sábado, 31 de março de 2012

Ônibus voltam a circular em Niterói, diz presidente de sindicato (Postado por Lucas Pinheiro)

A circulação de ônibus em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, está praticamente normalizada na manhã deste sábado (31), apesar de os rodoviários terem decidido manter a greve iniciada na quinta-feira (29). Eles reivindicam 16% de reajuste no salário base e o aumento na cesta básica.

A informação é do próprio presidente do Sindicato dos Rodoviários de Niterói e Região, Joaquim Soares, que disse que a decisão pela manutenção da greve foi tomada em assembleia em que os rodoviários não estavam plenamente representados.

"A diretoria do sindicato tem que aceitar a decisão da assembleia, mas foram falsos rodoviários que decidiram continuar a greve, pois houve infiltração de pessoas que não representam os interesses da categoria e só querem baderna", explicou ele.

Na sexta (30), a reunião conciliatória do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) entre o Sindicato dos Rodoviários de Niterói e o Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários do Estado do Rio (Setrerj) terminou sem acordo. Com isso, a greve foi mantida  em Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá e Tanguá.

Já na Baixada Fluminense, a paralisação foi suspensa após assembleia realizada pelo Sindicato de Trabalhadores do Transporte Rodoviários de Nova Iguaçu. A medida vale para os municípios de São João de Meriti, Nilópolis, Belford Roxo, Mesquita e Nova Iguaçu.

Na sexta-feira (30), os trabalhadores que dependiam de ônibus para voltar para casa tiveram que encarar longas filas no Terminal de Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Poucos ônibus eram vistos nas paradas e muitas pessoas reclamavam da demora.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Rodoviários de mais 15 cidades do RJ entram em greve, diz sindicato (Postado por Lucas Pinheiro)

O sindicato que representa os rodoviários de 15 municípios da Baixada Fluminense, do Centro-Sul Fluminense e outras cidades do interior do Rio decidiu entrar em greve a zero hora desta sexta-feira (30). A paralisação pode deixar cerca de 2,4 milhões pessoas sem ônibus. As informações foram confirmadas pelo presidente do Sindicato de Trabalhadores do Transporte Rodoviários de Nova Iguaçu, Joaquim Graciano da Silva (STTRNI). Com a adesão desta sexta, chegaria a 20 o número de cidades atingidas pela greve no estado do Rio.

Até as 8h50, o sindicato confirmou a adesão de pelo menos cinco cidades na greve - Belford Roxo, Nova Iguaçu, São João de Meriti, Mesquita e Nilópolis. Sobre os outros municípios, o presidente do sindicato esclareceu que ainda não há o balanço da adesão. São eles: Paracambi, Miguel Pereira, Engenheiro Paulo de Frontin, Mendes, Rio das Flores, Vassouras, Itaguaí, Paty do Alferes, Seropédica e Mangaratiba.

Entre as reivindicações da classe estão o reajuste de 16% no salário base e o aumento na cesta básica. Ao todo, 5 mil trabalhadores são filiados ao STTRNI.

PM reforça policiamento
Mesmo sem estar entre os municípios que aderiram greve, a Polícia Militar reforçou o patrulhamento nos terminais rodoviários e estações de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. As informações são do 15º BPM (Duque de Caxias).

Em Nova Iguaçu, o clima é tenso no terminal rodoviário da cidade. A rodoviária está cheia e há muitos grevistas no local. Por causa da grande movimentação, dois ônibus chegaram a bater em uma das vias no interior do terminal. Não há informações sobre feridos. Policiais do 20º BPM (Mesquita) estão no local.

Circulação
Por determinação judicial, as empresas de ônibus são obrigadas a circular com pelo menos 40% da frota durante a greve, e 70% nos horários de maior movimento.

Na quinta-feira (29), rodoviários de outras cinco cidades da Região Metropolitana do Rio já tinham entrado em greve. Foi um dia de muito transtorno para os cerca de 1,5 milhão de moradores de Niterói, São Gonçalo, Maricá, Itaboraí e Tanguá. E com a adesão dos rodoviários em outros quinze municípios, a sexta feira promete ser ainda mais complicada para quem depende dos ônibus.

Serviços
Por causa da greve dos rodoviários na Baixada, a SuperVia informou que colocou viagens extras no ramal Japeri, em Nova Iguaçu e Queimados, e no ramal Belford Roxo. A concessionária informou ainda que acompanha o movimento de passageiros e, dependendo da demanda, a empresa pode aumentar o número de composições disponíveis.

Já o Metrô Rio informou que monitora o fluxo de usuários para avaliar a necessidade de aumentar o efetivo de funcionários nas estações.

Transtornos na volta para casa
Na noite de quinta, moradores das cidades de Niterói, São Gonçalo, Maricá, Tanguá e Itaboraí, na Região Metropolitana, tiveram problemas para voltar para casa de ônibus. Havia poucos ônibus circulando pelas cidades, com grande espera para quem depende do transporte coletivo. Vias como a Niterói-Manilha tiveram grande movimentação de veículos, com pontos de retenção no fim do dia.

Quem precisava ir para São Gonçalo, por exemplo, encontrou grandes filas nos terminais e esperas de cerca de 40 minutos entre um veículo e outro.

Há quase uma hora que eu estou no ponto. Esperando van, porque não tem ônibus”, afirmou uma mulher que tentava voltar para casa, no fim da tarde de quinta-feira, ao RJTV.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Greve de ônibus causa trânsito e afeta pelo menos 1,3 milhão no RJ (Postado por Lucas Pinheiro)

A greve dos rodoviários causa congestionamento, na manhã desta quinta-feira (29) nas principais vias de Niterói e São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo Márcio Barbosa, superintendente do Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários do Estado do Rio (Setrerj), a paralisação afeta pelo menos 1,3 milhão de pessoas.

Por causa da greve, as garagens das empresas de ônibus estão lotadas.

De acordo com Márcio Barbosa, eles reivindicam um aumento de 16% sobre o salário e 40% sobre a cesta básica. Além de motoristas e cobradores, a classe também inclui funcionários da administração e da manutenção. Barbosa explica que a frota desses cinco municípios é composta por 3 mil ônibus.

