?”

Policial: “10 pra, pra... Tem que ser pra cada "gêmea", por final de semana”

Traficante: “Como é que vou dar 10 pra 'tú'? E depois tem que dar tanto pras outras "gêmeas"?
Tá louco, aí eu morro, fico na 'bola', a boca não é minha, não, cara”.

Além das escutas, a investigação também teve por base imagens de circuito interno de um posto de gasolina, e do GPS de duas viaturas do GAT. “Cruzando-se a informação dos investigadores, que deslocados visualizaram a negociação, com as imagens do posto de gasolina e com os dados dos GPS, chegou-se à conclusão de que os militares que integravam aquelas guarnições negociaram e receberam o dinheiro sujo”, disse o promotor Tulio Caiban.

Comandante é ex-juiz de futebol
Beltrami comandou equipes em momentos de grande repercussão, como o massacre da escola de Realengo, na Zona Oeste, em abril, quando 12 crianças foram mortas. Mas o comandante ganhou fama numa carreira paralela a de policial, nos gramados: durante 22 anos ele foi juiz de futebol.

De acordo com o Globoesporte.com, Beltrami, paulista de 45 anos, fez parte do quadro de árbitros da Ferj de 1989 a 2011, quando se aposentou por idade em maio. Também era dos quadros da CBF (1995 a 2010) e da Fifa (2006 a 2008).

Durante investigações de assassinatos relacionados ao tráfico de drogas, agentes descobriram a corrupção policial. Os PMs receberiam propina de R$ 160 mil por mês.

Investigações começaram há 7 meses
As investigações, que começaram há sete meses, apuravam o tráfico de drogas na Região dos Lagos. Segundo a Polícia Civil, as drogas saíam de favelas como Parque União, Manguinhos e Nova Holanda, no subúrbio, e seguiam para o Morro da Coruja, em São Gonçalo. PMs recebiam propina para não reprimir a chegada dos entorpecentes à comunidade. De lá, as drogas eram levadas para São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos.

De acordo com a Polícia Civil, agentes visavam cumprir também 11 mandados de prisão contra suspeitos de tráfico no Morro da Coruja, em Neves, além de outros nove de busca e apreensão, expedidos pela Justiça. Na chegada à comunidade, houve troca de tiros e um suspeito morreu.

Djalma Beltrami assumiu o 7º BPM após a prisão do tenente-coronel Cláudio Luiz de Oliveira, acusado de envolvimento na morte da juíza Patrícia Acioli. Patrícia foi executada com 21 tiros ao chegar em casa, em Piratininga, na Região Oceânica de Niterói, em agosto. Ao todo, 11 PMs foram denunciados pelo Ministério Público como participantes da morte da magistrada. O tenente-coronel e um tenente foram transferidos na semana passada para a Penitenciária Federal de Campo Grande (MS).


quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

PF indicia Chevron, Transocean e seus executivos por vazamento de óleo na bacia de Campos (Google News)


PF indicia Chevron, Transocean e seus executivos por vazamento de ...

Último Segundo - iG - 
Relatório acusa empresa de crimes ambientais. Dois responderão por falsidade ideológica. Chevron diz que 'respondeu de forma responsável ao incidente' Mancha de óleo, na bacia de Campos, em novembro. PF indiciou Chevron, responsável pela perfuração A ...

PF indicia Chevron e mais 17 pessoas por vazamento na Bacia de Campos (Postado por Lucas Pinheiro)

A Polícia Federal indicou 17 pessoas e mais as empresas Chevron e Transocean em consequência do vazamento de petróleo no Campo do Frade, na Bacia de Campos, Litoral Norte do Rio de Janeiro, no início do mês passado.

Segundo o relatório da PF, que está agora nas mãos da Justiça, todas as 17 pessoas, incluindo o próprio presidente da Chevron no Brasil, George Buck, vão responder por crime ambiental. Destas, 16 vão responder também por falsidade ideológica, porque, para a polícia, sonegaram informações. Os indiciados teriam até editado vídeos do vazamento para, supostamente, dificultar a investigação.

O delegado Fábio Scliar, que comandou as investigações, diz que a Chevron e a Transocean, por ganância e conduta leviana de seus executivos e funcionários, recorrem a perfurações temerárias, assumindo o risco do acidente.

Segundo a investigação policial, o vazamento aconteceu porque foi usado excesso de pressão no poço. E a empresa americana sabia que estava perfurando numa zona de alta pressão, até porque o reservatório era bastante conhecido.

O delegado conclui que este poço não podia e não devia ter sido perfurado, e vai além: afirma que a ganância fez com que se pusesse em prática o risco proibido. Isso acabou permitindo que 2,5 mil a 3 mil barris de óleo cru vazassem no oceano e causassem um desastre ambiental de grandes proporções.

"As empresas Chevron e Transocean atuam ou, pelo menos, atuaram aqui nesse caso, de maneira leviana e irresponsável. Estavam trabalhando no limite do limite, como foi admitido por várias das pessoas que vieram depor", afirmou o delegado.

A pena máxima prevista em caso de condenação em todos os crimes denunciados pela Polícia Federal é de até 14 anos de prisão. No caso das empresas, a condenação pode representar até a proibição de exercer atividades no Brasil.

