segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Bombeiros confirmam 1 morto e 2 feridos em explosão no Rio (Postado por Lucas Pinheiro)

A assessoria do Corpo de Bombeiros confirmou que um homem morreu e outros dois ficaram feridos em uma explosão na Avenida Rio de Janeiro, na Zona Portuária do Rio, na manhã desta segunda-feira (30). Informações iniciais dos bombeiros eram apenas de que um bueiro havia explodido.

Posteriormente, a assessoria da Companhia Docas, responsável pelo local, informou que a explosão foi em um bueiro de águas pluviais na altura do Armazém 30, na área de operação da empresa Triunfo Logística. Ainda não se sabe o motivo da explosão. A Companhia Docas informou ainda que as áreas no porto são arrendadas por empresas, que ficam responsáveis pelo espaço. Confira no final desta reportagem a íntegra da nota enviada pela Companhia Docas.

Segundo o gerente de terminal da empresa Triunfo Logística, Lafeyette Pereira, ainda não é possível informar as causas do acidente. Segundo ele, a empresa está fazendo um levantamento cuidadoso para identificar o que pode ter causado a explosão. Ainda segundo o gerente, não havia material inflamável no local.

Em entrevista ao RJTV, o presidente da Companhia Docas, Joge Mello, informou que os funcionários faziam um serviço de manutenção quando houve a explosão. Ainda segundo Mello, havia um forte cheiro de derivado de petróleo na galeria no momento do acidente.

A Companhia Distribuidora de Gás do Rio de Janeirox (CEG), informou em nota que chegou a ser acionada, mas foi liberada pelo Corpo de Bombeiros no local, pelo fato de o acidente, segundo a empresa, não estar relacionado ao gás natural. Confira no final desta reportagem a íntegra da nota enviada pela CEG.

A assessoria da Secretaria municipal de Conservação e Serviços Públicos explicou que o local da explosão não fica numa via pública e por isso não seria de responsabilidade da prefeitura.

Vítimas
Segundo bombeiros, os dois homens feridos foram levados para o Hospital Souza Aguiar, no Centro da cidade, pela ambulância do Cais do Porto.

Procurada pelo G1, a Secretaria municipal de Saúde informou que paulo Bento Pereira, de 52 anos, teve fratura exposta no braço direito e queimadura superficial no rosto.

Já Carlos Ribeiro, de 59 anos, chegou à unidade com o braço imobilizado e foi encaminhado para o raio-x.

Veja a íntegra da nota da Companhia Docas:
"A explosão na manhã desta segunda-feira no Porto do Rio aconteceu em um bueiro de águas pluviais, localizado no armazém 30, área de operação da Triunfo Logística. Um trabalhador da Triunfo morreu e outros dois ficaram feridos e foram encaminhados pela ambulância do OGMO (órgão Gestor de Mão de Obra) para o Hospital Souza Aguiar. Ainda são desconhecidas as causas da explosão."

Veja a íntegra da nota da CEG:
"A Companhia Distribuidora de Gás do Rio de Janeiro – CEG esclarece que o acidente ocorrido esta manhã no armazém 24, na Zona Portuária do Rio, não está relacionado ao gás natural. O Centro de Controle da CEG chegou a ser acionado, mas a equipe da Companhia foi liberada pelo Corpo de Bombeiros assim que chegou no local, tendo em vista que o acidente é de outra natureza."

Avenida onde prédios desabaram no Centro do Rio é reaberta a pedestres (Postado por Erick Oliveira)

O trânsito no Centro do Rio começa a voltar ao normal nesta segunda-feira (30). Segundo o Centro de Operações da Prefeitura do Rio, a Avenida Treze de Maio, local onde três prédios desabaram no dia 25 de janeiro, foi liberada aos pedestres após a instalação de tapumes que cercam os escombros que ainda são retirados.
Já a Avenida Almirante Barroso foi totalmente liberada ao tráfego de veículos às 5h20, segundo a prefeitura. A via estava interditada desde a noite de quarta-feira (25), entre a Avenida Rio Branco e a Rua Senador Dantas, para facilitar o trabalho das equipes nas buscas e retirada de escombros na Avenida Treze de Maio.

A Rua Senador Dantas também voltou à mão de origem, da Evaristo da Veiga à Avenida Chile.

Permanecem interditados, preventivamente, pela Defesa Civil o prédio de número 6 da Avenida Almirante Barroso e o anexo do Theatro Municipal.
17 corpos achados
Segundo o último balanço divulgado pelas autoridades, 17 corpos foram retirados dos escombros, sendo que 13 foram identificados. Outras cinco pessoas permanecem desaparecidas. No domingo (29), também foram encontradas mais duas partes de corpos no entulho levado para o depósito em Rodovia Washington Luis, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Outras quatro partes já tinham sido achadas no depósito no sábado e, na noite de sexta, um corpo foi encontrado no mesmo local.
Segundo o secretário estadual de Defesa Civil, coronel Sérgio Simões, não há prazo para o encerramento dos trabalhos no Centro do Rio. “Não vou parar até ter certeza que não tem mais nada aqui”, afirmou.
45 mil toneladas de entulho
De acordo com a Secretaria municipal de Obras, foram retirados, até o momento, aproximadamente 45 mil toneladas de entulho do local. A Seconserva fez a manutenção e limpeza nas avenidas Treze de Maio e Almirante Barroso. A operação de recuperação incluiu a pavimentação das calçadas em pedras portuguesas, reposição de fradinhos, tampões de bueiros e desobstrução do sistema de drenagem.

Os serviços também incluíram manutenção dos pontos de iluminação pública, retirada da lama, lavagem das pistas, calçadas, fachadas e placas de sinalização. O trabalho contou com 50 homens da Coordenadoria de Operações Especiais (COE), Coordenadoria Geral de Conservação, Rioluz e Comlurb, apoiados por caminhões pipa, varredeiras, caminhões cesto e retroescavadeiras.

Espaço para homenagens
Na noite de domingo (29),o comandante da Guarda Municipal, Henrique de Lima Castro, disse que vai criar um espaço na Avenida Treze de Maio, cercado com grades, em frente ao local dos desabamentos de três prédios, para quem quiser prestar homenagens às vítimas.
“Eu determinei que seja feito um espaço para as pessoas que queiram homenagear as vítimas do desabamento. Assim, elas não vão atrapalhar o fluxo de pedestres, que, amanhã deve ser muito grande, como é normalmente aqui no Centro da cidade”, explicou Lima Castro no domingo.
O comandante também deu orientações para quem for passar pelas avenidas Treze de Maio e Almirante Barroso, que serão liberadas para pedestres e ao tráfego, respectivamente, a partir das 6h desta segunda-feira (3). “Primeiro, é preciso que as pessoas não se avolumem na rua, para evitarem maiores transtornos. E, em segundo lugar, que os comerciantes já possam recuperar o prejuízo abrindo as lojas”, recomendou.
Lima Castro enfatizou que a Avenida Treze de Maio vai estar liberada somente para carros dos bombeiros e de serviços públicos. “A Guarda Municipal vai permanecer na Rua Senador Dantas, orientando às pessoas que a direção do fluxo do tráfego vai ser novamente invertida, para evitar atropelamentos”, explicou, ressaltando que a Rua Senador Dantas vai voltar a ter o sentindo vindo da Praça Mahatma Ghandi em direção à Avenida Almirante Barroso. Segundo o comandante, cerca de 20 guardas vão estar no local, orientando o trânsito e os pedestres.