Além de Niterói e São Gonçalo, funcionários de empresas de ônibus de outros três municípios - Itaboraí, Maricá e Tanguá - estão em greve nesta manhã.

Retenções
A Niterói Transporte e Trânsito (Nittrans), empresa responsável pelo trânsito em Niterói, há engarrafemento nas avenidas Visconde do Rio Branco, Feliciano Sodré, Jansem de Mello e Roberto Silveira. Os motoristas também encontram retenções na Alameda São Boaventura, onde a prefeitura optou por liberar o corredor exclusivo para os carros.

A greve também afeta a Rodovia Niterói-Manilha. De acordo com a concessionária Autopista Fluminense, há 12 km de retenções no sentido Niterói, no trecho entre Itaúna, em São Gonçalo, e a Avenida do Contorno, em Niterói. Já a Ponte Rio-Niterói tem trânsito lento desde os acessos em Niterói ao vão central, e na chegado ao Elevado do Gasômetro.

Nesta quinta-feira (29), funcionários de empresas de ônibus de cinco municípios do Rio - Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá e Tanguá - estão em greve.

Greve afeta atendimento do Detran
A greve também afeta o atendimento do Detran em Niterói, São Gonçalo e Itaboraí. Em nota, o Detran informou que as "unidades nestes municípios estão funcionando precariamente, já que muitos funcionários não conseguiram chegar aos seus postos de trabalho". O órgão esclareceu que clientes que tiverem o atendimento prejudicado terão prioridade.

Determinação judicial
As empresas, no entanto, são obrigadas a operar com o mínimo de 40% da frota durante a greve, conforme determina uma liminar expedida pela desembargadora Mery Bucker Caminha, do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região. Caso não cumpram, os grevistas serão punidos com multa diária de R$ 100 mil.

"Infelizmente, a olho nu, ainda não atingimos os 40%. Mas estamos apurando o efetivo com as empresas", disse o superintendente do sindicato, informando ainda que a Polícia Militar foi acionada para garantir a ordem.

“Ontem fizemos contato intenso com a PM de forma que a gente possa garantir que os veículos possam sair da garagem. A polícia já estava com um ponto de ação para que não haja problemas.

A proposta da Setrerj, de 10% de aumento no salário e 25% sobre a cesta básica, também foi oferecida a rodoviários dos municípios do Rio de Janeiro e Duque de Caxias, que aceitaram e não aderiram à greve.

Madrugada
Durante a madrugada, quem tentou voltar para a casa foi pego de surpresa. A opção foi usar o transporte alternativo.

“Totalmente pego de surpresa. Está tenso ficar esperando. Não sei que hora que vou voltar. Vamos aguardar aí, e ver o que vai dar”, disse Roberto Chaga, que, junto com a mulher, aguardava um ônibus sentado numa calçada do terminal João Goulart, ao lado da Estação das Barcas, em Niterói.

“A gente está com o pé doendo, estou cansada. A gente sabe se vai para casa hoje”, disse a esposa de Roberto, Gleice Paschoal.

Um outro passageiro queria ir para São Gonçalo, mas o ônibus não apareceu. “Vou dar um tempo aqui ainda, pelo menos uns 10 minutos. Se, por ventura, não aparecer, vou ser obrigado a ir de van”.

Por causa da falta de ônibus, motoristas de van foram ao terminal buscar os passageiros. Muitas não tinham o adesivo de identificação. Um van escolar e até um carro particular faziam o transporte.

“Um absurdo, não é? A gente tem que ter carro para a gente rodar. A gente não pode pagar o pato de uma grave de surpresa. A gente correr o risco de ser assaltado, já que não tem nem segurança, é bravo, não é?”, reclamou um passageiro.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Site do G1 é acessável através do Painel do Paim

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sexta-feira, 23 de março de 2012

Dois representantes da Toesa, no RJ, dizem que só vão falar em juízo (Postado por Lucas Pinheiro)

Dois dos três representantes da Toesa que compareceram à sede da Polícia Federal, na Zona Portuária do Rio de Janeiro, na manhã desta sexta-feira (23), disseram que só vão falar em juízo. Eles foram convocados a depor sobre o escândalo das fraudes em licitações da saúde pública no estado.

Os depoimentos das outras quatro pessoas que estão sendo aguardadas para esta sexta-feira serão retomados às 15h.

O primeiro a chegar foi o presidente da empresa, Davi Gomes. Ele entrou por volta das 9h no prédio da Polícia Federal, e não falou com a imprensa. Davi aparece nas imagens gravadas pelo repórter Eduardo Faustini, para o Fantástico, negociando percentuais para fraudar uma licitação.

Pouco depois, de cabeça baixa e óculos escuros, chegou Cassiano Lima, gerente da Toesa. Nas imagens, ele é o que usa o termo "camisa" para definir os percentuais da negociação.

No início da tarde desta sexta-feira (23), por volta de 12h15, o diretor e o gerente da Locanty Soluções e Qualidade chegaram à sede da PF. Carlos Alberto Silva, diretor da empresa, e Carlos Sarres, gerente, chegaram acompanhados de uma advogada, mas não deram declarações à imprensa. Outras pessoas também serão ouvidas na segunda-feira (26), de acordo com a assessoria da Polícia Federal.

Após a denúncia, a Polícia Federal abriu quatro inquéritos para investigar crimes como fraudes em licitação, corrupção e formação de cartel. O delegado Antônio Carlos Beaubrun Júnior está à frente do caso.

Os depoimentos
Na quinta-feira (22), das sete pessoas convocadas para prestar depoimento, apenas duas compareceram. O sócio-diretor da Locanty Soluções e Qualidade, João Felippo Barreto, disse que nunca pagou propina a gestores públicos, que jamais participou de esquema ilegal e que ninguém está autorizado a fazer nada de errado em nome da empresa. Segundo a polícia, os advogados da Locanty se comprometeram a apresentar os convocados na sexta (23) e na segunda-feira (26).

Além de João Felippo Barreto, a gerente da Rufollo Serviços Técnicos e Construções, Renata Cavas, compareceu à sede da PF, mas preferiu se manter em silêncio e afirmou que só falará em juízo. Ela chegou acompanhada do advogado, ficou cerca de uma hora e meia e deixou o local por volta das 17h20, sem falar com a imprensa. Na reportagem do Fantástico, Renata aparece falando que negociar propina é "a ética do mercado".

