sexta-feira, 4 de abril de 2014

Pezão toma posse e já inicia governo com estilo diverso do antecessor

4/4/2014 16:28
Por Redação - do Rio de Janeiro


Pezão
Pezão chegou ao Rio, nesta terça-feira, e seguiu às pressas para o apartamento no Leblon
O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, assinou na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), nesta sexta-feira, o termo de posse que marca o início de seu mandato. O peemedebista, que era vice-governador, estará à frente da administração estadual durante cerca de nove meses, até 31 de dezembro. Pezão assume depois da renúncia de Sérgio Cabral, que deixou o cargo na véspera para concorrer a uma vaga no Senado nas próximas eleições.
Pezão discursou por cerca de 25 minutos, exaltando as ações do governo Cabral, que ocupou o Palácio Guanabara desde 2007. O governador recém-empossado também lembrou sua trajetória política na cidade de Piraí, onde nasceu, e de onde vieram aliados para a cerimônia, com faixas de apoio.
Sobre sua administração, Pezão declarou que “vai dar continuidade ao trabalho do governo Cabral” e investir em novas parcerias. Entre ações futuras, anunciou a intenção de obter empréstimo para a Companhia Estadual de Águas e Esgostos na Caixa Econômica Federal com o objetivo de construir a Estação de Tratamento de Água Guandu 2, para o abastecimento da Baixada Fluminense. Outro plano é a assinatura de uma parceria com o governo federal para construir o Hospital de Oncologia de Nova Friburgo.
Ao sair da Assembleia Legislativa em direção ao Palácio Guanabara, Pezão afirmou que sua primeira ação será visitar hoje a Santa Casa de Misericórdia, no centro da cidade, que foi interditada pela Vigilância Sanitária no ano passado. “Conto com o apoio da Prefeitura e do Governo federal para reabrir a Santa Casa. Sei que não é fácil, porque ela estava na mira da vigilância sanitária e perdeu a filantropia, mas quero somar forças para reabilitá-la até o fim do mês. Não é admissível que, em um estado como o Rio de Janeiro, haja 600 leitos ociosos no centro da cidade”, afirmou.
Pezão também se posicionou sobre o recente impasse envolve as águas do Rio Paraíba do Sul. O governo do estado de São Paulo demonstrou interesse em captar águas do rio, devido à queda do nível dos reservatórios do Sistema Cantareira.
– Não vejo qualquer destinação àquelas águas a não ser o bom uso que já é feito pelos estados de Minas Gerais e do Rio de Janeiro – disse Pezão, que afirmou que não medirá esforços para evitar que esse uso seja prejudicado.

Antítese
Amigo e parceiro de Cabral, a quem chamou hoje de “a pessoa mais generosa que conheci na vida”, o governador Pezão, na verdade, já se comporta como uma antítese de Cabral. Para demonstrar humildade, Pezão alugou um apartamento no bairro de Laranjeiras, onde fica o Palácio Guabara. Poderá, assim, ir trabalhar a pé. Ele quer passar longe da imagem do ex-governador, que passou maus bocados com a opinião pública após a revelação do uso de helicópteros oficiais para seus finas de semana, com a família, babás e cachorrinho, na paradisíaca cidade litorânea de Mangaratiba, onde tem uma casa de luxo.
Pezão quer sublinhar a imagem de tocador de obras e, a partir dela, avançar em sua própria eleição de governador, em outubro. Terá, para tanto, o apoio do governo federal. A presidente Dilma Rousseff é fã do estilo informal de Pezão, que mal usa terno e gravata em seu dia-a-dia. Ela driblou os apelos do PT para que apoiasse o senador Lindbergh Farias para a disputa no governo. O candidato de Dilma, no Rio, é mesmo Pezão.
Com esse apoio, a presidente espera resolver boa parte de seus problemas de relacionamento com o PMDB no plano nacional. Lembre-se: o líder do partido na Câmara, Eduardo Cunha, que tem dado dores de cabeça à presidente no Congresso, é o Rio. A tendência é a de que ele se acalme.

Nenhum comentário:

Arquivo do blog

Quem sou eu

Minha foto
Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.