O próximo passo é ouvir o Ministério Público. Para a Chevron, o relatório final da Polícia Federal não reflete a resposta que a empresa deu ao incidente, nem a forma como colaborou com todas as autoridades. Ainda segundo a empresa, os fatos, depois de serem totalmente examinados, vão provar que a empresa respondeu de forma apropriada e responsável ao acidente.

Nos Estados Unidos, o chefe de relações públicas da Transocean declarou que os indiciamentos não têm fundamento e que a empresa e seus funcionários serão defendidos vigorosamente.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Van explode em posto de gasolina e deixa feridos no Rio (Postado por Lucas Pinheiro)

Uma van explodiu em um posto de gasolina em Brás de Pina, no subúrbio do Rio, na manhã desta terça-feira (20). Dois homens tiveram ferimentos leves e foram levados para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha.

De acordo com os bombeiros, uma das vítimas sofreu escoriações na face e o outro homem teve queimadura leve nas mãos. Eles seriam o motorista do veículo e um frentista.

O acidente foi na Rua Suruí, esquina com Guaporé. A via está interditada para o trabalho dos bombeiros.

O veículo estava abastecendo com GNV quando houve a explosão, que destruiu o posto de gasolina.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Operação contra corrupção no RJ tem nove PMs suspeitos presos (Postado por Lucas Pinheiro)

Já chega a nove o número de policiais militares presos nesta segunda-feira (19), na Operação Dezembro Negro, comandanda pela Divisão de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. De acordo com o delegado Alan Luxardo, da DH, os PMs são acusados de corrupção e associação para o tráfico de drogas. Entre os presos está o comandante do 7º BPM (São Gonçalo), tenente-coronel Djalma Beltrami.

De acordo com a polícia, outras sete pessoas foram presas suspeitas de participarem do tráfico de drogas do Morro da Coruja, em São Gonçalo. Neste grupo, segundo o delegado, há três menores.

A Operação Dezembro Negro tem como objetivo cumprir 13 mandados de prisão, todos contra PMs. Escutas telefônicas gravadas com autorização da Justiça registraram conversas entre suspeitos e policiais militares cobrando propina.

O delegado revelou que o comandante, ao ser preso, negou as acusações. No entanto, Luxardo afirma que existem imagens e provas testemunhais que ainda estão sendo analisadas. O comandante prestou depoimento e será levado para o Batalhão de Choque, no Centro do Rio.

O G1 entrou em contato com a Polícia Militar e a assessoria da corporação informou que não iria comentar o caso.

Escuta
Os dois interlocutores da escuta telefônica fazem referência a uma pessoa conhecida como "zero um" que, segundo a investigação, seria o comandante Djalma Beltrami. As patrulhas da PM são tratadas de "gêmeas”. Mas o comandante Beltrami não aparece em nenhuma conversa gravada pela polícia. Veja o diálogo:

Policial: “Só que também vai ter que levantar, aumentar aquele negócio, porque tem gente, rapaziada mais alta chegando, vai ser tudo, tudo com a gente, entendeu? Vai ser tudo com este telefone que você tá falando aí, tudo com o 'zero um', entendeu?”

Traficante: “Olha só, eu quero perder pra vocês, entendeu. E perder pro cara que assumiu agora, eu tenho condições de dar 10 pra ele por semana, entendeu?”

Policial: “10 pra, pra... Tem que ser pra cada "gêmea", por final de semana”

Traficante: “Como é que vou dar 10 pra 'tú'? E depois tem que dar tanto pras outras "gêmeas"?
Tá louco, aí eu morro, fico na 'bola', a boca não é minha, não, cara”.

Comandante é ex-juiz de futebol
Beltrami comandou equipes em momentos de grande repercussão, como o massacre da escola de Realengo, na Zona Oeste do Rio, em abril, quando 12 crianças foram mortas. Mas o comandante ganhou fama numa carreira paralela a de policial, nos gramados: durante 22 anos ele foi juiz de futebol.

De acordo com o Globoesporte.com, Beltrami, paulista de 45 anos, fez parte do quadro de árbitros da Ferj de 1989 a 2011, quando se aposentou por idade em maio. Também era dos quadros da CBF (1995 a 2010) e da Fifa (2006 a 2008).

Durante investigações de assassinatos relacionados ao tráfico de drogas, agentes descobriram a corrupção policial. Os PMs receberiam propina de R$ 160 mil por mês.

Beltrami foi levado para a Divisão de Homicídios (DH) em Niterói, para prestar depoimento. Na operação também foi preso um suspeito de tráfico de drogas e apreendidos cinco quilos de maconha.

Investigações começaram há 7 meses
As investigações, que começaram há sete meses, apuravam o tráfico de drogas na Região dos Lagos. Segundo a Polícia Civil, as drogas saíam de favelas como Parque União, Manguinhos e Nova Holanda, no subúrbio, e seguiam para o Morro da Coruja, em São Gonçalo. PMs recebiam propina para não reprimir a chegada dos entorpecentes à comunidade. De lá, as drogas eram levadas para São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos.

