Direto do Rio de Janeiro
Pré-candidato do DEM ao Senado, o ex-prefeito do Rio, Cesar Maia, sugeriu, nesta quarta-feira (19), que o presidente regional do PV, Alfredo Sirkis, estaria inclinado a seguir o ministro da Cultura Juca Ferreira e apoiar a petista Dilma Rousseff, ao menos no segundo turno. Ferreira afastou-se do PV em março, pedindo suspensão por um ano da legenda, para permanecer no cargo e apoiar a candidata petista.
Maia postou no Twitter que "o que divide verdes-cariocas é o segundo turno presidencial: de um lado, amigos do ministro da cultura e de outro amigos do José Serra". Na primeira situação, o ex-prefeito refere-se à Sirkis e à vereadora Aspásia Camargo, cuja pretensão de concorrer ao Senado pode ter ido por água abaixo com a definição do TSE de que partidos coligados para governos estaduais não podem lançar mais de dois candidatos a senador, nem um candidato por fora da coligação.
Na segunda, Cesar Maia situa o pré-candidato do PV ao governo, Fernando Gabeira, cuja chapa de apoio PV/PSDB/DEM/PPS tem Marcelo Cerqueira (PPS) e o próprio Maia como pré-candidatos ao Senado.
Gabeira disse, na última terça (18), que não fará o anúncio de Aspásia ao Senado durante o lançamento de sua pré-candidatura, no próximo domingo (23). Segundo ele, o encontro irá reiterar a chapa como foi montada até agora e acha "ruim" ir contra uma decisão unânime do TSE. Na sexta passada (14), Gabeira encontrou-se com Serra e trocou elogios com o tucano durante almoço na ACRJ (Associação Comercial do Rio de Janeiro).
Sirkis disse ao Terra que o ex-prefeito "é mal informado e informa mal os leitores do seu blog". O presidente regional do PV, que, assim como Aspásia, é vereador no Rio, afirmou ter um trato com a pré-candidata do partido à Presidência, Marina Silva, para não falar em segundo turno. "A única coisa de que falamos é em levar a Marina para o segundo turno. Só depois do primeiro, falaremos no segundo".
O vereador já havia se declarado surpreso com a afirmação de Gabeira, que o citou como principal adversário à consolidação da aliança. "Fico surpreso que meu amigo há 40 anos me considere seu maior adversário e tem Cesar Maia como aliado. Acho que entra num campo meio surrealista". Coincidência ou não, no domingo (16), foi Gabeira quem classificou a ideia de lançar Aspásia, mesmo após a resposta do TSE, como "delírio" e "imaginação de quem está fora da realidade".
Secretário de Meio Ambiente e de Urbanismo em diferentes mandatos de Cesar Maia, Sirkis deixou o cargo em 2006, para concorrer ao Senado, após divergências com o então prefeito. Entre elas, a opção de Maia por construir a Cidade de Música, contrariando a opção da Secretaria de Urbanismo pela desativação da estação ferroviária da Leopoldina (região central). Sirkis também criticou a forma com que foi feita a Área de proteção do Ambiente Cultural (Apac)do Leblon, sem audiências públicas prévias.
Segundo ele, na próxima semana o PV deve fazer nova consulta ao TSE, perguntando especificamente se partidos coligados para o governo do Estado podem não se coligar para o Senado. Ele se baseia no parágrafo 1º do artigo 17, da Constituição Federal, pelo qual "é assegurada aos partidos políticos autonomia para definir (...) suas coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal".
Perguntado nesta quarta (19) se iria à pré-convenção do PV que lançará Gabeira, no próximo domingo, Sirkis disse que não havia se decidido.
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Quem sou eu
- Blog do Paim
- Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.
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