Dois dos três representantes da Toesa que compareceram à sede da Polícia Federal, na Zona Portuária do Rio de Janeiro, na manhã desta sexta-feira (23), disseram que só vão falar em juízo. Eles foram convocados a depor sobre o escândalo das fraudes em licitações da saúde pública no estado.
Os depoimentos das outras quatro pessoas que estão sendo aguardadas para esta sexta-feira serão retomados às 15h.
O primeiro a chegar foi o presidente da empresa, Davi Gomes. Ele entrou por volta das 9h no prédio da Polícia Federal, e não falou com a imprensa. Davi aparece nas imagens gravadas pelo repórter Eduardo Faustini, para o Fantástico, negociando percentuais para fraudar uma licitação.
Pouco depois, de cabeça baixa e óculos escuros, chegou Cassiano Lima, gerente da Toesa. Nas imagens, ele é o que usa o termo "camisa" para definir os percentuais da negociação.
No início da tarde desta sexta-feira (23), por volta de 12h15, o diretor e o gerente da Locanty Soluções e Qualidade chegaram à sede da PF. Carlos Alberto Silva, diretor da empresa, e Carlos Sarres, gerente, chegaram acompanhados de uma advogada, mas não deram declarações à imprensa. Outras pessoas também serão ouvidas na segunda-feira (26), de acordo com a assessoria da Polícia Federal.
Após a denúncia, a Polícia Federal abriu quatro inquéritos para investigar crimes como fraudes em licitação, corrupção e formação de cartel. O delegado Antônio Carlos Beaubrun Júnior está à frente do caso.
Os depoimentos
Na quinta-feira (22), das sete pessoas convocadas para prestar depoimento, apenas duas compareceram. O sócio-diretor da Locanty Soluções e Qualidade, João Felippo Barreto, disse que nunca pagou propina a gestores públicos, que jamais participou de esquema ilegal e que ninguém está autorizado a fazer nada de errado em nome da empresa. Segundo a polícia, os advogados da Locanty se comprometeram a apresentar os convocados na sexta (23) e na segunda-feira (26).
Além de João Felippo Barreto, a gerente da Rufollo Serviços Técnicos e Construções, Renata Cavas, compareceu à sede da PF, mas preferiu se manter em silêncio e afirmou que só falará em juízo. Ela chegou acompanhada do advogado, ficou cerca de uma hora e meia e deixou o local por volta das 17h20, sem falar com a imprensa. Na reportagem do Fantástico, Renata aparece falando que negociar propina é "a ética do mercado".
Na quarta-feira (21), Adolfo Maia, presidente da Bella Vista Refeições Industriais, outra firma envolvida no escândalo, foi ouvido e também negou que sua empresa tenha feito qualquer pagamento de propina. De acordo com a PF, Adolfo afirmou em depoimento que Jorge Figueiredo, o homem que aparece nas gravações do Fantástico negociando propina, era autônomo, ou seja, não fazia parte dos quadros da empresa nem estaria autorizado a atuar em negociações com o setor público.
Além dele, também foram ouvidos o diretor do Instituto de Pediatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Eduardo Migowski e o vice-diretor, Bruno Leite Moreira. Eles falaram sobre o motivo pelo qual abriram as portas do hospital para a reportagem do Fantástico.
“Queriam saber os motivos pelos quais a gente disponibilizou o espaço para a reportagem do Fantástico. Foi justamente porque a gente estava se sentindo lesado, com o prejuízo de R$ 120 mil”, explicou Migowski.
Demissão
A Locanty informou em nota que que já "demitiu por justa causa os funcionários citados na reportagem e que vai continuar colaborando para a rápida identificação dos responsáveis - agentes internos e externos de práticas lesivas e reprováveis sob todos os aspectos".
Já a Rufollo informou, em nota, que os funcionários que apareceram na reportagem do Fantástico já foram afastados até que todos os fatos sejam esclarecidos.
Em nota divulgada nesta quinta-feira (22), a assessoria da empresa cita a Constituição e pede que seja assegurado o direito ao contraditório. Mas a nota ignora que uma das pessoas que aparecem nos flagrantes feitos pela reportagem é Rúfolo Vilar, que se identifica como o dono da empresa.
Na reportagem do Fantástico, o repórter Eduardo Faustini, que se passa pelo gestor de compras, pediu a presença do dono da empresa para confirmar o pagamento da propina. Rúfolo Vilar vai ao hospital. Ele confirma que apesar de não estar no contrato social da Rufollo, é ele mesmo quem manda na empresa.