“Somente o prédio número 6 da Avenida Almirante Barroso e o Anexo do Theatro Municipal vão continuar interditados”, afirmou Lima Castro. “Nesta segunda-feira, a Defesa Civil municipal vai colocar uma tenda, caso as pessoas que forem aos números 14 ou ao 22 da Avenida Almirante Barroso tenham alguma dúvida. Elas serão orientadas pelos funcionários da Defesa Civil com relação aos procedimentos. Segundo o laudo técnico, nenhum dos dois prédios tem qualquer problema estrutural”, finalizou o comandante.
Identificados
Segundo a Polícia Civil, treze vítimas haviam sido identificadas até a tarde dest e domingo: Moisés de Araújo Costa, 57 anos, Elenice Maria Consani Quedas, de 64 anos, Alessandra Alves Lima, de 29 anos, Celso Renato Braga Cabral, de 46 anos, Margarida Vieira de Carvalho, de 65, Nilson de Assunção Ferreira, de 50 anos, Cornélio Ribeiro Lopes, de 73, Kelly da Costa Meneses, de 24 anos, Flavio Porrozzi Soares, de 34 anos, Amaro Tavares da Silva, de 40 anos, Gustavo da Costa Cunha, Luiz Leandro de Vasconcellos e Margarida de Carvalho. (Segundo a polícia, não tem relação com a mulher do zelador do edifício Liberdade que também morreu no desabamento e tem o mesmo nome). Veja a lista

domingo, 29 de janeiro de 2012


OGX, de Eike, inicia produção de óleo no mar da Bacia de Campos



De acordo com o comunicado, "o procedimento prevê a injeção prévia de produtos químicos no poço para tratamento preliminar do petróleo e gás a serem processados."
O fluxo de petróleo será incrementado gradualmente. A previsão da empresa é que até o fim do ano mais dois poços estejam em operação. A OGX é a primeira companhia privada brasileira a produzir petróleo no mar.

Casa onde FB foi preso tinha móveis de luxo e lareira (Postado por Erick Oliveira)

A casa onde foi preso o traficante Fabiano Atanázio da Silva, conhecido como FB, é de alto padrão. Ela está localizada em Alto do Capivari, que é um bairro nobre em Campos do Jordão (SP). O G1 entrou no imóvel de três quartos e encontrou garrafas de uísque jogadas no chão, latas de cerveja, energético e móveis revirados.No domicílio, que tem um corredor envidraçado, um quintal amplo, lareira e móveis de primeira linha, foi realizada na noite de sexta (27) a operação policial que levou à prisão de FB e outros três suspeitos, entre ele o traficante Claudinho CL e outro homem, que era procurado pela Justiça de São Paulo e estava com documentos falsos, segundo a Polícia Civil. O terceiro suspeito detido foi liberado pouco depois pela polícia, pois não havia nada contra ele.Havia um colchão na sala da casa. Quadros estavam fora da parede, roupas estavam espalhadas pelo chão, como constatou a reportagem. A faxineira da casa, que não quis se identificar, disse que chegou na manhã de sábado (28) e foi pega de surpresa pelo estado do imóvel. "Venho aqui todo dia fazer a limpeza. Cheguei e vi a casa toda aberta e revirada", afirmou.
O delegado Antenor Lopes Júnior, da 25ª DP do Rio de Janeiro (Engenho Novo), disse ao G1 que o traficante alugou o imóvel por R$ 18 mil ao mês. O advogado Ary Bicudo, que defende o dono da casa, nega. Ele afirma que o imóvel havia sido emprestado para o cunhado do proprietário. Bicudo disse que o "pessoal do Rio de Janeiro" (Claudinho CL e FB) chegou à residência para passar o fim de semana sem o conhecimento do dono do imóvel.
"Ele [dono da casa] está surpreso com a situação. Não sabia do envolvimento do cunhado com pessoas dessa natureza", afirmou Bicudo. Segundo o advogado, o proprietário estava em São Sebastião (SP) quando aconteceu a operação policial.
O G1 conversou com o homem que disse ser o dono da casa e negou conhecer o traficante. Ele não quis se identificar. Segundo o dono, a casa é de veraneio. O proprietário vai dar depoimento para a Polícia Civil na próxima terça-feira, segundo o advogado.
O cunhado do dono do imóvel foi preso na mesma operação policial - ele é o suspeito que estava com documentos falsos, segundo o delegado Darcy Ribeiro, da Divisão de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) de São José dos Campos, que acompanhou a operação. Ele foi enviado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Taubaté.
Reservado
"Ele veio morar na região há menos de um ano. Trazia amigos aos fins de semana para um churrasco, mas não fazia grandes festas, era reservado", afirmou Expedito Jorge, de 40 anos, o caseiro que mora em um imóvel vizinho à casa onde FB foi preso.
O movimento dos policiais alarmou a vizinhança. O filho de Expedito disse ter ouvido carros cantando pneus de madrugada, às 2h. "A movimentação foi depois que nós chegamos das compras, às 20h30. A gente mesmo não ouviu muita coisa porque a nossa casa fica mais afastada", disse o caseiro.
Tanto o caseiro quanto o filho afirmam que o dono possuía o imóvel há menos de um ano e que não ficava muito tempo na casa durante a semana. "Ninguém espera que isso [a prisão do traficante] aconteça na porta de sua casa", disse Expedito.
Entenda o caso
O traficante Fabiano Atanázio da Silva foi preso na noite de sexta-feira (27) com outros três suspeitos, entre eles o traficante Claudinho CL e um homem que era procurado pela Justiça de São Paulo. O grupo estava em uma residência de luxo em Campos do Jordão, no interior de São Paulo. Após a prisão, FB foi transferido para São José dos Campos e, depois, levado para o complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu, no Rio de Janeiro, na tarde deste sábado (28). Claudinho e o outro homem ficaram detidos e o terceiro suspeito foi liberado.
O delegado Antenor Lopes Júnior, da 25ª DP (Engenho Novo) afirmou que o traficante não ofereceu resistência ao ser preso. Segundo a polícia, FB disse ainda que continuava a comandar o tráfico de drogas em outras favelas do Rio, como Chatuba e Juramento. O traficante teria confessado também que comandou a fuga de traficantes do Conjunto de Favelas do Alemão, em 2010.
O delegado contou que FB é uma pessoa bem articulada e inteligente e conversou bastante com ele. Segundo o policial, o traficante disse que estava gostando muito de Campos de Jordão, onde estava havia uma semana de férias, frequentando bons restaurantes e lojas. Na garagem da casa, foi encontrada uma BMW e uma moto, segundo a polícia.
Segundo a Secretaria de Polícia Civil do Rio de Janeiro, FB seria ex-chefe do tráfico de drogas da Vila Cruzeiro. Em 17 de outubro de 2009, ele teria comandado um ataque ao Morro dos Macacos, onde traficantes derrubaram um helicóptero da Polícia Militar, matando dois policiais.
Já Claudinho CL comandava atualmente o tráfico de drogas dos morros do Cajueiro e Congonhas. Ele seria um dos responsáveis pelas constantes tentativas de invasão do Morro da Serrinha, controlada por uma facção rival à dele, informou a secretaria.