Na quarta-feira (21), Adolfo Maia, presidente da Bella Vista Refeições Industriais, outra firma envolvida no escândalo, foi ouvido e também negou que sua empresa tenha feito qualquer pagamento de propina. De acordo com a PF, Adolfo afirmou em depoimento que Jorge Figueiredo, o homem que aparece nas gravações do Fantástico negociando propina, era autônomo, ou seja, não fazia parte dos quadros da empresa nem estaria autorizado a atuar em negociações com o setor público.

Além dele, também foram ouvidos o diretor do Instituto de Pediatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Eduardo Migowski e o vice-diretor, Bruno Leite Moreira. Eles falaram sobre o motivo pelo qual abriram as portas do hospital para a reportagem do Fantástico.

“Queriam saber os motivos pelos quais a gente disponibilizou o espaço para a reportagem do Fantástico. Foi justamente porque a gente estava se sentindo lesado, com o prejuízo de R$ 120 mil”, explicou Migowski.

Demissão
A Locanty informou em nota que que já "demitiu por justa causa os funcionários citados na reportagem e que vai continuar colaborando para a rápida identificação dos responsáveis - agentes internos e externos de práticas lesivas e reprováveis sob todos os aspectos".

Já a Rufollo informou, em nota, que os funcionários que apareceram na reportagem do Fantástico já foram afastados até que todos os fatos sejam esclarecidos.

Em nota divulgada nesta quinta-feira (22), a assessoria da empresa cita a Constituição e pede que seja assegurado o direito ao contraditório. Mas a nota ignora que uma das pessoas que aparecem nos flagrantes feitos pela reportagem é Rúfolo Vilar, que se identifica como o dono da empresa.

Na reportagem do Fantástico, o repórter Eduardo Faustini, que se passa pelo gestor de compras, pediu a presença do dono da empresa para confirmar o pagamento da propina. Rúfolo Vilar vai ao hospital. Ele confirma que apesar de não estar no contrato social da Rufollo, é ele mesmo quem manda na empresa.

quarta-feira, 21 de março de 2012

PF ouve representantes de empresa sobre fraude em licitação no RJ (Postado por Lucas Pinheiro)

A Polícia Federal ouve nesta quarta-feira (21) cinco representantes da empresa Bella Vista Refeições Industriais sobre o escândalo das fraudes em licitações públicas em hospitais do Rio, revelado pelo Fantástico. Os representantes prestam esclarecimento na sede da Polícia Federal, na Zona Portuária da cidade, e, segundo o superintendente da PF, Valmir Lemos de Oliveira, o delegado responsável por colher os depoimentos é Antônio Carlos Beaubrun Júnior.

Ainda segundo Lemos, as outras três empresas envolvidas no escândalo serão ouvidas até sexta-feira (23), na seguinte ordem: a Locanty Soluções e Qualidade e a Rufolo Serviços Técnicos e Construções, na quinta-feira (22); e a Toesa, na sexta (23).

Ao todo, 17 pessoas, entre proprietários, sócios, diretores, gerentes e funcionários das quatro empresas, devem prestar esclarecimentos à polícia.

Representantes das quatro empresas terceirizadas aparecem na reportagem oferecendo propina para obter benefícios em licitações de prestação de serviços a um hospital público da rede federal do Rio. A Polícia Federal abriu quatro inquéritos para investigar crimes como fraudes em licitação, corrupção e formação de cartel.

Entenda a fraude
Na reportagem especial feita por Eduardo Faustini e André Luiz Azevedo, o Fantástico mostrou como funciona o esquema feito entre empresas fornecedoras e funcionários públicos.

Com o conhecimento do diretor e do vice-diretor do hospital pediátrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o repórter fingiu ser o novo gestor de compras da instituição.

As negociações foram filmadas de três ângulos diferentes e levadas até o último momento antes da liberação do pagamento.

Toda empresa disputa uma licitação para prestar um serviço a um hospital público. No esquema flagrado, as empresas fornecedoras se unem para fraudar a concorrência. A que quer ganhar, paga uma porcentagem do total do contrato para as demais - que entram na concorrência com orçamentos mais altos -ou seja, estão lá apenas para perder.

Renata Cavas, gerente da Rufolo, aparece na reportagem "garantindo a impunidade no negócio". O gerente da Locanty, Carlos Sarres, explica como a propina é escondida. Também foram filmados Davi Gomes, presidente da Toesa, e Jorge Figueiredo, representante comercial da Bella Vista Refeições Industriais.

MPF quer impedir novas licitações
O Ministério Público Federal busca provas que possam impedir as quatro empresas de participar de novas licitações públicas e deu início a uma investigação. “Nos mostra a reportagem que isso não é uma prática de mercado. É verdadeiramente uma coisa de bandido”, afirmou o procurador da República, Jaime Mitropoulos.

Contratos cancelados
A Prefeitura do Rio, o estado e a União, por meio do Ministério da Saúde, determinaram o cancelamento dos contratos com as empresas. A Comissão de Tributação da Assembleia pediu que o Tribunal de Contas do estado faça uma auditoria nas licitações vencidas por elas.

O governo do estado fez um levantamento dos contratos em vigor com as empresas citadas na denúncia do Fantástico. O valor total chega a R$ 80 mihões.

A Locanty já havia sido denunciada por fraude no serviço de reboques há sete meses, mas a suspensão do contrato ocorre somente agora.

Segundo pesquisa da ONG "Contas Abertas", feito com dados do governo federal, a União pagou mais de R$ 143 milhões por serviços prestados à Locanty, Rufollo e Toesa, de 2010 a março deste ano.

A prefeitura informou que, atualmente, não tem contrato em vigor com a Toesa, nem com a Rufollo. No entanto, a prefeitura admitiu que a Locanty trabalha para cinco órgãos, e a Bella Vista Refeições, para três. De acordo com o município, os serviços chegam a quase R$ 21 milhões. Todos terão seus contratos cancelados.

Para tocar os serviços atualmente prestados pelas empresas denunciadas, o governo do estado informou que pretende chamar as segundas colocadas nas licitações, opção criticada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) por causa do risco da licitação ter sido fraudada. Segundo o governo, se houver necessidade de cancelar a licitação, a solução seria convocar uma nova.