Os depoimentos das outras quatro pessoas que estão sendo aguardadas para esta sexta-feira serão retomados às 15h.
O primeiro a chegar foi o presidente da empresa, Davi Gomes. Ele entrou por volta das 9h no prédio da Polícia Federal, e não falou com a imprensa. Davi aparece nas imagens gravadas pelo repórter Eduardo Faustini, para o Fantástico, negociando percentuais para fraudar uma licitação.
Pouco depois, de cabeça baixa e óculos escuros, chegou Cassiano Lima, gerente da Toesa. Nas imagens, ele é o que usa o termo "camisa" para definir os percentuais da negociação.
No início da tarde desta sexta-feira (23), por volta de 12h15, o diretor e o gerente da Locanty Soluções e Qualidade chegaram à sede da PF. Carlos Alberto Silva, diretor da empresa, e Carlos Sarres, gerente, chegaram acompanhados de uma advogada, mas não deram declarações à imprensa. Outras pessoas também serão ouvidas na segunda-feira (26), de acordo com a assessoria da Polícia Federal.
Após a denúncia, a Polícia Federal abriu quatro inquéritos para investigar crimes como fraudes em licitação, corrupção e formação de cartel. O delegado Antônio Carlos Beaubrun Júnior está à frente do caso.
Os depoimentos
Na quinta-feira (22), das sete pessoas convocadas para prestar depoimento, apenas duas compareceram. O sócio-diretor da Locanty Soluções e Qualidade, João Felippo Barreto, disse que nunca pagou propina a gestores públicos, que jamais participou de esquema ilegal e que ninguém está autorizado a fazer nada de errado em nome da empresa. Segundo a polícia, os advogados da Locanty se comprometeram a apresentar os convocados na sexta (23) e na segunda-feira (26).
Além de João Felippo Barreto, a gerente da Rufollo Serviços Técnicos e Construções, Renata Cavas, compareceu à sede da PF, mas preferiu se manter em silêncio e afirmou que só falará em juízo. Ela chegou acompanhada do advogado, ficou cerca de uma hora e meia e deixou o local por volta das 17h20, sem falar com a imprensa. Na reportagem do Fantástico, Renata aparece falando que negociar propina é "a ética do mercado".
Na quarta-feira (21), Adolfo Maia, presidente da Bella Vista Refeições Industriais, outra firma envolvida no escândalo, foi ouvido e também negou que sua empresa tenha feito qualquer pagamento de propina. De acordo com a PF, Adolfo afirmou em depoimento que Jorge Figueiredo, o homem que aparece nas gravações do Fantástico negociando propina, era autônomo, ou seja, não fazia parte dos quadros da empresa nem estaria autorizado a atuar em negociações com o setor público.
Além dele, também foram ouvidos o diretor do Instituto de Pediatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Eduardo Migowski e o vice-diretor, Bruno Leite Moreira. Eles falaram sobre o motivo pelo qual abriram as portas do hospital para a reportagem do Fantástico.
“Queriam saber os motivos pelos quais a gente disponibilizou o espaço para a reportagem do Fantástico. Foi justamente porque a gente estava se sentindo lesado, com o prejuízo de R$ 120 mil”, explicou Migowski.
Demissão
A Locanty informou em nota que que já "demitiu por justa causa os funcionários citados na reportagem e que vai continuar colaborando para a rápida identificação dos responsáveis - agentes internos e externos de práticas lesivas e reprováveis sob todos os aspectos".
Já a Rufollo informou, em nota, que os funcionários que apareceram na reportagem do Fantástico já foram afastados até que todos os fatos sejam esclarecidos.
Em nota divulgada nesta quinta-feira (22), a assessoria da empresa cita a Constituição e pede que seja assegurado o direito ao contraditório. Mas a nota ignora que uma das pessoas que aparecem nos flagrantes feitos pela reportagem é Rúfolo Vilar, que se identifica como o dono da empresa.
Na reportagem do Fantástico, o repórter Eduardo Faustini, que se passa pelo gestor de compras, pediu a presença do dono da empresa para confirmar o pagamento da propina. Rúfolo Vilar vai ao hospital. Ele confirma que apesar de não estar no contrato social da Rufollo, é ele mesmo quem manda na empresa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário