quinta-feira, 15 de março de 2012

Com honras, corpo de militar morto na Antártica é enterrado no Rio (Postado por Lucas Pinheiro)

O corpo do militar Roberto Lopes dos Santos, morto durante um incêndio na Estação Comandante Ferraz, na Antártica, foi enterrado por volta das 15h30 desta quinta-feira (15), no cemitério do Caju, na Zona Portuária do Rio. O sepultamento, acompanhado por cerca de 150 amigos e familiares, ocorreu 16 dias após a chegada do corpo ao Brasil. O incêndio ocorreu na madrugada do dia 25 de fevereiro.

Com honras fúnebres, o sepultamento do militar teve a presença de uma guarda, que fez três salvas de tiros no local. Depois disso, foi feito um minuto de silêncio. O caixão foi coberto com a bandeira do Brasil e, após o sepultamento, a bandeira foi dobrada e entregue à família do militar. Além da bandeira nacional, um cartaz com a foto e frases em homanagem a Roberto foi colocado em cima do caixão.

'Ele sempre foi meu herói', diz mãe
A mãe do militar, Nair Lopes dos Santos, lembrou do filho com carinho após o enterro. "Ele sempre foi meu herói, desde que ele nasceu. Ele sempre desejou estar na Marinha. Por livre vontade dele que estava na Antártica", disse ela, emocionada.

O corpo de Santos foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) do Rio de Janeiro no dia 28 de fevereiro. Os exames de DNA foram concluídos na última sexta-feira (9), mas somente nesta quarta (14) a família recebeu a notícia que o enterro havia sido marcado.

Amigo de mais de 20 anos de Roberto, o também militar e professor de judô primeiro-sargento Edimilson Jikings contou que que a família de Roberto reclamou da demora da liberação do corpo para o sepultamento. "Estão todos bastante abalados, essa demora toda para fazer o enterro piorou. Acho que faltou um pouco de boa vontade da Marinha. Apesar de terem dado toda a assistência social junto com a mulher dele, a parte do IML deixou a desejar", afirmou.

Militar ia ser árbitro internacional de judô, diz amigo em velório
Segundo Edimilson, Roberto Lopes dos Santos queria ser árbitro internacional de judô e já havia passado em uma prova antes da viagem. "Ele era cabo e eu era marinheiro quando a gente se conheceu, fazendo judô na Marinha", disse. "A gente participou de muitas competições, viajamos o Brasil todo com o judô, ele era federado", completou.

De acordo com o amigo, Roberto dava aula de judô em uma academia em Nilópolis. Um dos alunos do mestre esteve no velório e se emocionou. "Agora é dar continuidade ao que ele deixou", disse Walace Moraes, de 18 anos, 9 deles aprendendo judô com o militar.

Eletricista e intrutor de combate a incêndio, Roberto morreu em serviço, tentando combater as chamas que atingiram a estação brasileira na Antártica. "Ele era apaixonado por aquilo lá. Tudo que que ele fazia era com vontade, com dedicação", disse o amigo Edimilson.

Roberto serviu à Marinha por 29 anos. A viagem à Antártica foi a terceira da vida dele. O militar deixa esposa e dois filhos, uma jovem de 18 anos e um menino de 14, que acompanharam o sepultamento vestidos com a camisa do Flamengo, time do militar. O filho de Roberto colocou o cap do pai militar durante o enterro e foi embora com ele.

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.