Na terça-feira (20), Gustavo Teixeira, advogado da Bella Vista Refeições Industriais, disse que os atos praticados por Jorge Figueiredo não tinham o consentimento da empresa. "O Jorge Figueiredo é um vendedor comissionado. Os atos praticados por ele, não são atos que a empresa outorga", afirmou o advogado.

Mal entendidos com nomes parecidos
A Trade Building Engenharia, que teve um representante participando de uma licitação de fachada com o objetivo de perder, como mostrado na reportagem do Fantástico, não tem ligação com a TRD Serviços e Administração, empresa que atua no ramo de gestão de frotas de veículos.

A TRD, que tem sede em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, é conhecida no mercado também pelo nome antigo, Trade, e por isso algumas pessoas pensaram se tratar da empresa denunciada pela reportagem.

Esse mal entendido aconteceu também com a empresa Construir Obras e Reformas, sediada em São Paulo, que não tem qualquer envolvimento com as denúncias apresentadas na reportagem. A empresa foi confundida com a Construir Arquitetura e Serviços, que também participou de uma licitação falsa para perder.

terça-feira, 20 de março de 2012

Senado faz audiência nesta quinta sobre vazamento de óleo no Rio (Postado por Lucas Pinheiro)

A Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor do Senado discute nesta quinta-feira (22), em audiência pública, os danos ambientais causados pelo vazamento de óleo desde o dia 8 de março no campo de Frade, operado pela Chevron na Bacia de Campos (RJ).

Foram convidados a diretora-geral Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriand, o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Curt Trennepohl, o procurador da República Eduardo Santos de Oliveira, que tem atuado no caso Chevron, o delegado da Polícia Federal Fábio Scliar, da área ambiental, e o presidente da Chevron no Brasil, George Buck.

O vazamento ocorreu devido a uma falha durante exploração de petróleo. Nesta segunda, o presidente da Chevron disse que a empresa age de acordo com a lei brasileira e dentro das normas do Ibama.

A Chevron foi autuada nesta terça com multa de R$ 50 milhões aplicada pelo Ibama. Ela também é alvo de inquérito instaurado pela Polícia Federal e de processo administrativo aberto pela ANP. Além disso, o Ministério Público Federal também abriu investigação que pode culminar em uma ação civil pública.

Crime ambiental
O processo cível foi implementado na última sexta-feira (18) pelo procurador da República Eduardo Santos de Oliveira, do MPF de Campos do Goytacazes, cidade que está a 120 km do local onde foi detectado o vazamento.

Segundo a assessoria de imprensa do MPF do Rio de Janeiro, requerimentos foram enviados ao Ibama e à Petrobras e nesta segunda-feira (21) foram emitidos ofícios à Polícia Federal, para informar o andamento dos trabalhos, e à Chevron, para explicar as causas do acidente.

O secretário de Estado do Ambiente do Rio, Carlos Minc, anunciou que ingressará na Justiça com ação civil pública pedindo indenização pelos prejuízos causados à biodiversidade marinha e aos bens costeiros. "Num primeiro olhar pode chegar a R$ 100 milhões", disse Minc na segunda-feira.

Segundo Ahmed, outras entidades e organizações de defesa do meio ambiente poderão procurar o MP para participar da mesma ação no intuito de reparar eventuais danos causados.

Segundo o representante da OAB, devido à gravidade do acidente é possível que a petrolífera norte-americana seja considerada culpada nas diferentes esferas.

De acordo com o delegado Fábio Scliar, da Delegacia do Meio Ambiente e Patrimônio Histórico da Polícia Federal (Delemaph-PF), ainda não há previsão para o término da investigação.

“Vamos analisar a documentação que virá de diversos órgãos, inclusive os documentos da Chevron. Nós vamos verificar o Estudo de Impacto Ambiental, o planejamento da perfuração e os relatórios que serão produzidos sobre o acidente”, disse Scliar.

Revisão do pré-sal
A ANP informou nesta segunda-feira que a agência deverá rever prerrogativas da Chevron na exploração do pré-sal. Segundo Haroldo Lima, diretor-geral da ANP, a empresa poderá atingir a camada do pré-sal desde que tenha um projeto específico aprovado pela ANP. Esse projeto já foi apresentado e deverá ser avaliado pela agência em reunião na próxima quarta (23).

Além disso, a ANP decidiu aplicar duas autuações à companhia por infrações que poderão chegar a até R$ 100 milhões em multas. O teto de cada penalidade é de R$ 50 milhões, mas o valor final a ser desembolsado pela petroleira só será definido após a conclusão do processo administrativo.

O presidente da Chevron Brasil, George Buck, afirmou em entrevista coletiva que a empresa está agindo de acordo com a legislação brasileira e dentro das normas do Ibama. A Polícia Federal investiga as denúncias de que a empresa usou a técnica de jateamento de areia para limpar a área onde houve vazamento de óleo.

segunda-feira, 19 de março de 2012

RJ cancela contratos com empresas após denúncia de fraude em hospitais (Postado por Lucas Pinheiro)

O governo do Rio de Janeiro informou por meio de nota, nesta segunda-feira (19), que determinou o cancelamento de todos os contratos com as empresas Toesa Service, Locanty Soluções, Bella Vista Refeições Industriais e Rufolo Serviços Técnicos e Construções.

A decisão ocorreu um dia após o Fantástico exibir uma reportagem, na qual representantes da companhia aparecem oferecendo propina para obter benefícios em licitações para prestar serviços a um hospital público da rede federal.

Na nota, o secretário de estado da Casa Civil Régis Fichtner informou que o “governador determinou a todos que verifiquem em suas respectivas Secretarias se existem contratos hoje em execução com essas empresas. Em caso positivo, solicito que seja informada a Secretaria da Casa Civil. Todos os eventuais contratos de órgãos do Estado com essas empresas serão cancelados”.