sábado, 28 de janeiro de 2012

FB confessou ter comandado fuga de traficantes do Alemão, diz polícia

O delegado Antenor Lopes Júnior, da 25ª DP (Engenho Novo), disse que o traficante Fabiano Atanázio da Silva, conhecido como FB, confessou que comandou a fuga de traficantes do Conjunto de Favelas do Alemão, em 2010. FB chegou ao Rio na manhã deste sábado (28), depois de ser preso em São Paulo com outros três suspeitos, entre eles o traficante conhecido como Claudinho CL. Após desembarcar no Rio, os dois foram levados para o prédio da chefia de Polícia Civil, no Centro.

Ao ser preso em Campos do Jordão, FB "não ofereceu resistência nem demonstrou animosidade", disse o delegado, que está à frente da investigação que resultou na prisão. A casa onde ele estava era de luxo e foi alugada por R$ 18 mil por mês, contou o delegado. O oficial não quis dar mais informações sobre a investigação.

Segundo a polícia, FB disse ainda que continuava a comandar o tráfico de drogas em outras favelas do Rio, como Chatuba e Juramento. A chefe de Polícia Civil, Martha Rocha, ressaltou que em 11 meses de gestão já foram presos 20 traficantes importantes, 8 deles foragidos do Alemão.

Segundo a assessoria, ao ser informado por Martha Rocha da prisão do traficante o secretário de Segurança José Mariano Beltrame informou que vai solicitar a transferência de “FB” para um presídio federal.

Férias em Campos de Jordão
O delegado contou que FB é uma pessoa bem articulada e inteligente e conversou bastante com ele. Segundo o policial, o traficante disse que estava gostando muito de Campos de Jordão, onde estava havia uma semana de férias, frequentando bons restaurantes e lojas. Na garagem da casa, foi encontrada uma BMW e uma moto, segundo a polícia.

Segundo Antenor Lopes Júnior, FB e Claudinho CL eram amigos de longa data. Os dois seguirão ainda neste sábado para o complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste, segundo Martha Rocha. A delegada disse que eles deverão ir para um presídio federal, mas não quis informar qual.

“Estou satisfeita com essas prisões porque eu estava em dívida com a Penha, onde nasci", disse a delegada.

Tanto Martha Rocha quanto o delegado Antenor ressaltaram que a prisão de FB e Claudinho CL são uma grande vitória contra o tráfico de drogas.

"Não podemos esquecer que Claudinho CL é acusado de matar em 2008 o tenente-coronel José Roberto do Amaral Lourenço, diretor do presídio de Bangu 3", disse Martha Rocha.

Histórico de crimes
A secretaria de Polícia Civil preparou um currículo criminoso dos dois presos onde consta que Claudinho CL "atualmente estava à frente do tráfico de drogas dos morros do Cajueiro e Congonhas." Ele seria um dos responsáveis pelas constantes tentativas de invasão do Morro da Serrinha, controlada por uma facção rival à dele, informou a secretaria.

Já FB é citado pela secretaria como ex-chefe do tráfico de drogas da Vila Cruzeiro. "FB em 17 de outubro de 2009 comandou um ataque ao Morro dos Macacos, também na Zona Norte, onde traficantes derrubaram um helicóptero da Polícia Militar, matando dois policiais”, diz o documento.

Segundo a secretaria, "FB foi um dos principais protagonistas de uma onda de atraques a vários pontos do Rio, culminando com a tomada das Forças Policiais ao Complexo do Alemão, em novembro de 2010."

Ele também foi um dos mentores do sequestro de diplomatas chineses em 2008 e do ataque a policiais da Divisão de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA) em novembro de 2009, próximo à Favela de Manguinhos, informou a secretaria.

FB era considerado foragido da Justiça desde 2002, quando estava preso após a tentativa de invasão da comunidade Faz-Quem-Quer, em Rocha Miranda, no subúrbio, e, beneficiado pelo regime semiaberto, não mais voltou ao Instituto Penal Edgard Costa, em Niterói, na Região Metropolitana.

Preso em SP
Depois de ser preso em Campos de Jordão, FB foi transferido para a Delegacia de Investigações Gerais, em São José dos Campos, a 97 Km da capital paulista.

FB era um dos homens mais procurados pela polícia do Rio. O Disque-Denúncia oferecia R$ 10 mil de recompensa por informações que levassem à prisão do traficante.

A polícia chegou ao paradeiro de FB, após uma investigação que começou com a descoberta de um sítio em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio, alugado pela facção criminosa que ele comandava. No local, os policiais descobriram farto material de munição e armas escondidas.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Dentista é autuado por calúnia após acusar equipe de resgate de roubo (Postado por Erick Oliveira)

O dentista Antônio Molinario, que tinha um consultório em um dos prédios que desabaram no Centro do Rio, foi autuado por calúnia e difamação na madrugada desta sexta-feira (27).
O dentista acusou um sargento dos bombeiros de se apropriar de uma caixa com CDs de computador, que estava dentro do carro da Defesa Civil. “Ó o CD aqui ó, ó o conjunto de CD aqui ó”, mostrou, apontando para a caixa, que foi filmada.
Os bombeiros negam, dizem encaminhar os objetos das vítimas para a Polícia Militar e que estão sendo catalogados.
O dentista foi levado à força para a delegacia. “Me dirigi ao sargento Da Cruz e disse: sargento Da Cruz, eu gostaria de lembrar, não estou acusando a corporação de jeito nenhum. Não estou contra o Corpo de Bombeiros. Estou acusando o sargento Da Cruz, só”, disse.
Revoltado, Molinario tentou revistar um carro das equipes. "Está aqui. Abra e veja o que tem aí dentro. Vê se isso aí é dele. Que mais tem aqui dentro? Por que não estão separando os nossos pertences? Tem uma porção de coisas que estão levando escondido", disse o dentista.
Ele e um sócio mantinham um consultório que ocupava todo o quarto andar de um dos três prédios que desabaram.
Nesta quinta, o dentista havia reclamado da falta de informação sobre o entulho. “Não sabemos para onde o entulho está sendo levado. Para a prefeitura, é lixo. Mas, para mim, não. Ali tem fichas de clientes, documentos que não servem para a prefeitura, mas que para mim são muito úteis. Ninguém informa nada, ninguém fala nada”, disse.