De acordo com a Polícia Civil, agentes cumprem também 11 mandados de prisão contra suspeitos de tráfico no Morro da Coruja, em Neves, além de outros nove de busca e apreensão, expedidos pela Justiça. Na chegada à comunidade, houve troca de tiros e um suspeito morreu. A operação, chamada Dezembro Negro, é realizada por policiais da Delegacia de Homicídios de Niterói e da Baixada Fluminense, em conjunto com agentes da Corregedoria Geral Unificada (CGU).

Djalma Beltrami assumiu o 7º BPM após a prisão do tenente-coronel Cláudio Luiz de Oliveira, acusado de envolvimento na morte da juíza Patrícia Acioli. Patrícia foi executada com 21 tiros ao chegar em casa, em Piratininga, na Região Oceânica de Niterói, em agosto. Ao todo, 11 PMs foram denunciados pelo Ministério Público como participantes da morte da magistrada. O tenente-coronel e um tenente foram transferidos na semana passada para a Penitenciária Federal de Campo Grande (MS).

Mais de 100 policiais civis participam da operação.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Vazamento de 10 mil litros de óleo no RJ está controlado, diz Inea (Postado por Lucas Pinheiro)

O vazamento de 10 mil litros de óleo de um navio da empresa Modec, que faz trabalho de manutenção na Bacia de Campos, foi controlado. A informação é da presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Marilene Ramos.

Segundo nota enviada nesta sábado (17) pela assessoria do Inea, técnicos sobrevoaram a região do acidente pela manhã e constataram que o óleo está diluído e não tem mais condições de ser recolhido. O local do acidente fica perto de Ilha Grande, em Angra dos Reis, no Sul Fluminense.

"O sobrevoo feito neste sábado constatou que a mancha está se diluindo naturalmente, transformando-se numa fina lâmina que impede o recolhimento. Embarcações farão então a dispersão mecânica do óleo com jatos d´água. O Inea vai continuar monitorando o trabalho e a trajetória da mancha", diz a nota oficial do Inea.

Multa
O acidente, segundo o Inea, foi provocado por falha humana, na sexta-feira (16), quando o navio se dirigia a um estaleiro em Angra dos Reis, para manutenção. Ainda segundo o Inea, a empresa, conforme a legislação, deverá ser multada pela Capitania dos Portos.

O G1 tentou falar com a Modec, mas até a publicação desta reportagem não conseguiu contato com a empresa.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Mais de 30 suspeitos são presos em operação contra o jogo do bicho (Postado por Lucas Pinheiro)

Pelo menos 33 pessoas foram presas nesta quinta-feira (15) durante a operação "Dedo de Deus" realizada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público (MP-RJ) para prender suspeitos de envolvimento com o jogo do bicho no Rio e em outros três estados. Segundo o Ministério Público estadual, 30 pessoas foram presas no Rio - 11 na Baixada Fluminense, 17 na serra e 2 na capital -, uma na Bahia, uma em Pernambuco e outra no Maranhão.


Polícia apreende R$ 300 mil
De acordo com as primeiras informações, também foram apreendidos R$ 300 mil, oito carros, 39 computadores, joias, uma arma, notas fiscais, documentos e máquinas portáteis de cartões de crédito.

Cerca de mil homens civis participam da operação, entre policiais civis e agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado  do MP (GAECO). Ação também acontece em Pernambuco, Bahia e Maranhão. Helicópteros dão apoio aos agentes que cumprem 60 mandados de prisão e pelo menos 120 mandados de busca e apreensão em residências, construtoras, empresas que fabricam artigos eletrônicos, gráficas, fazendas, sítios e  hotéis.

Investigações começaram há um ano
As investigações da Corregedoria da Polícia Civil começaram há um ano. Nesse período, os agentes monitoraram a instalação de máquinas eletrônicas de cartões de crédito no mercado clandestino das apostas. Segundo a polícia, empresas faziam a instalação, manutenção e treinamento dos anotadores do jogo do bicho.

Segundo a polícia, um homem que seria responsável por fornecer e distribuir os talões usados por anotadores do jogo do bicho no Rio foi localizado numa gráfica em Pernambuco. Ele e a dona da gráfica tiveram mandados de prisão expedidos pela Justiça.

Entre os alvos da operação estão integrantes de escolas de samba e policiais civis e militares.

Agentes chegaram de rapel em cobertura
Em uma cobertura que seria de um contraventor, na Avenida Atlântica, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, os agentes desceram de rapel do helicóptero da Polícia Civil. Eles também estão no barracão da Beija-Flor, na Cidade do Samba, Zona Portuária, onde fazem uma varredura. Em Teresópolis, na Região Serrana, as buscas acontecem num hotel fazenda.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Incêndio complica o trânsito na Rua Jardim Botânico, zona sul do Rio(Postado por Danuza Peixoto)