Veja a nota na íntegra
“Senhores Secretários e Presidentes de Instituições do Estado:

Tendo em vista a matéria do programa “Fantástico”, que denunciou que as empresas Toesa Service, Locanty Soluções, Bella Vista Refeições Industriais e Rufolo Serviços Técnicos e Construções seriam participantes frequentes de fraudes contra licitações, o Governador determinou a todos que verifiquem em suas respectivas Secretarias se existem contratos hoje em execução com essas empresas. Em caso positivo, solicito seja informada a Secretaria da Casa Civil. Todos os eventuais contratos de órgãos do Estado com essas empresas serão cancelados. A forma de continuidade dos serviços essenciais será decidida caso a caso em comum acordo com a Secretaria da Casa Civil e a Procuradoria Geral do Estado”.

Em nota, a empresa Locanty explicou que "ante a gravidade das denúncias apresentadas ontem, no Fantástico, a Locanty informa que já afastou de suas respectivas funções os dois funcionários que aparecem nas gravações produzidas pela reportagem".

PF abre inqúeritos
O delegado Victor Poubel, da Polícia Federal, disse nesta segunda-feira (19) que já abriu quatro inquéritos para investigar as empresas . A PF vai investigar fraudes em licitação, corrupção e formação de cartel, entre outros crimes

“Vamos apurar todos os contratos com órgãos públicos da União desde 2009 que tenham sido feitos por essas empresas. São fatos repugnantes, mas que não causaram surpresa à Polícia Federal que vem fazendo um trabalho forte concernente a desvio de recursos públicos. Tem grupo especializado que vai levar adiante o trabalho investigativo”, disse Poubel.

O Ministério Público Federal também anunciou que vai investigar todas as empresas que aparecem na reportagem e os contratos com hospitais federais.

Já o Ministério da Saúde informou que uma portaria será publicada no Diário Oficial desta terça-feira (20) determinando a suspensão imediata dos contratos que ainda estejam em vigor com essas empresas em toda a rede de hospitais do país. Ainda segundo o ministério, um ofício vai estabelecer uma auditoria em contratos de outras empresas que prestam serviços para hospitais federais.

Cremerj espera punição
Segundo o Conselho Regional de Medicina (Cremerj), a denúncia revoltou os médicos e profissionais de saúde e espera que haja punição para os empresários e gerentes que aparecem na reportagem negociando propina.

“Estamos vivendo um momento de corte de verbas da saúde, os salários dos médicos são baixos como os dos demais profissionais e esperamos que esse fato seja apurado com rigor e que essas pessoas sejam presas e devolvam o dinheiro para o setor público aplicar realmente em saúde ”, disse a presidente do Cremerj, Márcia Rosa.

Para o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Wadih Damous, as imagens exibidas pelo Fantástico em que empresários oferecem propina para ganhar licitações em hospitais públicos criam um cenário de muitos indícios que dão margem ao início de investigações por parte da polícia e do Ministério Público. A declaração foi feita nesta manhã.

Para ele, os responsáveis pelas empresas podem vir a responder por corrupção, fraude de licitações e peculato. Ele explica que nas gravações os representantes das empresas mostraram como montam o esquema criminoso.

A Secretaria Municipal de Saúde informou que já rompeu o contrato de aluguel de ambulâncias com uma das empresas que aparecem na reportagem. Já a Prefeitura informou que apura o estágio dos contratos com outra empresa, entre eles os de reboque e guarda de veículos. A Guarda Municipal, por sua vez, disse que a empresa que aparece na reportagem fornece refeições para alunos do curso de formação e o contrato foi feito por pregão público, sem caráter de emergência.

Repórter se passou por gestor de compras do hospital
Na reportagem especial feita por Eduardo Faustini e André Luiz Azevedo, o Fantástico mostrou como funciona um esquema para fraudar licitações de saúde pública, feito entre empresas fornecedoras e funcionários públicos.

Com o conhecimento do diretor e do vice-diretor do hospital pediátrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o repórter Eduardo Faustini fingiu ser o novo gestor de compras da instituição. Todos os outros funcionários acreditavam que ele era mesmo o responsável pelo setor de compras, onde pôde acompanhar livremente todas as negociações e contratações de serviços.

As negociações foram todas filmadas de três ângulos diferentes e levadas até o último momento antes da liberação do pagamento. Nenhum negócio foi concretizado, nenhum centavo do dinheiro do contribuinte foi gasto.

O delegado Victor Poubel, titular da delegacia de repressão a crimes financeiros da Polícia Federal do Rio de Janeiro, informou que vai abrir um inquérito para investigar a denúncia do Fantástico. Segundo ele, todas as pessoas que aparecem na reportagem serão intimadas a prestar depoimento e todos os contratos serão investigados.

A fraude
A lei brasileira prevê que toda empresa que vá fazer um serviço para um hospital público dispute uma licitação, com outras que oferecem o mesmo serviço. É uma maneira de tentar garantir que o dinheiro público não vai ser desperdiçado.

No esquema flagrado pelo Fantástico, no entanto, as empresas fornecedoras se unem para fraudar a disputa. A que quer ganhar paga uma porcentagem do total do contrato para as demais - que entram na concorrência com orçamentos mais altos. Ou seja, entram para perder.

"Eu faço isso direto. Tem concorrência que eu nem sei que estou participando," comenta a gerente de uma empresa chamada para a licitação de contratação de mão de obra para jardinagem, limpeza, vigilância e outros serviços, que ganharia R$ 5,2 milhão se a licitação tivesse existido.

Sem nenhuma interferência do hospital, o repórter escolheu quatro empresas, que estão entre os maiores fornecedores do governo federal. Três são investigadas pelo Ministério Público, por diferentes irregularidades. E, mesmo assim, receberam juntas meio bilhão de reais só em contratos feitos com verbas públicas.

Uma locadora de veículos foi convidada para a licitação de aluguel de quatro ambulâncias. “Cinco. Cinco por cento. Quanto você quer?”, pergunta de imediato o gerente. Falando em um código em que a palavra "camisas" se refere à porcentagem desviada, ele aumenta a propina. “Dez camisa [sic], então? Dez camisa?".

O presidente do conselho da locadora garante que o golpe é seguro e o pagamento é realizado em dinheiro ou até mesmo em caixas de uísque e vinho. A empresa ganharia R$ 1.680 milhão pelo contrato. "Eu vou colocar o meu custo, você vai falar assim: ‘Bota tantos por cento’. A margem, hoje em dia, fica entre 15% e 20%", explicam o diretor e o gerente de uma empresa convidada para a licitação de coleta de lixo hospitalar. "Nós temos hoje, aproximadamente, três mil clientes nessa área de coleta", afirmam.

