O tenente-coronel Cláudio Oliveira, que comandava o 7º BPM (São Gonçalo) na época em que a juíza Patrícia Acioli foi morta, afirmou em depoimento à Justiça nesta sexta-feira (18) que desconhecia a intenção de policiais assassinarem a magistrada. Oliveira é apontado pela polícia como o mandante do crime.
Patrícia Acioli foi morta com 21 tiros em agosto, quando chegava em casa, em Niterói.
“Nunca percebi a intenção do Benitez em matar a juíza. Se tivesse percebido teria tomado providencias”, disse, referindo-se ao tenente Daniel Benitez, acusado de atirar em Patrícia. “Eu não tinha contato com Benitez, ele só era mais um oficial do batalhão”, contou.
Durante o 5º dia de julgamento no Tribubal do Júri, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, o tenente-coronel disse que mantinha apenas contato profissional com Patrícia Acioli. "Os contatos eram profissionais quando necessários. Eu procurei ela no episódio do processo de um major e a doutora Patrícia me recebeu com hospitalidade”, afirmou.
Oliveira contou ainda como foi seu primeiro encontro com a juíza. “Eu estava de serviço no estádio do Maracanã, em 1989, quando aconteceu uma briga na arquibancada. Com a chegada de policiais no local, alguns agentes se envolveram neste conflito. A atitude que tomei foi conduzir todos para a delegacia. Uma das partes conduzidas foi a Patrícia. Tempos depois eu soube que ela promoveu uma ação por abuso de autoridade contra mim”, contou.
Segurança da juíza
O acusado disse ainda que sabia que a segurança da juíza era feita pelo policial militar Marcelo Poubel, que também era marido da magistrada, e por outro agente.
“Quando cheguei ao 7º BPM, logo em seguida, tivemos aqueles problemas no Rio, em que traficantes atearam fogo em carros e ônibus. Por isso, entramos em prontidão e recuperamos todo efetivo disponível. Nessa ocasião, os dois policiais que faziam a escolta dela foram recuperados. Mas logo depois, ela (Patrícia Acioli) me pediu que liberassem eles e eu atendi a solicitação dela. Eles voltaram a fazer a escolta dias depois”, disse.
Ainda nesta sexta devem ser ouvidos outros envolvidos na morte da juíza.
PM diz que foi forçado a assinar delação premiada
Na quinta (17), o policial militar Jefferson Araújo, acusado de envolvimento na morte da juíza, disse ao juiz que foi forçado por policiais da Divisão de Homicídios (DH) a assinar um depoimento já pronto, que apontava o tenente-coronel Cláudio Oliveira como mandante do crime. O policial foi um dos beneficiados pela delação premiada, em que se pode reduzir a pena em troca de informações à polícia.
“Eu estava na DAS (Delegacia Antissequestro), encarcerado. Tive várias visitas do comissário (da Divisão de Homicídios). Ele me disse que, se eu não aceitasse fazer a deleção, iria para Bangu 1(Complexo Penitenciário da Zona Oeste do Rio). Depois, ele mostrou um documento já assinado, que me mandava para o Presídio de Catanduvas (Paraná), caso eu não aceitasse fazer a delação nos moldes do que ele estava me propondo. Eu só pensei na minha família.”, acrescentou o PM.
O G1 solicitou uma resposta à acusação do PM para a Polícia Civil do Rio. Mas a assessoria de imprensa informou que, como não teve acesso ao depoimento do policial, não iria se pronunciar sobre o caso.
Relembre o casoA juíza Patrícia Acioli foi morta no dia 11 de agosto, com 21 tiros, quando chegava em sua casa, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. A juíza tinha um histórico de condenações contra criminosos que atuavam em São Gonçalo. Entrem os alvos investigados por ela, estavam quadrilhas que agem na adulteração de combustíveis e no transporte alternativo, entre outros crimes.