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Incêndio complica o trânsito na Rua Jardim Botânico, zona sul do RioAinda não há informações sobre as causas do fogo ou feridos
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Incêndio complica o trânsito na Rua Jardim Botânico, zona sul do RioAinda não há informações sobre as causas do fogo ou feridos
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Foto: Daniel Ramalho / Futura Press
Incêndio no último andar do prédio localizado na Rua Jardim Botânico pôde ser visto de longe
Um incêndio no último andar do prédio número 217 da Rua Jardim Botânico, na zona sul do Rio, complica o trânsito no local no final da tarde desta terça-feira (13). De acordo com o Centro de Operações da Prefeitura do Rio, somente duas faixas de rolamento, no sentido Gávea, estão liberadas ao tráfego de veículos.
O incêndio começou por volta das 18h, na altura da Rua Maria Angélica, provocando a interdição total da Rua Jardim Botânico. Agora, apenas o sentido Humaitá segue interditado. Quem segue da Gávea para o Humaitá deve evitar o desvio pela Rua Tasso Fragoso.
Bombeiros do quartel do Humaitá estão no local combatendo alguns focos do incêndio. Agentes da CET-Rio seguem na região para orientar os motoristas. Ainda não há informações sobre as causas do fogo ou feridos.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

PMs são presos por suspeita de agredir homem em boate do Rio (Postado por Lucas Pinheiro)

Dois policiais militares foram presos suspeitos de envolvimento em uma briga dentro de uma boate na Ilha do Governador, no Rio. A confusão aconteceu na madrugada de sexta-feira (9). Rorion Moraes, de 28 anos, sofreu inúmeras agressões na cabeça.

Os PMs foram identificados pelas câmeras do circuito interno da casa noturna no momento em que chegam ao local. As imagens do interior da boate mostram quando a vítima se desentende com um homem. Um amigo tenta afastá-lo e ele cai. Ao se levantar, leva um soco e, em seguida, ele é atingido por um banco de madeira. Desmaiado, ele leva mais chutes, que só param quando os seguranças da casa entram em ação.

A Polícia Civil informou que uma patrulha esteve no local na noite do incidente. Os PMs foram identificados e serão indiciados por prevaricação. Nesta segunda-feira (12), outro envolvido na briga prestará depoimento.

“Podia ter morrido, podia ter ficado aleijado. Do jeito que eles agiram ali, uma pessoa normal não age”, Rorion Moraes.

Já a Corregedoria da Polícia Militar investiga se outros policiais tiveram envolvimento com a briga. Os policiais vão ficar presos administrativamente por 72 horas.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Minc diz que vai entrar com ação de R$ 150 milhões contra Chevron (Postado por Lucas Pinheiro)

O Secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, anunciou, na tarde desta terça-feira (6), que vai entrar com uma ação civil pública de reparação, com valor inicial de R$ 150 milhões, contra a petroleira americana Chevron, responsável pelo vazamento de óleo no Campo do Frade, na Bacia de Campos, no litoral norte do Rio de Janeiro. A ação, que, segundo Minc, deve ser ajuizada na próxima terça-feira (13), será feita em conjunto com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

“A princípio, a ação será no valor de R$ 150 milhões. Mas essa quantia deve crescer, na medida em que se prove que os danos ambientais foram maiores do que os constatados até agora”, ressaltou Minc. “Foi demonstrado, por laudos da ANP (Agência Nacional do Petróleo), da Marinha e do Ibama que esse acidente provocou um grave dano ambiental, que afetou o ecossistema e a cadeia alimentar da região”, afirmou Minc. O secretário também informou que, graças a um acordo feito com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, metade do valor das multas pagas pela Chevron ao Ibama serão destinadas a projetos ambientais na região do acidente.

O secretário também informou que, no dia 28 de novembro, a Chevron foi notificada a fazer um monitoramento de um ano no Campo de Frade. “É para nos ajudar a ver o alcance desse acidente, que continua gerando danos ambientais, e para a Chevron se dotar de instrumentos que existem, e que a petroleira não tinha, como uma plataforma tática de monitoramento que permite identificar óleo no mar a uma distância de 20 quilômetros”, explicou Minc.

A Secretaria Estadual do Ambiente também notificou a Chevron, nesta terça-feira, para que seja realizada uma auditoria ambiental. “Essa auditoria, de padrão internacional, vai mostrar a capacidade da Chevron de fazer frente a um acidente: quais são os planos de contingência, de emergência e qual a capacidade de detectar e coletar óleo. Neste acidente, a Chevron demonstrou que não tinha isso em condições”, criticou Minc.

Gás venenoso
Na quinta-feira (1°), a diretora da ANP, Magda Chambriard, informou que foi constatada a existência de gás sulfídrico (H2S) em um dos dez poços em produção no Campo de Frade, na Bacia de Campos, no Litoral Norte do Rio de Janeiro, sob responsabilidade da petroleira americana Chevbron.  A verificação foi feita durante uma inspeção da ANP no dia 22 de novembro.

“Esse gás é um veneno para o trabalhador. Não houve vazamento porque, se tivesse havido, poderia ter matado alguém”, disse Magda, na ocasião.

Após a contatação do gás, a ANP interditou o poço e emitiu uma terceira autuação, além das outras duas que já haviam sido anunciadas contra a Chevron, uma delas pela fato de companhia não ter entregue todas as imagens submarinas do vazamentio de óleo no Campo do Frade que foram solicitadas pela ANP.

Novo plano de contingência
Na quarta-feira (30), o secretário de Petróleo e Gás Natural do Ministério de Minas e Energia, Marco Antonio Martins Almeida, afirmou em depoimento na Câmara dos Deputados que o governo concluirá em 15 dias o novo plano de contingência para casos de vazamento de petróleo.