Para esconder a fraude da fiscalização, o dinheiro do suborno é espalhado por vários itens da proposta vencedora. O dono da empresa de jardinagem e vigilância diz à reportagem que está acostumado a fraudar licitações, e a gerente comenta que o fraude é "ética de mercado". "No mercado, a gente vive nisso. Eu falo contigo que eu trago as pessoas corretas. Eu não quero vigarista, não quero nunca".

sábado, 17 de março de 2012

Cerca de 25% dos presos mais perigosos do país são do RJ (Postado por Lucas Pinheiro)

O Brasil tem 407 presos considerados de alta periculosidade, que ficam encarcerados nas quatro penitenciárias federais do país, segundo os últimos números divulgados pelo Ministério da Justiça. O órgão é responsável pelas penitenciárias de Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Mossoró (RN) e Porto Velho (RO). Cem destes presos, quase 25%, são provenientes do Rio de Janeiro, segundo os dados do ministério.

O Sistema Penitenciário Federal foi criado para isolar presos considerados mais perigosos, a partir de uma execução penal diferenciada, já que esses internos podem comprometer a ordem e a segurança pública nos seus estados de origem. Por isso são transferidos para outras regiões, onde o contato com comparsas fica dificultado.

Entre os 100 presos que saíram do Rio estão os traficantes Fabiano Atanázio da Silva, o FB, Luís Claudio Serrat Correa, o Claudinho CL, Antônio Bonfim Lopes, o Nem, Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, e Alexander Mendes da Silva, o Polegar.

Na sexta-feira (16), mais um preso do Rio se juntou à lista: o traficante Paulo Rogério de Souza Paz, o Mica, apontado como ex-chefe do tráfico do conjunto de favelas da Penha, na Zona Norte, foi transferido para a Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia, segundo informou a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap).

Segurança máxima
O primeiro presídio de segurança máxima foi o de Catanduvas, inaugurado em junho de 2006. A penitenciária de Campo Grande estreou seis meses depois. Em 2008, foi a vez de Porto Velho. O presídio mais novo é o de Mossoró, que começou a funcionar em julho de 2009.

O diretor do Sistema Penitenciário Federal, Arcelino Vieira Damasceno, afirmou ao G1 que o quinto presídio federal do país, que será construído em Brasília, está previsto no orçamento de 2012, porém ainda não há um a data prevista para o início das obras.

O sistema de segurança é bastante rígido. Para começar, os presos não dividem celas. São todas individuais. Sensores e alarmes fazem parte dos equipamentos de vigilância, que conta ainda com circuito fechado de televisão.

O fornecimento de água e luz é controlado por agentes penitenciários federais, em salas de controle. Não há tomadas ou interruptores de energia no interior das celas. Os pisos e paredes possuem reforço nas camadas de cimento.

Alimentação e assistência
Os presos de alta periculosidade recebem quatro refeições por dia. O café da manhã é composto por leite integral, pão francês, café com açúcar, margarina e fruta da época. O almoço, segundo informou o Ministério, é composto, basicamente, de arroz (ou macarrão), feijão carioquinha ou preto (alternadamente), farinha, carne branca ou vermelha, legumes, salada, sobremesa, suco ou refresco. O cardápio do jantar é bem parecido a este último e o da ceia, similar ao desjejum.

Seguindo a Lei de Execução Penal (LEP), que aborda os direitos do preso e a reintegração dele na sociedade, as penitenciárias federais desenvolvem ações “no sentido de minimizar os diversos danos do encarceramento, o que inclui a saúde física e mental”, informou o Ministério. Para diminuir a quantidade de horas na cela, eles têm à disposição assistência educacional e profissionalizante, com oficinas literárias, o que garante a remição da pena.

As celas e os presos
Todos os presídios federais possuem capacidade para 208 presos. Atualmente, a penitenciária de Porto Velho é a que abriga o maior número de internos – são 123, já contando com o traficante Mica. O presídio de Mossoró possui a menor quantidade de presos de alta periculosidade: são 53.

As quatro unidades apresentam o mesmo padrão. Há dois tipos de cela: aquelas construídas para quem está no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), com 12 m², e as demais celas, que possuem 7 m². A diferença no tamanho é devido ao espaço para o banho de sol que há nas celas do RDD, já que esse tipo de interno não sai nem mesmo para esse serviço.

O banho dos presos de um presídio de segurança máxima é curto. Eles têm até 10 minutos debaixo do chuveiro.

Visitas
Uma vez por semana eles podem receber visitas, durante no máximo três horas, de cônjuge, companheira com a união estável comprovada, parentes ou amigos. A visita íntima é quinzenal, com duração de até 1h.

Em 2010, o governo federal deu início à visita virtual e à videoconferência judicial, um projeto do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e da Defensoria Pública da União. Os visitantes vão às unidades das Defensorias Públicas da União localizadas nas capitais das unidades da federação e conseguem se comunicar com os internos virtualmente.

Vistorias dos Ministérios Públicos
Passados mais de cinco anos desde a inauguração do presídio de Catanduvas, o MPF do Paraná, que fez vistoria no local no fim de 2011, constatou que algumas reclamações são recorrentes no local. Segundo o procurador da República João Vicente Beraldo Romão, os detentos pedem mais oficinas de trabalho, mais tempo para visitas sociais e ainda melhora no sistema de atendimento médico. O MP afirma que não há um médico do quadro do Departamento Penitenciário (Depen). O atendimento clínico, segundo explicou o MP, é feito por profissional contratado através de um convênio, durante duas horas por dia (das 10h às 12h), de segunda a sexta-feira. Se o preso necessitar de atendimento fora desse horário, ele é encaminhado para o Hospital Universitário do Oeste do Paraná (Huop).

O diretor do Sistema Penitenciário Federal, Arcelino Vieira Damasceno, informou que em relação às oficinas de trabalho, novas propostas de oferta laboral estão sendo estudadas. Quanto aos atendimentos clínicos, ele disse que eles estão sendo realizados com o auxílio de médicos colaboradores, em decorrência de ausência de tal profissional no quadro de servidores do Depen. “Houve concurso público, porém, não foram preenchidas as vagas de médicos clínicos e psiquiatras necessários”, disse ele.

