quinta-feira, 29 de março de 2012

Greve de ônibus causa trânsito e afeta pelo menos 1,3 milhão no RJ (Postado por Lucas Pinheiro)

A greve dos rodoviários causa congestionamento, na manhã desta quinta-feira (29) nas principais vias de Niterói e São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo Márcio Barbosa, superintendente do Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários do Estado do Rio (Setrerj), a paralisação afeta pelo menos 1,3 milhão de pessoas.

Por causa da greve, as garagens das empresas de ônibus estão lotadas.

De acordo com Márcio Barbosa, eles reivindicam um aumento de 16% sobre o salário e 40% sobre a cesta básica. Além de motoristas e cobradores, a classe também inclui funcionários da administração e da manutenção. Barbosa explica que a frota desses cinco municípios é composta por 3 mil ônibus.

Além de Niterói e São Gonçalo, funcionários de empresas de ônibus de outros três municípios - Itaboraí, Maricá e Tanguá - estão em greve nesta manhã.

Retenções
A Niterói Transporte e Trânsito (Nittrans), empresa responsável pelo trânsito em Niterói, há engarrafemento nas avenidas Visconde do Rio Branco, Feliciano Sodré, Jansem de Mello e Roberto Silveira. Os motoristas também encontram retenções na Alameda São Boaventura, onde a prefeitura optou por liberar o corredor exclusivo para os carros.

A greve também afeta a Rodovia Niterói-Manilha. De acordo com a concessionária Autopista Fluminense, há 12 km de retenções no sentido Niterói, no trecho entre Itaúna, em São Gonçalo, e a Avenida do Contorno, em Niterói. Já a Ponte Rio-Niterói tem trânsito lento desde os acessos em Niterói ao vão central, e na chegado ao Elevado do Gasômetro.

Nesta quinta-feira (29), funcionários de empresas de ônibus de cinco municípios do Rio - Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá e Tanguá - estão em greve.

Greve afeta atendimento do Detran
A greve também afeta o atendimento do Detran em Niterói, São Gonçalo e Itaboraí. Em nota, o Detran informou que as "unidades nestes municípios estão funcionando precariamente, já que muitos funcionários não conseguiram chegar aos seus postos de trabalho". O órgão esclareceu que clientes que tiverem o atendimento prejudicado terão prioridade.

Determinação judicial
As empresas, no entanto, são obrigadas a operar com o mínimo de 40% da frota durante a greve, conforme determina uma liminar expedida pela desembargadora Mery Bucker Caminha, do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região. Caso não cumpram, os grevistas serão punidos com multa diária de R$ 100 mil.

"Infelizmente, a olho nu, ainda não atingimos os 40%. Mas estamos apurando o efetivo com as empresas", disse o superintendente do sindicato, informando ainda que a Polícia Militar foi acionada para garantir a ordem.

“Ontem fizemos contato intenso com a PM de forma que a gente possa garantir que os veículos possam sair da garagem. A polícia já estava com um ponto de ação para que não haja problemas.

A proposta da Setrerj, de 10% de aumento no salário e 25% sobre a cesta básica, também foi oferecida a rodoviários dos municípios do Rio de Janeiro e Duque de Caxias, que aceitaram e não aderiram à greve.

Madrugada
Durante a madrugada, quem tentou voltar para a casa foi pego de surpresa. A opção foi usar o transporte alternativo.

“Totalmente pego de surpresa. Está tenso ficar esperando. Não sei que hora que vou voltar. Vamos aguardar aí, e ver o que vai dar”, disse Roberto Chaga, que, junto com a mulher, aguardava um ônibus sentado numa calçada do terminal João Goulart, ao lado da Estação das Barcas, em Niterói.

“A gente está com o pé doendo, estou cansada. A gente sabe se vai para casa hoje”, disse a esposa de Roberto, Gleice Paschoal.

Um outro passageiro queria ir para São Gonçalo, mas o ônibus não apareceu. “Vou dar um tempo aqui ainda, pelo menos uns 10 minutos. Se, por ventura, não aparecer, vou ser obrigado a ir de van”.

Por causa da falta de ônibus, motoristas de van foram ao terminal buscar os passageiros. Muitas não tinham o adesivo de identificação. Um van escolar e até um carro particular faziam o transporte.

“Um absurdo, não é? A gente tem que ter carro para a gente rodar. A gente não pode pagar o pato de uma grave de surpresa. A gente correr o risco de ser assaltado, já que não tem nem segurança, é bravo, não é?”, reclamou um passageiro.

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Quem sou eu

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.