Só em uma das cidades da tragédia do Rio (Teresópolis), 3 mil crianças estão sem lar
Teresópolis tem 2.982 crianças e adolescentes tirados de suas casas pelas chuvas. Segundo garantiu o juiz da 2.ª Vara de Família, José Ricardo Ferreira de Aguiar, à ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, que visitou as crianças nesta quarta-feira, todas estão com algum parente. A maioria foi para a casa de amigos ou para abrigos e está com pelo menos um dos pais. Não há dados finais das outras cidades atingidas pelas chuvas.
Entre os que perderam os pais, sobrou ao menos um familiar, que agora faz o papel de guardião. O juiz chamou de 'levianas' as denúncias anônimas de maus-tratos a menores. A ministra ressaltou que é preciso encarar os abrigos como um espaço transitório, e que as crianças têm de ir à escola quando o ano letivo começar. Ela não soube dizer se há crianças longe dos pais.
Em Teresópolis, a ministra anunciou a criação do Comitê Emergencial para Proteção das Crianças e Adolescentes. Maria do Rosário pretendia ir a Nova Friburgo e Petrópolis, mas o secretário estadual de Assistência Social, Rodrigo Neves, que a acompanhava, foi para o Rio com o helicóptero e a deixou a pé. Mesmo recorrendo a uma aeronave do Exército que socorre as vítimas das chuvas em áreas isoladas, só conseguiu ir a Friburgo, onde visitou um abrigo.
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Para a ministra, não é o caso de pensar em uma política de adoção, pois as crianças devem ser cuidadas pelas próprias famílias. Futuramente, de acordo com o caso, segundo ela, pode-se recorrer ao Programa Família Acolhedora, que já está em funcionamento no Estado.
A Justiça de Teresópolis, por meio da juíza da Infância e Adolescência, Inês Joaquina Coutinho, cadastrou todas elas e pretende adicionar ao cadastro fotos dos parentes com quem estão. Esses parentes, mesmo no caso de pais e mães, receberão do juízo um termo de entrega do menor que oficializa a responsabilidade, pois a maioria perdeu seus documentos.
Desabrigados. A ministra visitou em Teresópolis os 230 desabrigados alojados no galpão cedido pela empresa bebidas Comary, no bairro do Meudon.
Conversou com Juliana, de 12 anos, que está com pai, mãe e irmão e naquela hora desenhava uma casa em uma folha de papel. Esteve também com Priscila, de 11 anos, que brincava ao lado da mãe.
Outra com quem a ministra falou foi Ingrid de Jesus Pereira, que amamentava seu filho Michael, de 11 meses, e está no abrigo com o marido, Jorge Antônio, de 42 anos, e a outra filha, de 14. O marido é jardineiro de carteira assinada, mas provavelmente perderá o emprego, pois a chuva destruiu tudo. 'Agora esperamos um lugar para a gente sair daqui', resumiu a moça.
A ministra encontrou também quatro professoras municipais do Rio ajudando a ocupar o tempo das crianças. 'Tentamos amenizar um pouco a situação de ociosidade delas em um espaço que não é o seu hábitat', resumiu Marcella Wanderley, voluntária
Entre os que perderam os pais, sobrou ao menos um familiar, que agora faz o papel de guardião. O juiz chamou de 'levianas' as denúncias anônimas de maus-tratos a menores. A ministra ressaltou que é preciso encarar os abrigos como um espaço transitório, e que as crianças têm de ir à escola quando o ano letivo começar. Ela não soube dizer se há crianças longe dos pais.
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A Justiça de Teresópolis, por meio da juíza da Infância e Adolescência, Inês Joaquina Coutinho, cadastrou todas elas e pretende adicionar ao cadastro fotos dos parentes com quem estão. Esses parentes, mesmo no caso de pais e mães, receberão do juízo um termo de entrega do menor que oficializa a responsabilidade, pois a maioria perdeu seus documentos.
Desabrigados. A ministra visitou em Teresópolis os 230 desabrigados alojados no galpão cedido pela empresa bebidas Comary, no bairro do Meudon.
Conversou com Juliana, de 12 anos, que está com pai, mãe e irmão e naquela hora desenhava uma casa em uma folha de papel. Esteve também com Priscila, de 11 anos, que brincava ao lado da mãe.
Outra com quem a ministra falou foi Ingrid de Jesus Pereira, que amamentava seu filho Michael, de 11 meses, e está no abrigo com o marido, Jorge Antônio, de 42 anos, e a outra filha, de 14. O marido é jardineiro de carteira assinada, mas provavelmente perderá o emprego, pois a chuva destruiu tudo. 'Agora esperamos um lugar para a gente sair daqui', resumiu a moça.
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