De acordo com o Ministério Público Federal do Rio Grande do Norte, que realizou visita ao presídio de Mossoró no dia 31 de janeiro deste ano, os presos atualmente reclamam da deficiência alimentar. Segundo o MPF, um procedimento administrativo apura a denúncia. Arcelino Damasceno, entretanto, afirma que não foi informado sobre as reclamações. Ele ressaltou que o cardápio fornecido aos presos “foi definido por um grupo de nutricionistas devidamente qualificados”.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Ciclistas fazem manifestação em Campos após morte de jovem belga (Postado por Lucas Pinheiro)

Ciclistas fizeram um protesto na noite de quinta-feira (15) em Campos, no Norte Fluminense, por causa da morte de um jovem belga, que fazia intercâmbio no país. Ele morreu atropelado quando pedalava por uma avenida da cidade. Por causa da manifestação, o trânsito ficou fechado em uma das pistas da Avenida Artur Bernardes.

Os amigos escreveram uma mensagem em homenagem ao jovem. Parte da bicicleta de Hadrien Thys foi pintada de branco e pendurada em um poste no local do acidente.

“Quando um ciclista morre, a gente coloca no local da morte uma homenagem para ele. Espero que o poder público permita que fique aí como forma de conscientização para que a gente não precise mais deixar sangue nas avenidas”, disse Bruno do Val, amigo da vítima.

Hadrien costumava treinar na Avenida Arthur Bernardes. Ele foi atropelado por um carro, chegou a ser socorrido, mas não resistiu.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Com honras, corpo de militar morto na Antártica é enterrado no Rio (Postado por Lucas Pinheiro)

O corpo do militar Roberto Lopes dos Santos, morto durante um incêndio na Estação Comandante Ferraz, na Antártica, foi enterrado por volta das 15h30 desta quinta-feira (15), no cemitério do Caju, na Zona Portuária do Rio. O sepultamento, acompanhado por cerca de 150 amigos e familiares, ocorreu 16 dias após a chegada do corpo ao Brasil. O incêndio ocorreu na madrugada do dia 25 de fevereiro.

Com honras fúnebres, o sepultamento do militar teve a presença de uma guarda, que fez três salvas de tiros no local. Depois disso, foi feito um minuto de silêncio. O caixão foi coberto com a bandeira do Brasil e, após o sepultamento, a bandeira foi dobrada e entregue à família do militar. Além da bandeira nacional, um cartaz com a foto e frases em homanagem a Roberto foi colocado em cima do caixão.

'Ele sempre foi meu herói', diz mãe
A mãe do militar, Nair Lopes dos Santos, lembrou do filho com carinho após o enterro. "Ele sempre foi meu herói, desde que ele nasceu. Ele sempre desejou estar na Marinha. Por livre vontade dele que estava na Antártica", disse ela, emocionada.

O corpo de Santos foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) do Rio de Janeiro no dia 28 de fevereiro. Os exames de DNA foram concluídos na última sexta-feira (9), mas somente nesta quarta (14) a família recebeu a notícia que o enterro havia sido marcado.

Amigo de mais de 20 anos de Roberto, o também militar e professor de judô primeiro-sargento Edimilson Jikings contou que que a família de Roberto reclamou da demora da liberação do corpo para o sepultamento. "Estão todos bastante abalados, essa demora toda para fazer o enterro piorou. Acho que faltou um pouco de boa vontade da Marinha. Apesar de terem dado toda a assistência social junto com a mulher dele, a parte do IML deixou a desejar", afirmou.

Militar ia ser árbitro internacional de judô, diz amigo em velório
Segundo Edimilson, Roberto Lopes dos Santos queria ser árbitro internacional de judô e já havia passado em uma prova antes da viagem. "Ele era cabo e eu era marinheiro quando a gente se conheceu, fazendo judô na Marinha", disse. "A gente participou de muitas competições, viajamos o Brasil todo com o judô, ele era federado", completou.

De acordo com o amigo, Roberto dava aula de judô em uma academia em Nilópolis. Um dos alunos do mestre esteve no velório e se emocionou. "Agora é dar continuidade ao que ele deixou", disse Walace Moraes, de 18 anos, 9 deles aprendendo judô com o militar.

Eletricista e intrutor de combate a incêndio, Roberto morreu em serviço, tentando combater as chamas que atingiram a estação brasileira na Antártica. "Ele era apaixonado por aquilo lá. Tudo que que ele fazia era com vontade, com dedicação", disse o amigo Edimilson.

Roberto serviu à Marinha por 29 anos. A viagem à Antártica foi a terceira da vida dele. O militar deixa esposa e dois filhos, uma jovem de 18 anos e um menino de 14, que acompanharam o sepultamento vestidos com a camisa do Flamengo, time do militar. O filho de Roberto colocou o cap do pai militar durante o enterro e foi embora com ele.

Maracanã tem 39% das obras prontas, diz Secretaria de Obras (Postado por Lucas Pinheiro)

A Secretaria estadual de Obras informou, nesta quinta-feira (15), que 39% das obras do Estádio do Maracanã, na Zona Norte do Rio de Janeiro, estão prontas. Atualmente, a arquibancada inferior está em fase de construção da estrutura, aterro da área e instalação de pré-moldados, que são fabricados dentro do próprio canteiro de obras. A finalização do fechamento do anel da arquibancada está prevista para setembro.

Na parte da cobertura, foi iniciada a perfuração de 60 pilares para instalação da ancoragem, segundo a secretaria. A estrutura está sendo preparada para receber a nova cobertura, que está sendo fabricada em Minas Gerais, na Espanha, Alemanha e Suíça. A previsão é que a nova cobertura comece a ser instalada em novembro.

O processo de construção das 110 unidades de camarotes, segundo a secretaria, já foi iniciado, com a preparação da laje. Os camarotes, que serão construídos em dois níveis, serão acessados por quatro torres que ligarão o térreo aos pavimentos superiores do estádio. A rede de drenagem ao redor do campo e quatro novas rampas de acesso e as rampas do Bellini e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) estão em fase de conclusão. De acordo com o projeto, elas vão proporcionar o esvaziamento do estádio em até oito minutos.

