Lindbergh manda recado a Dilma: ‘Não cola demais no Cabral. Não é uma boa foto’
Por - iG Brasília |
Com candidatura confirmada ao governo do Rio, o senador petista se disse preocupado com as aparições de Dilma ao lado de Cabral e Pezão. 'Atrapalha, tira voto', alfinetou
Já confirmado como candidato do PT ao governo do Rio de Janeiro, o senador Lindbergh Farias diz acreditar que as frequentes aparições da presidente Dilma Rousseff em eventos promovidos pelo ex-governador Sérgio Cabral podem tirar votos da presidente no Rio. Em entrevista ao iG, o senador sugeriu um conselho para Dilma: “Não cola demais que é ruim”, disse Lindbergh referindo-se a Cabral. “Atrapalha, tira voto. Não é uma foto boa”, alfinetou.
A provocação ocorreu no mesmo dia em que Lindbergh obteve o primeiro apoio público do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para sua candidatura. Sem a presença de Dilma em seu palanque, o senador deverá ter que enfrentar pelo menos mais quatro candidaturas da base de sustentação do governo federal na disputa pelo Palácio da Guanabara, sede do governo local.
Conselho para Dilma
Relação com PMDB
Palanque
Segurança Pública
Desmilitarização das polícias
Investimentos
A provocação ocorreu no mesmo dia em que Lindbergh obteve o primeiro apoio público do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para sua candidatura. Sem a presença de Dilma em seu palanque, o senador deverá ter que enfrentar pelo menos mais quatro candidaturas da base de sustentação do governo federal na disputa pelo Palácio da Guanabara, sede do governo local.
Conselho para Dilma
Lindbergh se disse preocupado de que Dilma absorva o desgaste de Cabral, que foi o maior alvo das manifestações populares no Rio de Janeiro, desde o ano passado. “Eu só me preocupo por ela, porque eu torço muito por ela e o desgaste, de fato, é muito grande”, disseLindbergh. “Mas ela vai ter outros palanques no Rio, vai ter o nosso palanque. Isso pode ajudar”.
A avaliação de Lindbergh a respeito da aliança com o PT no Rio de Janeiro é negativa. “Quem faz a avaliação de que a parceria do PT com o PMDB foi boa para o Rio é porque não mora no Rio”, disse. Embora considere que no plano nacional a aliança com o PMDB foi necessária,Lindbergh também fez críticas ao que chamou de “política velha”.
Lindbergh, que tem mantido segredo das conversas que vem fazendo com outras legendas, com o objetivo de sustentar sua candidatura, tem enfrentado dificuldades na costura. Alguns partidos se ressentem principalmente da ausência de Lula nas negociações. Mesmo assim, o senador disse que não pedirá ajuda a Lula e Dilma para não criar constrangimento para os dois com os demais aliados. “A gente não vai pedir isso do Lula e nem da Dilma”, informou
O senador fez críticas à implantação nas comunidades pobres das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) principal bandeira eleitoral de Cabral e de Pezão. “Segurança pública não é só UPP”, disse Lindbergh. Para ele, a condução da política pelo governo de Sérgio Cabral provocou uma migração da violência para áreas periféricas e para o interior do Rio de Janeiro.
Lindbergh é autor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC-51/2013) que prevê a desmilitarização da polícia. A ideia é que polícias Militar e Civil se integrem em um mesmo grupo policial e que tenham formação civil. “Acontece assim em todo país do mundo”, defende o senador.
Para Lindbergh, foi um erro o uso de recursos públicos para reforma do Maracanã devido a Copa do Mundo. “Foi um equivoco a forma com que foi conduzido esse processo. Todos nós perdemos uma oportunidade. Um evento como esse (Copa do Mundo) tinha que servir para melhorar a vida das pessoas.” Ele também criticou a concentração de investimentos do governo do Rio de Janeiro em apenas uma região: a Barra da Tijuca.
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