quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Funkeira Verônica Costa é indiciada no Rio por tortura contra ex-marido (Postado por Erick Oliveira)

A funkeira Verônica Costa foi indiciada pela polícia do Rio pelo crime de tortura contra o ex-marido, Márcio Costa. A informação é da delegada Adriana Belém, titular da 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes). O marido da “mãe loura do funk”, como Verônica é conhecida, prestou queixa na delegacia na noite do dia 22 de fevereiro. A funkeira nega e acusa o marido de ter chegado já machucado em casa, sob o efeito de drogas. Márcio também nega as acusações.

Ainda de acordo com a delegada, outras quatro pessoas, parentes da funkeira, também foram indiciadas pelo mesmo crime. Depois do indiciamento, o inquérito é enviado para o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), que decidirá se denuncia os acusados ou arquiva o caso.
"Em razão das provas incluídas no inquérito, nós formamos nossos elementos de convicção.Entretanto, precisávamos de algumas diligências que se faziam necessárias. Diligências que não podem ser divulgadas, em razão do caráter sigiloso, mas que eram imprenscindíveis para essa conclusão. Nós temos provas testemunhais no sentido de que ele não teria saído de casa, como disse a Verônica no seu depoimento. Todos os elementos probatórios que nós colhemos apontam para a efetiva tortura com autoria dos investigados. A materialidade do crime foi efetivamente constatada", disse a delegada Adriana Belém.
A prisão dos cinco, no entanto, não foi pedida, segundo a Adriana Belém, porque Verônica Costa e os seus parentes compareceram sempre à delegacia quando chamados e não se recusaram a fornecer informações. Além disso, ainda de acordo com a delegada, como o caso ocorreu em fevereiro, a funkeira não teria mais condições de alterar provas do crime.
Para a delegada, ficou clara a culpa de Verônica e seus parentes no caso. A pena para o crime de tortura varia de dois a oito anos de prisão.
A produção do RJTV tentou entrar em contato com a funkeira Verônica Costa, mas até a publicação desta reportagem ela ainda não se pronunciou sobre o caso.
O MP-RJ recebeu o inquérito em que a funkeira Verônica Costa é acusada pelo marido, Márcio Costa, de tortura e agressão em março deste ano. Em 15 de março, Márcio apresentou um laudo que mostra resultado negativo para indícios de maconha e cocaína em seu sangue.
Relembre o caso
A funkeira Verônica Costa foi acusada pelo então marido, Márcio Costa, de tortura e agressão em fevereiro deste ano. Ele prestou queixa contra a "mãe loura do funk" na noite de 22 de fevereiro. No dia 4 de março, ele voltou à 42ª DP (Recreio) para prestar um novo depoimento de quase 8 horas de duração.
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Márcio Costa teve alta médica do Hospital Pasteur, no Méier, na Zona Norte do Rio, no dia 2 de março. "Não tinha dúvida que eles iam me matar", disse ele, na ocasião. Verônica nega as acusações e acusa o marido ainda lhe ter roubado computadores e câmeras. Márcio também negou todas as acusações da funkeira e reafirmou que foi torturado por mais de 20 horas.

Márcio foi submetido a uma cirurgia, em 28 de fevereiro, no Hospital Pasteur, no Méier, na Zona Norte do Rio, para raspagem da pele morta devido às queimaduras de segundo grau que sofreu em várias partes do corpo.
Queimaduras e afogamento
Ainda de acordo com Márcio, no dia em que foi agredido, ele e Verônica voltaram de uma reunião de trabalho no Centro do Rio. Ele teria sido visto pelo porteiro. O casal, então, teria jantado e, durante a refeição, segundo ele, ela se manteve no celular, afirmando que estava vendo e-mails.
“Depois entraram os parentes dela no quarto e amarraram corda no meu braço, corrente e cadeado. Ela passou a atadura na minha boca e nos meus olhos. Me levaram para o banheiro e ela fazia perguntas sobre minha amante. Eu disse que não tinha amante. Cada vez que eu falava que não, ela me agredia. Começou a falar de roubo de dinheiro. Aí eu falei que não tinha pego dinheiro. Ela jogou gasolina no meu corpo, rosto e na minha parte íntima", contou ele, afirmando ainda que Verônica mandou os parentes o afogarem.
"Na terceira vez que me afogaram, eu comecei a concordar com ela para não morrer. Ela falava o tempo todo que ia me matar. Depois que o dia amanheceu, saímos do banheiro e me desamarraram. Eu disse que ia buscar água na cozinha e consegui fugir pelo quarto de hóspedes”, completou ele.

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Quem sou eu

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.