De acordo com Almeida, o vazamento de petróleo no Campo do Frade motivou o governo a repensar seu plano de contingência. O novo texto incluirá vazamentos de menor gravidade. O secretário explicou que pela proporção do derramamento na Bacia de Campos, o incidente não é contemplado no plano que exite atualmente.

'Envergonhada'
Durante a audiência, o superintendente de Meio Ambiente da Chevron, Luiz Pimenta, afirmou que a petroleira norte-americana está “envergonhada” pelo vazamento de óleo.

“Para a Chevron, uma gota de óleo já é um problema. Imagina só como nós estamos nos sentindo envergonhados pelo que ocorreu. A Chevron assume toda a responsabilidade pelo incidente”, disse durante audiência pública.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Mãe reencontra bebê sequestrado em São Gonçalo, no Rio (Postado por Lucas Pinheiro)

Cinco dias após o sequestro do seu filho, Pedro Henrique, que tinha menos um mês de vida, Jéssica da Silva reencontrou o bebê na tarde desta segunda-feira (5). "Estou aliviada, muito, muito feliz. Eu tinha certeza que ia reencontrar meu filho", disse ela.

O bebê de 12 dias que foi sequestrado na semana passada em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, foi encontrado na manhã desta segunda-feira, em Itaboraí, na mesma região. De acordo com a Polícia Militar, a criança foi localizada na casa da suposta sequestradora, no bairro Marambaia. A mulher foi presa.

Os policiais civis chegaram ao local após receberem informações do Disque-Denúncia (2253-1177). Segundo a PM, a presa foi levada para a 71ª DP (Itaboraí).

Suspeita será ouvida
Na 71ª DP, o delegado-titular Wellington Pereira Vieira ouviu o depoimento da suspeita até o início da tarde desta segunda. Ela negou que tenha agredido a tia do menino pouco antes de levar Pedro Henrique.

"Eu não roubei a criança. Eu não bati nela (referindo-se a tia da criança), ela me disse para eu pegar o menino porque não tinham condição de criar. Eu ia devolver ele", disse.

A suspeita disse ainda que fingia estar grávida pois o marido desejava muito um filho.
"Eu estava fingindo para meu marido que estava grávida porque eu perdi um filho há quatro meses e ele queria muito o filho que perdi", contou.

De acordo com o delegado, apesar da versão contada pela suspeita de que teria levado Pedro Henrique com o consentimento da tia, a polícia acredita que houve sequestro.

"Pelos depoimentos, a versão mais verossímil é que houve um sequestro. E hoje ela (sequestradora) foi presa em flagrante. Temos algumas versões contraditórias, mas tudo leva a crer que ela sequestrou", disse.

O delegado vai ouvir também a mãe do menino. Segundo Wellington Vieira, a suspeita simulava uma gravidez e teria mentido para seu companheiro, que negou ter conhecimento do sequestro. Ele está sendo ouvido pela polícia na tarde desta segunda.

Pedro Henrique foi encaminhado ao hospital, mas não apresentava nenhuma lesão e passa bem. Logo após o reencontro com o filho, Jéssica disse que é capaz de perdoar a mulher que levou Pedro Henrique.

"Eu posso perdoar. Só queria reencontrar meu filho. Estou muito feliz", disse.

Segundo o delegado, a mãe da criança terá que passar por um teste de DNA para comprovar a maternidade.

Já de acordo com o delegado Jorge Veloso, da 74ª DP (Alcântara), que investigava o desaparecimento do bebê, a criança estava no colo da tia quando teria sido sequestrada por uma mulher.

"A tia do bebê saiu com a criança de um posto de vacinação e entrou num ônibus. Assim que ela desceu do coletivo, no Centro de São Gonçalo, uma mulher a abordou, deu um soco em seu rosto e fugiu com o bebê", explicou o delegado na ocasião do sumiço.

Imagens e retrato falado
No dia 1º de novembro, a Polícia Civil chegou a divulgar imagens do circuito interno das câmeras de segurança de um ônibus, onde estaria a mulher suspeita de sequestrar o recém-nascido.

Nas imagens, a  suposta autora do sequestro aparece vestida de camiseta branca com vestido preto por cima e segurando uma bolsa com os pertences do bebê. Já a tia da criança aparece logo atrás da suspeita, segurando o menino no colo.

Um dia depois, a polícia divulgou o retrato falado da suspeita e pediu que quem tivesse informações sobre o paradeiro do bebê entrasse em contato com o Disque-Denúncia, no telefone 2253-1177.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Rio testará sistema de detecção de disparos de armas de fogo (Postado por Danuza Peixoto)