O coronel Ronaldo Alcântara, subcomandante do Corpo de Bombeiros do Rio, diz que os objetos de valor encontrados são entregues à Polícia Militar, para serem catalogados e devolvidos aos donos.
Segundo ele, na quinta-feira (26), celulares e outros pertences de vítimas e de pessoas que trabalhavam no local foram encontrados e retirados dos escombros.
Investigação
A Polícia Civil abriu inquérito para apurar as responsabilidades do desabamento ocorrido na noite de quarta. Na quinta (26), o titular da 5ª DP (Mem de Sá), delegado Alcides Alves Pereira, ouviu sete testemunhas e dois policiais que prestaram socorro às vítimas logo após o colapso das estruturas.
Para o prefeito Eduardo Paes, a principal hipótese é que o desabamento tenha sido causado por um dano estrutural, já que não há informações sobre explosão ou vazamento de gás.
O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) informou que obras "ilegais", sem registro no conselho ou na prefeitura, eram realizadas no prédio de 20 andares. Na hora da tragédia, testemunhas disseram ter ouvido a estrutura do edifício estalar antes de ir ao chão.
Luto de três dias
O governador Sérgio Cabral decretou luto oficial de três dias no estado do Rio de Janeiro em memória dos mortos. De acordo com o governo do estado, o decreto será publicado no Diário Oficial do Estado desta sexta. A assessoria de imprensa da Prefeitura informou que o município fará o mesmo.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Crea diz que obra ilegal era feita em um dos prédios desabados no RJ (Postado por Lucas Pinheiro)

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) do Rio de Janeiro
informou que duas obras eram realizadas no prédio de 20 andares, um dos três que desabaram na noite de quarta-feira (25) no Centro da cidade. A tragédia deixou 19 desaparecidos e pelo menos seis feridos.

Segundo o presidente do Conselho de Análises e Prevenção de Acidentes do Crea, Luiz Antonio Cosenza, as obras eram “ilegais”, pois não havia registro delas. "Duas obras eram realizadas no prédio, no 16º andar. Eram obras ilegais,  pois não tinham nenhum registro no Crea. E isso é considerado exercício ilegal", afirmou.

Durante a madrugada desta quinta-feira (26), dois fiscais do Crea foram ao local vistoriar. "Policias e funcionários nos informaram sobre essas obras. No nosso registro (no Crea), não consta nada sobre essas obras. Fica a dúvida: não tinha um profissional responsável pela obra ou, se tinha, não registrou. Vamos levantar quem era o proprietário dessa obra e porque não registrou", disse Cosenza no local da tragédia. Segundo o coordenador, quando uma obra é realizada, o profissional deve registrá-la no Crea e na prefeitura.

O secretário da Defesa Civil do Rio de Janeiro, coronel Sérgio Simões, também confirmou que havia uma obra no prédio e que investiga se ela teria sido a causado a tragédia.

"Realmente há obra pelo relato de um sobrevivente que foi resgatado. Ele era um operário desta obra e foi resgatado de dentro da cabine do elevador. Ele relata que estava efetivamente trabalhando na obra e no momento em que iria sair do elevador, no 6º andar, percebeu que o prédio estava entrando em colapso e, então, voltou pra dentro da cabine e o elevador despencou", disse o coronel à TV Globo.

Para o Crea, as construções, apesar de antigas, costumam ter estruturas fortes, com o uso de grande quantidade de material resistente e disse acreditar que o mais provável é uma causa externa para o desabamento.

“Eles (os prédios) foram feitos em uma época em que não havia muita economia de material, se gastava material com estrutura, se fazia bem forte mesmo. Talvez alguma causa externa pode ter provocado este desabamento. Salvo algum engano, que pode ocorrer”, afirmou ele.

Em entrevista à TV Globo, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse ter recebido a informação sobre as obras e que as causas da tragédia ainda são investigadas.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Luz volta na Baixada e Ilha, mas Zona Norte do RJ ainda tem falta de energia (Postado por Lucas Pinheiro)

O fornecimento de energia em bairros de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e na Ilha do Governador, no Rio, foi restabelecido no início da tarde desta terça-feira (24), após uma oscilação de energia nas regiões. Segundo a assessoria de imprensa da Ampla, distribuidora de energia elétrica na Baixada, a luz foi restabelecida por volta de 11h36.

Alguns bairros da Zona Norte do Rio de Janeiro, da Baixada Fluminense e da Ilha do Governador tiveram oscilação de energia, segundo informaram, por meio de notas, a Light e a Ampla, concessionárias responsáveis pelo fornecimento de energia elétrica na cidade e na Baixada.

Os cerca de 100 mil moradores dos bairros de Saracuruna, Campos Elíseos, Jardim Primavera, Figueira, Mauá e Parque Império, em Duque de Caxias, ficaram sem luz em suas casas, informou a Ampla, em nota divulgada à imprensa:

"A Ampla informa que já restabeleceu o fornecimento de energia dos bairros de Campos Elísios, Saracuruna , Jardim Primavera, Figueira, Mauá e Parque Império, em Duque de Caxias, afetados pelo desarme da substação de São José, pertencente a Eletrobras Furnas. A interrupção ocorreu de 10h41 às 11h36, afetando 100 mil clientes da distribuidora."

A Light informou que os moradores da Ilha do Governador já têm luz em suas casas. Segundo a concessionária, bairros da Zona Norte do Rio seguem com falta de energia. Ainda segundo a Light, houve uma falha na transmissão da energia no Sistema Interligado Nacional (SIN).

Nota de Furnas
Em nota, Furnas informa que "por volta das 10h40 desta terça-feira (24) houve um desligamento dos dois circuitos de 500Kv que alimentam a sua subestação São José, localizada na Baixada Fluminense, provocando a atuação automática do esquema de controle de emergências que levou ao corte seletivo de cargas de forma a preservar o abastecimento da cidade do Rio de Janeiro como um todo. O abastecimento foi prontamente restabelecido e a empresa está apurando as causas do desligamento".