As muretas que separam o campo das arquibancadas já estão prontas, assim como o túnel norte, para acesso dos veículos ao campo, ainda de acordo com a secretaria.

Atualmente, trabalham nas obras mais de 4,6 mil trabalhadores e, até o fim deste mês, o número chegará a 5,2 mil, segundo o Consórcio Maracanã Rio 2014, responsável pelas obras. O estádio passa por obras de reforma e modernização para se adequar às recomendações da Fifa, que priorizam mais conforto e segurança ao torcedor. O projeto, porém, não altera a concepção original do estádio, construído para a Copa de 1950 e que será entregue em 28 de fevereiro de 2013.

Ainda de acordo com a secretaria, a reforma do Maracanã é referência para as outras sedes. A pedido do governo da Bahia, a Empresa de Obras Públicas (Emop), da Secretaria estadual de Obras, vai assessorar a segunda fase da construção do novo estádio da Fonte Nova, em Salvador.

sexta-feira, 9 de março de 2012

STJ concede habeas corpus a Aniz Abraão David, patrono da Beija-Flor (Postado por Lucas Pinheiro)

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu o habeas corpus a Aniz Abraão David, conhecido como Anísio. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (9) pela assessoria do STJ. Ele é apontado pela polícia como banqueiro do jogo do bicho. A decisão é do ministro da 6ª Turma do STJ, ministro Sebastião Reis Júnior.

Procurado pelo G1, o Tribunal de Justiça do Rio informou que ainda não recebeu nenhum documento do Superior Tribunal de Justiça.

No dia 28, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) negou o habeas corpus a Anísio.

Patrono da escola de samba Beija-Flor de Nilópolis, Anísio está preso desde 11 de janeiro.  Na manhã desta sexta, o STJ informou ainda que outro suspeito de envolvimento com o jogo do bicho ganhou habeas corpus: Luizinho Drummond.

Anísio segue em estado estável mas ainda sem previsão de alta no Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, na Zona Sul do Rio. Ele está internado desde 13 de fevereiro. Segundo informações da unidade, ele sofre de uma "cardiopatia hipertensiva" e foi internado "para investigação clínica de distúrbios gastrointestinais e otorrinolaringológicos."

Prisão na rua
Anísio foi preso por policiais civis em frente a um laboratório médico, na esquina da Rua Joaquim Nabuco com a Avenida Nossa Senhora de Copacabana, em Copacabana.

De acordo com a assessoria do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), advogados de Anísio deram entrada no pedido de habeas corpus para o contraventor em 10 de janeiro, mas o pedido também foi negado.

O habeas corpus concedido a Anísio foi uma extensão do benefício que a Justiça deu há cerca de um mês a outro suspeito de envolvimento com o jodo do bicho, o presidente da escola de samba Grande Rio, Hélio Ribeiro de Oliveira, o Helinho da Grande Rio.

Operação Dedo de Deus
Anísio estava desaparecido desde o final de dezembro, quando a Polícia Civil desencadeou a operação para prender envolvidos com o jogo do bicho. Na Operação Dedo de Deus, policiais desceram de rapel de um helicóptero na cobertura que seria de Anisío, em Copacabana.

Os policiais estiveram no barracão da Beija-Flor, na Cidade do Samba, Zona Portuária, onde foram apreendidos dinheiro e computadores.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Polícia faz operação contra milícias que agem na Baixada Fluminense (Postado por Erick Oliveira)

Agentes da Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Draco) fazem, na manhã desta quarta-feira (7), uma operação para combater milícias que atuam na Baixada Fluminense. De acordo com as primeiras informações, duas pessoas foram presas. Os suspeitos são um ex-policial militar e um homem apontado como um dos assassinos da quadrilha.
Entre os objetivos da polícia está a prisão de 11 policiais militares, um policial civil e três integrantes das Forças Armadas. Ao todo, os policiais cumprem 25 mandados de prisão e mais de 60 de busca e apreensão.
Segundo agentes, a operação desta quarta é uma consequência da operação Capa Preta, de 2010, que teve o objetivo de desarticular uma milícia em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. No fim do ano, alguns suspeitos que haviam sido presos foram soltos pela Justiça e cinco testemunhas do caso foram assassinadas.
Durante a ação, a polícia já apreendeu R$ 2 mil, munição e um radiotransmissor.

terça-feira, 6 de março de 2012

Carros de deputado e padre são alvos de tiros na Região dos Lagos (Postado por Lucas Pinheiro)

Os carros do deputado estadual Jânio Mendes (PDT) e do padre Élcio Antônio dos Santos Silva foram atingidos por tiros no fim de semana em Cabo Frio, na Região dos Lagos. A polícia investiga o crime.

Os dois voltavam com familiares e amigos de uma missa em Unamar, distrito de Cabo Frio. O grupo passava em três carros pela Rodovia Amaral Peixoto (RJ-106), quando um quarto veículo passou pelo acostamento e atirou contra as vítimas.

Um dos tiros atingiu o bagageiro do carro em que o deputado e a família estavam. "Na hora foi um susto. Foi uma noite de dúvidas para dormir", disse o deputado. Um outro disparo acertou o carro onde estava o padre Élcio Antônio. O tiro não perfurou, mas amassou a lataria da coluna entre o vidro para-brisas e a janela do lado do carona.

"Eu pensei que fosse um pneu estourado ou pedra que atingiu o carro. Só depois que paramos o carro é que vimos que era um projétil de uma bala de uma arma de fogo é que nós dissemos 'vamos embora que foi tiro'", detalhou o padre.

O deputado e o padre foram à delegacia na segunda-feira (5) para prestar depoimento. Jânio estava acompanhado de um segurança cedido pela Assembleia Legislativa (Alerj). O caso foi registrado como tentativa de homicídio, mas o deputado não acredita em crime político. Para ele o atentado foi uma tentativa de assalto.

O delegado titular da 125ª DP (São Pedro da Aldeia), Geraldo Assed, disse que a polícia trabalha com várias hipóteses para o crime e que ainda não há suspeitos. Os carros devem ser periciados nesta terça-feira (6).

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Quem sou eu

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.