Um sistema de detecção de disparos de armas de fogo começará a funcionar no Rio de Janeiro a partir de fevereiro. Ele tem por objetivo dar mais agilidade às informações sobre tiroteios na cidade e às denúncias que chegam à polícia pelas ouvidorias. Nesta segunda-feira começam os testes de calibragem para determinar os registros acústicos dos diferentes tipos de calibre de armas em ambiente urbano real.
O sistema de detecção de tiros, chamado Shot Spotter, funcionará com mais de 70 sensores sonoros camuflados em diversos pontos da Tijuca e do Maracanã, na zona norte do Rio. No momento em que uma arma de fogo for disparada, informações como quantidade de tiros e o calibre do armamento serão enviados para a central de comando em até 6 segundos. O sistema ainda diferencia sons similares como os de fogos de artifício, escapamento de veículos ou helicópteros, e os grava, permitindo uso posterior para possíveis análises periciais.
A Secretaria Estadual de Segurança Pública fará 15 testes de calibragem durante a noite nas ruas dos bairros da Tijuca, do Maracanã, de Vila Isabel e do Andaraí, além da Quinta da Boa Vista. Os disparos serão feitos por atiradores de elite da Polícia Militar e integrantes do Centro de Instrução Especializada em Armamento e Tiro (Cieat). Os alvos serão sacos de areia montados nas vias especialmente para esta finalidade. Para assegurar que não haja quaisquer riscos de segurança, as áreas serão isoladas e o tráfego de veículos e pedestres interrompido por uma hora.
De acordo com o superintendente de Monitoramento e Sensores da Secretaria de Segurança, George Freitas de Souza, os sensores começaram a ser instalados em 2009 com um investimento de R$ 1,3 milhão. Para ele, o novo sistema ajudará na apreensão de armas de fogo. "Na questão envolvendo apreensão de armas de fogo, o Shot Spotter será mais uma ferramenta à nossa disposição", disse ele ao garantir ainda que outros sistemas de segurança serão implantados em breve no Rio.
Terra

sábado, 3 de dezembro de 2011

MP entra com recurso contra absolvição de viúva da Mega-Sena (Postado por Lucas Pinheiro)

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro entrou com recurso contra a absolvição de Adriana Almeida. A cabeleireira foi julgada na madrugada de sábado (3) pela morte do ex-marido René Sena, ex-lavrador que ficou milionário após ganhar o prêmio da Mega-Sena em 2005 e foi morto em janeiro de 2007.

Após cinco dias de julgamento, Adriana foi considerada inocente e absolvida pelo Tribunal do Júri (TJ), no Fórum de Rio Bonito, na Baixada Litorânea do Rio de Janeiro.

Segundo a assessoria do MP, a promotora Priscila Naegele entrou com o recurso logo após a decisão.

O advogado da filha de René Sena, Marcus Rangoni, disse que Renata Sena está revoltada com a decisão da Justiça e espera que ela seja anulada. Outros três réus também foram absolvidos.

"Vamos aguardar a decisão sobre a apelação do Ministério Público e esperamos a anulação do julgamento", afirmou Rangoni ao G1. "A decisão foi absurda. Renata está revoltada, mataram o pai dela. Nós entendemos que os jurados foram induzidos ao erro, foram levados a uma confusão mental com as argumentações do advogado da ré", completou o advogado, acrescentando que a análise do MP sobre a possibilidade de um novo julgamento deve durar cerca de três meses.

Herança
A víúva Adriana foi a última ré a ser ouvida no julgamento. Ela se emocionou durante a leitura da sentença e  preferiu não falar com a imprensa. Com o resultado, a cabeleireira, que chegou a ficar presa por um ano e meio, é beneficiada com 50% da herança de René Sena. Antes de ser assassinado em janeiro de 2007, René ganhou R$ 52 milhões na Mega-Sena, e a fortuna agora estaria estimada em R$ 100 milhões.

Adriana deixou o fórum no carro de seu advogado de defesa e sob a escolta de uma equipe da Polícia Militar (PM) por volta de 2h45. O depoimento da cabeleireira teve início na quinta-feira (1°) e durou mais de seis horas. Na sexta, ela chegou a ser vaiada por populares que acompanham o caso no tribunal.

Por mais de três horas, o advogado de Adriana, Jackson Costa, tentou defender sua cliente da acusação de ser a mandante do crime. “É uma acusação covarde, infantil, preconceituosa e sem provas. A história do MP é fantasiosa e triste”, contestou o advogado.

A defesa da viúva tentou incriminar Renata, única filha de Rene Sena. O advogado ressaltou que Adriana lhe contou que no dia seguinte ao Natal de 2006, René teria falado à filha que gostaria de realizar um teste de DNA. Ainda de acordo com Jackson Costa, René teria contratado uma empresa para agilizar o exame, pagando por isso R$ 380 mil. No entanto, a defesa da filha alegou que Renata nunca recebeu nenhuma intimação por parte do pai solicitando o exame.

Após a morte de René, Adriana entrou com uma ação na Justiça pedindo o teste de DNA de Renata. A filha negou judicialmente o teste, mas procurou um laboratório da UFRJ para realizar o exame. Na ocasião foi usado material genético de irmãs de Rene, e o resultado comprovou a paternidade do milionário.

“A Adriana não tinha interesse na morte. Se ela quisesse matar, ela matava o Rene, que era diabético, com doses altas de insulina. A promotora pediu a absolvição dos três réus para mostrar ares de boa samaritana”

A defesa argumentou que a Justiça já liberou a favor de Renata cerca de R$ 2 milhões da fortuna bloqueada de René. Segundo Jackson Costa, não houve prestação de contas do dinheiro, que deveria ter sido utilizado para a manutenção e o pagamento de funcionários da fazenda deixada pelo milionário.