Falta de energia no Galeão e Metrô
De acordo com a Infraero, houve um breve queda de energia, por volta de 12h05 no Aeroporto Antônio Carlos Jobim (Galeão), na Ilha do Governador. Porém, imediatmente o gerador foi acionado, e o terminal opera normalmentem, ainda com o gerador.

O problema também afetou o sistema de operações do metrô, segundo a assessoria da concessionária Metrô Rio. Com isso, as estações de Inhaúma a Pavuna, na Linha 2, ficaram fechadas das 10h34 às 11h29. As viagens estavam sendo feitas somente entre Maria da Graça e Botafogo, mas, segundo a concessionária, o serviço já voltou ao normal.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Bebê é baleado em praça na Zona Oeste do Rio, diz PM (Postado por Erick Oliveira)

Um bebê de 11 meses foi baleado no braço, quando estava no colo da mãe, numa praça próximo ao Conjunto Cesarão, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio. O caso, segundo da Polícia Militar, ocorreu por volta das 21h30 de domingo (22). A criança foi levada para o Hospital Rocha Faria, em Campo Grande, também na Zona Oeste.
Familiares contaram à polícia que o bebê teria sido vítima de uma bala perdida. A PM informou que não havia operação na região.
Ainda não há informações sobre o estado de saúde da criança.
O caso foi registrado na 36ª DP (Santa Cruz).

sábado, 21 de janeiro de 2012



O café no Brasil e suas origens


O cafezeiro – antiga denominação para o que chamamos hoje de cafeeiro – é uma planta natural das estepes da Etiópia. Seu fruto, tal como o guaraná para os índios do Brasil, era aproveitado por estes povos africanos a muitos séculos na confecção de bebidas. Da África seu uso passou aos persas, destes aos árabes que o divulgaram a partir do século XV como um grande estimulante. Assim suas sementes se espalharam por todo o mundo islâmico. Com o comércio com os árabes, o café chega a Constantinopla e logo em seguida a Europa, assim, resumidamente, o café ganhou o gosto de milhares de pessoas do Oriente a Europa.

O consumo do café popularizou-se muito na Europa durante o século XVII, onde toda a produção vinha da Arábia em pequenas escalas. Sendo então a cultura do café muito lucrativa, ela se estendeu por todos os cantos do globo, onde pudesse aclimatar-se, mas a procura do café era muito maior do que a produção, gerando falta do produto no mercado.

Na América do Sul a planta chegou pelas mãos dos franceses quando tentavam colonizar o Novo Mundo. Na tentativa de fincar raízes neste continente é que foram trazidas as primeiras mudas de café para o Brasil – por brasileiros em contato com os franceses – em 1727, plantando-as em Belém do Pará. Quase que de mãos em mãos as sementes do café foram “descendo” a costa do litoral brasileiro, sendo experimentado em diversas províncias (depois Estados) brasileiras até chegar na década de 1770 ao Rio de Janeiro, sendo nesta cidade onde a planta encontrou incrível adaptação.

Mas os agricultores brasileiros, ocupados em cultivar a cana-de-açúcar, ainda o produto agrícola de maior renda na economia do Brasil, estavam pouco ou nada interessados em plantar uma nova cultura. Assim sendo, no início de sua introdução o café obteve pouco apelo entre os brasileiros, pois a maioria dos senhores de engenho estavam ocupados em produzir uma cultura comercial, a cana-de-açúcar. Mas não é difícil de compreender porque a cultura do café substituiu a cultura da cana-de-açúcar nas grandes propriedades no Brasil. Em primeiro lugar, a demanda mundial de café era muito maior do que a do açúcar e só aumentava. Segundo, o café exigia menos mão-de-obra, pois a cana tinha que ser replantada (lembrando-se que não existia qualquer maquinário agrícola senão a enxada, a foice e a pá nas lavouras do Brasil exceto raras exceções ), e o café poderia durar entre 30 a 40 anos em produção.

Mesmo com a crise da indústria açucareira, a lavoura do café encontrou resistência a sua implantação na economia brasileira até a década de 1820, substituindo a partir daí a hegemonia da atividade econômica da cana na economia nacional. Depois de 1820 o café vai ocupando o lugar da cana-de-açúcar e de outras formas de cultivos no Rio de Janeiro e em São Paulo, servindo-se da base da estrutura agrícola deixada por estas e outras culturas. Neste sentido, a cultura do café de 1820 a 1870, atinge o auge de sua produção na região conhecida como Vale do Paraíba, contemplando as Províncias do Rio de Janeiro e de São Paulo (com destaque as cidades de Valença, Pindamonhangaba, Itú, Vassouras, etc.).

A cultura do café exigia grandes espaços de terras e mão-de-obra (escrava), neste sentido, o aumento da produção de café estava ligado ao crescimento da entrada de escravos, que alcançou o auge em 1848, dois anos antes da Lei Eusébio de Queiroz (1850) que proibia o tráfico de escravos, quando desembarcaram no Brasil 60.000 cativos africanos. Além disso, o café exigia grandes áreas de terras devido a falta de cuidados no campo, pois não existia a preocupação e a tecnologia necessária aos cuidados com a terra. Sendo assim, o cultivo do café se tornou uma cultura itinerante que se completava com a exaustão dos solos, seguido de novas derrubadas de matas e novos plantios de café, surgindo dai a expressão utilizada por Monteiro Lobato: “a marcha do café”, que invadia os solos paulistas e cariocas.

Devido a estas características do seu cultivo, o café a partir de 1870, com o encarecimento do preço dos escravos, com a erosão dos solos, e a exploração sem cuidados esgotaram as terras do Vale do Paraíba. As plantações de café, a partir de Itú e Campinas, passaram então a se expandir para a região conhecida como Oeste Paulista, onde se situam as cidades de Limeira, Piracicaba, Rio Claro, Araras, Ribeirão Preto. No final do século XIX, no Oeste Paulista, produzia-se o melhor e a maior quantidade de café para exportação do Brasil, nas plantações de terra roxa (nome derivado de rossa, vermelha em italiano), ideal para o cultivo da planta.
Por Amilson Barbosa
Colunista Brasil Escola

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Capitania dos Portos busca cinco pescadores em Itabapoana, no RJ (Postado por Lucas Pinheiro)

A Capitania dos Portos procura cinco pescadores de São Francisco do Itabapoana, no Norte do Rio, que estão desaparecidos desde sábado (14). Cerca de 80 homens participam das buscas. O barco foi encontrado com o casco para cima a 120 km de Arraial do Cabo, na Região dos Lagos. A Capitania dos Portos acredita que os pescadores estejam vivos.

Na colônia de pescadores da cidade o clima de tristeza e esperança se mistura com a falta de informação. “Nesse momento temos que rezar mesmo. E pedir que encontre as pessoas que estavam no barco”, disse José Soares, presidente da colônia dos pescadores.