Investigações apontam que a ordem para o crime teria sido do tenente-coronel Cláudio Oliveira, na época comandante do batalhão de São Gonçalo, cidade onde Patrícia atuava como juíza criminal.
Patrícia Acioli foi morta com 21 tiros em agosto, quando chegava em casa, em Niterói.
“Nunca percebi a intenção do Benitez em matar a juíza. Se tivesse percebido teria tomado providencias”, disse, referindo-se ao tenente Daniel Benitez, acusado de atirar em Patrícia. “Eu não tinha contato com Benitez, ele só era mais um oficial do batalhão”, contou.
Durante o 5º dia de julgamento no Tribubal do Júri, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, o tenente-coronel disse que mantinha apenas contato profissional com Patrícia Acioli. "Os contatos eram profissionais quando necessários. Eu procurei ela no episódio do processo de um major e a doutora Patrícia me recebeu com hospitalidade”, afirmou.
Oliveira contou ainda como foi seu primeiro encontro com a juíza. “Eu estava de serviço no estádio do Maracanã, em 1989, quando aconteceu uma briga na arquibancada. Com a chegada de policiais no local, alguns agentes se envolveram neste conflito. A atitude que tomei foi conduzir todos para a delegacia. Uma das partes conduzidas foi a Patrícia. Tempos depois eu soube que ela promoveu uma ação por abuso de autoridade contra mim”, contou.
Segurança da juíza
O acusado disse ainda que sabia que a segurança da juíza era feita pelo policial militar Marcelo Poubel, que também era marido da magistrada, e por outro agente.
“Quando cheguei ao 7º BPM, logo em seguida, tivemos aqueles problemas no Rio, em que traficantes atearam fogo em carros e ônibus. Por isso, entramos em prontidão e recuperamos todo efetivo disponível. Nessa ocasião, os dois policiais que faziam a escolta dela foram recuperados. Mas logo depois, ela (Patrícia Acioli) me pediu que liberassem eles e eu atendi a solicitação dela. Eles voltaram a fazer a escolta dias depois”, disse.
Ainda nesta sexta devem ser ouvidos outros envolvidos na morte da juíza.
PM diz que foi forçado a assinar delação premiada
Na quinta (17), o policial militar Jefferson Araújo, acusado de envolvimento na morte da juíza, disse ao juiz que foi forçado por policiais da Divisão de Homicídios (DH) a assinar um depoimento já pronto, que apontava o tenente-coronel Cláudio Oliveira como mandante do crime. O policial foi um dos beneficiados pela delação premiada, em que se pode reduzir a pena em troca de informações à polícia.
“Eu estava na DAS (Delegacia Antissequestro), encarcerado. Tive várias visitas do comissário (da Divisão de Homicídios). Ele me disse que, se eu não aceitasse fazer a deleção, iria para Bangu 1(Complexo Penitenciário da Zona Oeste do Rio). Depois, ele mostrou um documento já assinado, que me mandava para o Presídio de Catanduvas (Paraná), caso eu não aceitasse fazer a delação nos moldes do que ele estava me propondo. Eu só pensei na minha família.”, acrescentou o PM.
O G1 solicitou uma resposta à acusação do PM para a Polícia Civil do Rio. Mas a assessoria de imprensa informou que, como não teve acesso ao depoimento do policial, não iria se pronunciar sobre o caso.
Relembre o casoA juíza Patrícia Acioli foi morta no dia 11 de agosto, com 21 tiros, quando chegava em sua casa, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. A juíza tinha um histórico de condenações contra criminosos que atuavam em São Gonçalo. Entrem os alvos investigados por ela, estavam quadrilhas que agem na adulteração de combustíveis e no transporte alternativo, entre outros crimes.
Investigações apontam que a ordem para o crime teria sido do tenente-coronel Cláudio Oliveira, na época comandante do batalhão de São Gonçalo, cidade onde Patrícia atuava como juíza criminal.
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