A promotora Priscilla Naegele Vaz informou que vai requisitar à Justiça a condenação do policial militar Alexandre Cipriani, pelo crime de falso testemunho. Priscilla Naegele explica que o ex-segurança de René mentiu no depoimento, ocorrido na quarta-feira (30), ao dizer que no dia do crime Adriana recebeu telefonemas do seu pai, que teria ligado de telefones públicos, pedindo que a filha o buscasse na rodoviária de Rio Bonito. A versão do PM foi confirmada por Adriana, que contou ainda que seu pai chegou a Rio Bonito, entre 11h e 12h do domingo, 7 de janeiro, dia do crime.

No entanto, segundo o MP, as ligações dos orelhões para o telefone de Adriana teriam sido feitas pelo ex-PM Anderson Souza, condenado pela execução de René, em julgamento realizado em 2009. A promotoria argumentou que interceptações telefônicas comprovaram diversas ligações realizadas poucas horas antes e logo após o assassinato.

O MP informou durante o debate, que segundo informações do juiz Marcelo Espindola, da Vara Civel de Rio Bonito, os bens de René chegariam a R$ 100 milhões. Entre os bens do milionário que estão em nome de Adriana consta um carro, metade da fazenda onde morava com Rene, avaliada em R$ 9 milhões, além de um imóvel de luxo em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos.

De acordo com a acusação, esse imóvel foi comprado por Adriana sem o consentimento do milionário. Na ocasião, ao assinar os documentos de compra do apartamento, Adriana teria omitido a união estável com René, e afirmou que era solteira.

Outros réus
Além de Adriana, mais três réus foram acusados de participar do crime. Dois deles foram ouvidos entre a noite de quarta-feira (30) e início de madrugada de quinta-feira. O primeiro réu a ser ouvido foi o policial militar Ronaldo Amaral, que chegou a ficar preso por 1 ano e 8 meses. Ele trabalhou por dois meses como segurança de René Sena. No entanto, o PM disse que na época do crime já não trabalhava mais com o milionário.

O depoimento do policial durou cerca de 30 minutos. Ele era acusado de fornecer uma moto que foi usada no crime. Ronaldo negou participação no caso.

O segundo réu interrogado foi o também policial miliar Marco Antônio Vicente, que ficou 1 ano e 11 meses preso e era acusado de ajudar a planejar o crime. Ele disse que trabalhou na segurança de René Sena pelo período de 30 dias, no ano de 2006. O PM também negou participação no caso. O interrogatório foi interrompido por volta de 0h20 de quinta.

Na quinta foi a vez da personal trainer Janaína de Oliveira prestar o seu depoimento. Na época do crime, ela era casada com o ex-PM Anderson Silva de Sousa, também acusado de envolvimento no crime. Durante a sessão, ela disse que é inocente.

Anderson e o funcionário público Ednei Gonçalves Pereira já foram condenados a 18 anos de reclusão, cada um, pelo assassinato de René Sena e pelo crime de furto qualificado. Eles são ex-seguranças do milionário. O julgamento dos dois foi em julho de 2009, segundo o TJ.

O Ministério Público explicou que a personal trainer Janaína de Oliveira e os policiais militares Ronaldo Amaral, conhecido como China, e Marco Antônio Vicente não seriam condenados, já que não existem provas nos autos que comprovem a participação dos três.

Viúva diz que sabia de testamento
Durante o interrogatório, Adriana chegou a chorar por duas vezes. O primeiro momento foi ao ser questionada pela promotora Priscilla Naegelle, que perguntou se ela teria se encontrado com seu pai no dia do crime. A outra foi quando a viúva relembrou que ao chegar à fazenda, após a morte de René, foi recebida pelos parentes da vítima aos gritos de assassina.

Adriana disse ainda que soube que foi incluída no testamento de René em junho de 2006. Ela voltou a dizer que se alguma pessoa tivesse interesse na morte do milionário seria Renata Sena, única filha de René. Renata prestou depoimento na terça-feira (29), e na ocasião, ela alegou que não tinha motivos para executar o pai.

"De início, eu cheguei a desconfiar que o Anderson pudesse ter matado o René. Mas depois, até mesmo pelo comportamento da filha, eu logo passei a desconfiar dela", justificou Adriana.

A viúva continuou atacando a família da vítima. Ela contou que um irmão de René chegou a clonar o cartão de débito do milionário, e retirou indevidamente da conta R$ 30 mil. "Na época, o René foi ao banco e conseguiu as imagens da câmara que mostravam o sobrinho, filho desse irmão, indo a agência diariamente para sacar dinheiro do caixa eletrônico", falou Adriana.

'Eu traí por carência', disse viúva
Ainda em depoimento, Adriana disse que foi morar com René em 2006, a convite do milionário, após duas semanas de namoro. Ela disse que René comentava que os irmãos pediam dinheiro e que soube, inclusive, que a filha dele tinha intenção de interditá-lo judicialmente. Na ocasião, segundo Adriana, René ficou furioso.

“Eu traí o René com o Robson no final do ano de 2006, já que René estava com problemas em manter a ereção. Eu traí por carência, apenas por satisfação sexual. René era ciumento, mas não desconfiava do caso extraconjugal”, contou ela, no tribunal.