O barco partiu de Itabapoana na quinta-feira (12) e na madrugada de sábado os pescadores fizeram o último contato, pedindo socorro pelo rádio.

“Nós ainda temos esperança de encontrar possíveis sobreviventes e estamos com toda a comunidade marítima atenta a qualquer indício e vestígio de sobreviventes”, explica o capitão Robson da Silva Galhardo.

“Eles pediam socorro, só que não falavam o nome do barco e eu também não reconheci a voz. A ligação estava péssima”, contou José Armando, diretor do departamento de pesca.

Causas desconhecidas
Ainda não se sabe as causas do acidente, mas o diretor de pesca de São Francisco de Itabapoana informou que o mar não estava agitado na ocasião. No entanto, o local é conhecido pela mudança brusca de tempo.

A embarcação havia sido reformada recentemente. O dono do barco já prestou depoimento e a documentação da embarcação está regular.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Buscas terminam com 22 mortos em Sapucaia, diz Defesa Civil do RJ (Postado por Erick Oliveira)

As buscas por vítimas do deslizamento em Jamapará, em Sapucaia, no Centro Sul Fluminense, terminaram na noite desta quinta-feira (12) com um total de 22 mortos, segundo informou a assessoria da Defesa Civil do estado do Rio de Janeiro. Vinte e uma pessoas morreram em decorrência do deslizamento de terra que atingiu oito casas no distrito de Jamapará e uma decorrente de uma casa que desabou no município.

Ainda segundo a Defesa Civil estadual, as vítimas são 18 adultos – 12 homens e 6 mulheres – e 4 crianças – um menino e três meninas.

Corpos achados em Fusca
Na quarta-feira (11), foram encontrados cinco corpos dentro de um Fusca. As duas mulheres, dois homens e uma criança de aproximadamente 10 anos da mesma família tinham se escondido no veículo com medo da chuva, e acabaram soterrados. A casa da família, no entanto, não foi atingida. Parentes da família disseram que uma das vítimas estava grávida de três meses.
Cortejo
As buscas só foram interrompidas para a passagem de mais um cortejo. Era o enterro de Francisco Martins, de 82 anos. As filhas contaram que ele não quis sair de casa durante a chuva forte de segunda-feira (9).
“Meu pai só deu um grito. Ai me acode". Aí quando eu gritei ele, ele não respondeu mais. Se ele saísse junto com a gente, ele estaria aqui agora não é?”, falou Maria Aparecida Martins, uma das filhas da vítima.
Enterro
Na terça-feira (10), três vitimas do deslizamento que soterrou oito casas em Jamapará tiveram que ser enterradas à noite. Não havia condições de esperar o amanhecer.
Pela manhã, as famílias que saíram das casas interditadas pela Defesa Civil puderam voltar para pegar móveis, eletrodomésticos e objetos pessoais.
“Estamos na luta aí correndo atrás para tirar o que puder”, comentou o segurança Sebastião dos Santos.
Mapeamento no estado
Na quarta, o vice-governador Luiz Fernando Pezão fez uma visita à Jamapará. Na ocasião, ele prometeu que em no máximo dois anos todo o estado do Rio será mapeado para a identificação das áreas de risco.
O município de Sapucaia não entrou na lista dos 31 municípios prioritários para serem mapeados pelo governo. Segundo Pezão, os 60 restantes - a cidade do Rio já realizou o estudo - serão analisados até o fim de 2013.
"Estamos fazendo aos poucos mesmo, vamos apresentar aos prefeitos, fizemos (o mapeamento) de 31, já tínhamos feito dos municípios da Região Serrana e agora vamos complementar com todos os municípios, porque não dá para fazer os 91, já que o Eduardo Paes (prefeito) já tinha feito dentro da cidade do Rio de Janeiro, então até o final de 2013 nós vamos entregar os outros 60 que faltam", afirmou ele, que presenciou o cortejo de mais uma vítima que foi enterrada.
Jamapará foi mapeada, diz Defesa Civil
O secretário estadual de Defesa Civil, Sérgio Simões, informou que uma equipe do Departamento de Recursos Minerais do estado (DRM) fez um mapeamento da área de Jamapará que foi atingida pelo temporal, para saber de fato quantas casas correm risco de desabamento e precisam ser interditadas. Esse estudo, segundo ele, já está com a Defesa Civil de Sapucaia.
"Nós vamos apoiar o prefeito no que ele precisar para ajudar, para reconstruir essas casas. Apoiá-lo com infraestrutura, se precisar desapropriar terreno, nós vamos apoiá-lo no que ele precisar através do programa Somando Forças. E pleitear à presidente Dilma que se estenda ao interior o Minha Casa Minha Vida", disse o vice-governador do Rio.
Pezão falou que o governo vai  fazer intervenções também em outras áreas atingidas pelas cheias do Rio Muriaé.
"Ali é uma obra que vai demandar estudos e trabalhos da Agência Nacional de Águas. O governo federal está capitaneando esse trabalho. O governador determinou que a gente faça intervenções na área que nos cabe, que é em Laje do Muriaé. Vamos fazer o canal extravasor e o desvio do rio, para tentar minorar esse sofrimento. As outras intervenções, a barragem de Cantagalo, o canal extravasor de Italva, de Cardoso Moreira, depende de estudos federais porque ali são cinco rios que vêm de outros estados, quatro de Minas e um do Espírito Santo", explicou o vice-governador.
Posto médico montado em igreja
A Secretaria estadual de Saúde montou um miniposto de atendimento médico na igreja de Jamapará, perto do local onde ocorreu o mais grave deslizamento de Sapucaia. Além do posto, um Ciep da localidade também está dando suporte aos moradores da região, recebendo os desabrigados.
A lista de cadastrados no Programa Saúde da Família vai complementar as informações de moradores para que seja criada uma lista unificada de desaparecidos.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Chuva faz Defesa Civil suspender buscas por soterrados em Sapucaia Postado por Erick Oliveira)

O secretário estadual da Defesa Civil, Sérgio Simões, decidiu suspender os trabalhos de buscas por soterrados em Jamapará, Sapucaia, Centro-Sul Fluminense, por volta das 20h45 desta terça-feira (10), por medida de segurança. "A equipe está correndo sérios riscos. Além disso, há um talude enorme que desceu no deslizamento, parou pela metade do terreno e corre o risco de continuar deslizando", afirmou Simões, acrescentando que a chuva forte que atingiu a região causou mais instabilidade no solo.
Ainda de acordo com o secretário, a previsão é de que as buscas retornem na manhã de quarta-feira (11), "assim que o dia clareie".
Na noite desta terça (10), só uma máquina continuará operando, mas apenas para fazer o trabalho de limpeza da área, na parte mais baixa do terreno.
Mais cedo, Simões falou sobre o risco de novos deslizamentos em Jamapará. "Nosso trabalho é de altíssimo risco. Há possibilidade de novos deslizamentos e rolamentos de pedras aqui", afirmou ele, acrescentando que os bombeiros acreditam que cerca de 9 ou 10 corpos ainda estejam soterrados.
Na segunda-feira (9), Simões ressaltou que Jamapará vai entrar para o mapa de regiões que necessitam de um sistema de alertas contra deslizamentos.
"É uma história que se repete, porque foi de madrugada, quando as pessoas estão mais indefesas. É esse cenário de tristeza, cada corpo que sai, é uma comoção”, concluiu Sérgio Simões.
Treze mortos
A prefeitura de Sapucaia confirmou que já chega a 13 o número de mortos no deslizamento ocorrido na madrugada de segunda-feira (9) em Sapucaia - 12 em decorrência do deslizamento de terra que atingiu cerca de oito casas no distrito de Jamapará e uma decorrente de uma casa que desabou no município.
Cinco vítimas do deslizamento, pai, mãe e filho de uma família, e avô e neta de outra família, foram sepultadas na tarde desta terça-feira (10). No caminho para o cemitério, mais de 200 pessoas se emocionaram ao passar em frente ao local do deslizamento.
Segundo a prefeitura, cinco corpos foram encontrados na manhã desta terça-feira (10). As vítimas são a jovem Livia Gomes, de 22 anos, achada por volta das 8h15; uma mulher de cerca de 42 anos, encontrada às 9h; Glória Nascimento, de 72 anos, localizada às 9h10; dois homens ainda não identificados, sendo que um deles tem uma perna amputada.
Ainda segundo a prefeitura, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil trabalharam até a 1h30 desta terça nas buscas. Os trabalhos das equipes recomeçaram por volta das 7h30 com o apoio de cães farejadores. Homens do Exército também estão no local para ajudar as equipes.
Posto médico montado em igreja
A Secretaria estadual de Saúde montou um miniposto de atendimento médico na igreja de Jamapará, perto do local onde ocorreu o mais grave deslizamento de Sapucaia. Além do posto, um Ciep da localidade também está dando suporte aos moradores da região, recebendo os desabrigados.
A lista de cadastrados no Programa Saúde da Família vai complementar as informações de moradores para que seja criada uma lista unificada de desaparecidos.
Deslizamento em Sumidouro
Também na segunda, um deslizamento de terra atingiu duas casas em Sumidouro, na Região Serrana do Rio, e acordo com o coronel Aluísio Alves Silva, da Defesa Civil do município, 15 pessoas estavam no local, mas ninguém ficou ferido.
No Rio de Janeiro, as chuvas deste começo de ano levaram sete municípios das regiões Norte e Noroeste a decretar situação de emergência após as enchentes. Balanço divulgado no domingo (8) pela Secretaria de Estado da Defesa Civil incluía as cidades de Laje do Muriaé, Santo Antônio de Pádua, Itaperuna, Italva, Cardoso Moreira, Miracema e Aperibé.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012


Brizola e Lacerda jamais se falaram (Helio Fernandes - Tribuna da Imprensa)

O encontro do governador com João Goulart, ex-presidente

Helio
Inspirado em teu artigo, quero lembrar que o destino colocou Brizola e Lacerda lado a lado na história brasileira; só faltou serem íntimos. Vamos ver: José Brizola, pai de Brizola (que morreu degolado), foi capitão dos provisórios de Leonel Rocha, caudilho maragato, na Revolução Federalista de 1923, que em 1924 deu apoio a Prestes, com homens e armas. Terminada a revolução, já em 1928, os líderes maragatos, tendo à frente Assis Brasil, fundaram o Partido Libertador, e Maurício de Lacerda, pai de Lacerda, foi um dos fundadores. Maurício seguia o ideário maragato, pelo qual o pai de Brizola morreu lutando.

Brizola e Lacerda "terçaram armas" na Câmara de Deputados em 1954, quando eleitos deputados federais: Lacerda começava a jurar a Constituição, quando Brizola interrompeu dizendo que era um juramento falso, porque ele estava pregando o golpe de Estado lá fora. Brizola exibiu a Tribuna da Imprensa, em que Lacerda defendia um estado de emergência; houve estupefação geral (Moniz Bandeira).

Atenciosamente,
Antonio Santos Aquino - Rio de Janeiro
Comentário e revelações

Lembro muito bem esse episódio em 31 de janeiro de 1955. Brizola já havia feito o juramento, quando Lacerda ia fazer o seu foi interrompido de forma agressiva e inédita. Mas não tiveram mais oportunidade de se relacionarem. Brizola foi logo para o Sul, nesse mesmo 1955, em 3 de outubro se elegeu prefeito de Porto Alegre. Não terminou o mandato, em 3 de outubro de 1958 era eleito governador do Estado.

Curiosamente derrotando a UDN e o PSD, que se aliavam sempre contra ele, que disputava pelo PTB. UDN e PSD tinham a intuição ou a certeza de que o homem a derrotar, de qualquer maneira, era Leonel Brizola. E acabaram tendo razão.

Ele e Lacerda continuavam distantes, mais geográfica do que ideológica ou administrativamente. Brizola assumiu o governo em janeiro de 1959, Lacerda em dezembro de 60. Os dois foram excelentes governadores. Em 3 de outubro de 1962, ainda governador do Rio Grande do Sul, Brizola se elegeu deputado federal pela Guanabara, governada por Lacerda.

Deixou o governo em 31 de janeiro de 1963, no mesmo dia assumia na Câmara. A partir daí a História é visível, não precisa ser contada. O golpe de 64 (um contra, o outro a favor) acabaria por destruir os dois, impedindo que chegassem a presidente. Brizola tinha enorme capacidade de "fazer amigos e inimigos". Antes de 64, candidato a presidente com o slogan "cunhado não é parente, Brizola para presidente". Ainda em 1963, tentou um acordo com Jango, que o nomearia ministro da Fazenda e o marechal Lott, ministro da Guerra, com o direito de vigiá-lo no Ministério da Fazenda para "que não fizesse loucura".

João Goulart até que não ficou totalmente contra, pediu tempo. Mas conversou com Roberto Marinho, que acabava de publicar na primeira página de "O Globo" o editorial "João Goulart, um estadista". Com base nisso, estando na companhia do embaixador Lincoln Gordon, e sentado na cama do presidente, disse a ele: "Se você (intimidade total) nomear o Brizola ministro da Fazenda, não termina o mandato". Goulart recuou, não nomeou Brizola e não terminou o mandato. Era melhor ter nomeado, não sei o que aconteceria, mas o Brasil não seria o mesmo.