O relacionamento de Adriana e René durou cerca de um ano. Ela disse que as brigas com o companheiro geralmente ocorriam quando ele saía para beber, ou ia para a casa de parentes sem avisá-la. Adriana também contou que sabia que René tinha feito um novo testamento onde ela era uma das beneficiadas. Entretanto, a cabeleireira disse não saber a porcentagem que lhe cabia na herança.

O ex-amante de Adriana, que é motorista de van, prestou depoimento no dia 29. Ele contou à Justiça que a cabeleireira comprou um apartamento em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos, enquanto René era vivo. Segundo o motorista, Adriana prometia que o levaria para morar com ela no imóvel. O homem também relatou que ouvia comentários sobre constantes brigas entre Adriana e René Sena.

Adriana também negou a versão da irmã de René, Angela Sena, que em depoimento anterior à Justiça disse que Adriana se ofereceu para trabalhar como empregada de René, após descobrir que ele ganhou na loteria. Adriana alegou que René a assediava desde 2002, mas que na época não quis namora-ló porque estava recém-separada.

Depoimentos
O depoimento de 16 das 52 testemunhas envolvidas inicialmente no julgamento terminou por volta de 23h de quarta-feira. O julgamento começou no fim da tarde de segunda-feira (28), com seis horas de atraso.

Alguns dos dez irmãos de René Sena também foram ao fórum nos quatro dias de julgamento. Eles entraram com uma ação na Justiça para anular o testamento deixado por René que previa a divisão da fortuna apenas entre Renata e Adriana.

De acordo com o advogado contratado pelos irmãos, Sebastião Mendonça, o ex-lavrador tinha feito anteriormente um testamento que dividia a herança entre os irmãos, um sobrinho e a filha de Rene, Renata. "Estima-se que atualmente o patrimônio deixado pelo Rene seja de R$ 60 milhões entre fazendas, coberturas e imóveis de luxo. Além do mais, cerca de R$ 44 milhões em aplicações financeiras estão bloqueados pela Justiça", disse Mendonça.

Prêmio de R$ 52 milhões em 2005
Ex-lavrador, René Senna, ficou milionário em 2005, ao ganhar R$ 52 milhões no prêmio da Mega-Sena. Diabético, ele tinha perdido as duas pernas por causa de complicações da doença, e levava uma vida simples em Rio Bonito. Em 2006, começou a namorar a cabeleireira 25 anos mais nova que ele. Ela abandonou o emprego e foi morar com ele na fazenda, junto com dois filhos do primeiro casamento.

René Senna foi morto a tiros na manhã de 7 de janeiro de 2007, no Bar do Penco, perto de sua propriedade, por dois homens encapuzados, que estavam numa moto. Ele estava sem os seguranças. No dia do enterro, começaram as primeiras supeitas da família do ex-lavrador contra a viúva, que tinha passado o réveillon com um amante em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos do Rio.


quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Operação contra lavagem de dinheiro da facção de Beira-Mar tem 7 presos (Postado por Erick Oliveira)

Sete suspeitos de participar de um esquema de lavagem de dinheiro da facção criminosa do traficante Fernandinho Beira-Mar foram presos na manhã desta quinta-feira (1º) durante a "Operação Scriptus". Segundo a polícia, a ação acontece no Rio de Janeiro, e nos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais. Entre os presos, apenas um foi detido no Rio, segundo a polícia.
Beira-Mar cumpre pena na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, por homicídio e tráfico de drogas.
Duzentos policiais tentam cumprir 20 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão. As pessoas envolvidas no esquema vão responder por tráfico de drogas, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
A operação desta quinta-feira acontece um ano após a ocupação do Conjunto de Favelas do Alemão, umas das comunidades que eram controladas pela facção.
Investigação
Segundo a polícia, as investigações foram desencadeadas pelo Núcleo de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (NUCC – LD), com apoio da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod), da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e da Coordenadoria de Inteligência e Informação Policial (Cinpol).
Foram analisados 14 retalhos de papel pautado, com manuscritos do traficante Fernandinho Beira-Mar, apreendidos durante a ocupação do Alemão. Neles, os agentes descobriram como os traficantes conseguiam grande parte das armas e drogas da comunidade e de como era realizado o esquema de lavagem de dinheiro.
Segundo as investigações, de 40 toneladas de maconha apreendidas durante a ocupação do Alemão, cerca de dez toneladas chegaram através do esquema montado pelo traficante.
Contas da quadrilha movimentavam mais de R$ 20 milhões
De acordo com o coordenador do NUCC – LD, delegado Flávio Porto, a análise do material identificou também a existência de um “terceiro setor”, composto por pessoas físicas e jurídicas, em Foz do Iguaçu, no Paraná, Mato Grosso do Sul e Belo Horizonte, em Minas Gerais. Tanto as pessoas como as empresas tinham como função dar uma aparência de legalidade ao dinheiro obtido com o tráfico de drogas.

Segundo a polícia, o capital era depositado nas contas dos envolvidos por pessoas que se associaram ao grupo criminoso.
Ao rastrear o esquema, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), em conjunto com a Polícia Civil, possibilitou o bloqueio e sequestro dos saldos das contas bancárias envolvidas no esquema, por onde circulavam mais de R$ 20 milhões. Com isso, segundo a polícia, será possível chegar ao patrimônio dos criminosos.

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.