Quando Carlos Lacerda foi a Montevidéu, levar o "Manifesto da Frente Ampla" para o ex-presidente assinar, conversaram demoradamente. Em determinado momento, Carlos Lacerda disse a João Goulart: "Tenho que ir embora pois vou a Atlântida (onde Brizola estava confinado, por ter feito declarações sobre o golpe de 64 e os generais brasileiros pediram ao Uruguai que o mandassem para o interior, o que foi feito) ver se o governador Brizola quer assinar o Manifesto".

Na volta, Carlos Lacerda me contou, ainda surpreendido: "Quando falei isso, João Goulart empurrou o papel para mim e disse, se esse senhor assinar eu não assino". Perguntei o que ele fez. Resposta: "Disse, presidente, se o senhor não quiser não procuramos a assinatura dele". E assim foi feito.

PS - Aproveitando uma carta ótima, recordei e contei acontecimentos inteiramente desconhecidos, até hoje não revelados.

PS 2 - Eu ia a Montevidéu com Lacerda, não consegui autorização para viajar. Se despedindo, Lacerda me disse: "Puxa, não queria ir sozinho, não por causa do Jango, nós somos políticos, vamos nos entender. Mas se Dona Maria Teresa aparece e me pergunta o que estou fazendo na sua casa? Não sei o que responder". Felizmente (para o encontro) Dona Maria Teresa não apareceu.


Garibaldi Alves
Um grupo quer que continue como presidente do Senado, seu mandato foi curto. Na nomeação "dos 97", ficou ao lado do povo.

No momento em que escrevo, Daniel Dantas vai prestar o primeiro depoimento. Preso, solto, preso novamente, até agora foi beneficiado pelo que se chama de "batalha judiciária". O juiz que cumpriu seu dever e determinou as duas prisões de Daniel Dantas está sendo intimidado e ameaçado de ser investigado pelo Conselho de Justiça. Este Conselho é presidido pelo próprio Gilmar Mendes.
Seria absurdo que o juiz fosse atingido por ter tomado a corajosa decisão de enfrentar os poderosos. O Conselho de Justiça foi criado para punir exatamente o contrário: os juízes que se submetem aos poderosos, que têm dinheiro para suborno.

Só a ameaça ao juiz funciona como alerta para outros de primeira instância, que queiram cumprir responsavelmente suas obrigações. Por que o assassino Pimenta Neves está solto há anos? E o Conselho, não devia examinar o fato?
O advogado milionário do cliente bilionário tem todo o direito e até obrigação de usar de todos os recursos legais para tentar soltá-lo. Mas não pode iludir a opinião pública, falar em "tratamento nazista para Daniel Dantas".

O advogado parece desconhecer o sistema que sempre o favorece e diz: "Gilmar Mendes chegou a presidente do Supremo por merecimento". Pode até ter merecimento.
Mas os ministros chegam à presidência do Supremo por simples rodízio. Todos são presidentes a não ser que caiam antes na expulsória dos 70 anos.

Como essa questão irá longe, esperemos o desenvolvimento. Chegaram a admitir o fim do recesso deste julho para que Gilmar Mendes não ficasse sozinho. Recuaram por duas razões. Os ministros não aceitaram a sugestão, e Gilmar Mendes não seria RATIFICADO.
Completamente desmoralizado e desprestigiado, o Senado desafia a opinião pública. E cria 97 cargos desnecessários com salários altíssimos. Só o presidente Garibaldi foi contra.

Mas o plenário do Senado é cúmplice, conivente, no mínimo omisso. A Mesa (excluído seu presidente) não é soberana. O plenário, esse sim, soberano, deveria examinar e votar a questão.
Tomou posse ontem, como chefe do Estado Maior do Exército, o brilhante general Dark de Figueiredo. Há mais de 2 meses, revelei aqui que ele seria indicado e tomaria posse dia 11 de julho.

Continuo insistindo, com base em informações, documentos e tudo o que já escrevi no passado: quando começarem a investigar a ligação de Daniel Dantas com os fundos, principalmente estatais, Daniel Dantas não terá mais dificuldades.
Em vez de prisão provisória ou preventiva, Daniel Dantas terá direito a prisão perpétua. A inflação não o atingirá.

O general Augusto Heleno (como revelei ontem) já está internado. Será operado hoje ou amanhã. Vai tirar uma vértebra, substituída por titânio. Em dezembro ou janeiro, deixa o comando da Amazônia.
Coragem e mérito do presidente Lula: no Vietnã, elogiou a vitória do pequeno país contra os EUA. Quem faria isso criticando os EUA potência? Isso confirma o que tenho dito: lá fora, o sucesso do presidente brasileiro é total.

Daniel Dantas fez comentários amargos, principalmente quando na prisão conversava com Naji Nahas: "Ajudei tanta gente a chegar à Câmara e ao Senado, ninguém elevou a voz para me defender".
Os jornalões, arrogantes e nada insuspeitos, erram muito no exame do caso Daniel Dantas. Não tendo segurança, apelam para o imponderável. Dizem que o juiz de primeira instância desafiou o Supremo, falam em confronto de duas instâncias.

Por enquanto não existe desafio nem confronto. O juiz de primeira instância mandou prender Daniel Dantas. O presidente do Supremo concedeu a ordem para soltar o prisioneiro. Ambos cumprindo suas obrigações, nenhum confronto.
Em outro processo, o juiz mandou prender novamente Daniel Dantas, nem confronto nem desafio. Daniel Dantas tem uma vida financeira tão criminosa, que pode ser preso tantas vezes quantas forem necessárias para fazer justiça.
XXX

Depois de Daniel Dantas, Naji Nahas, Celso Pitta, o caso de Paulinho da Força devia ser arquivado. Não conheço o deputado sindicalista, mas a desproporção das acusações a ele e o que foi provado dos outros três, descomunal. Se Daniel Dantas for depor, a audiência da TV Senado voltará ao apogeu dos tempos de Jefferson e Dirceu. Este foi citado agora, Jefferson não.

O autor da proposta, que será recusada, é o deputado Gustavo Fruet. Por mais surpreendente que possa parecer, existem incautos e ingênuos que aplicavam dinheiro no Opportunity. Jamais ganharam um real. E agora perderão o resto do que sobrava.

Petistas dissidentes, que não pertencem ao PT-PT, dizem pedindo sigilo: "Bem que eu não votei em Greenhalgh quando candidato a presidente da Câmara". Adivinharam? Ou estão chutando?

Boatos e sussurros: Gilmar Mendes teria pedido segurança ao ministro da Justiça. Este desmentiu, disse que foi ele que ofereceu e Gilmar Mendes recusou.

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Quem sou eu

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.