Governador Pezão afirma que paz não chegará rapidamente à Maré
Segundo ele, área ficou durante muito tempo sob domínio do crime.
Pezão foi recebido em audiência pela presidente Dilma Rousseff.
Pezão concede entrevista após audiência com a
presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto
(Foto: Juliana Braga / G1)
presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto
(Foto: Juliana Braga / G1)
Dez dias após tropas do Exército e da Marinha substituírem parte do efetivo da Polícia Militar no Conjunto de Favelas da Maré, no Rio de Janeiro, o governador fluminense, Luiz Fernando Pezão, afirmou nesta terça (8) que não será em dois dias ou em um ano que o poder público levará a paz à comunidade local.
Após audiência com a presidente Dilma Rousseff, em Brasília, o chefe do Executivo do Rio disse que é preciso dar tempo para a implementação de ações governamentais, já que a região da Maré foi dominada por mais de três décadas pela milícia e pelo comando do tráfico de drogas.
"Ali [no Complexo de Favelas da Maré] são dois comandos do tráfico e um da milícia. Então, não vai ser em dois dias, não vai ser em um ano, que a gente vai trazer a paz rapidamente", enfatizou o governador em entrevista coletiva no Palácio do Planalto.
"Ali é um local difícil, como foi o [Complexo do] Alemão, como foi em Manguinhos, como foi na Rocinha. Mas mostra que [o governo] é capaz de entrar em qualquer território", complementou.
A operação militar que tomou o conjunto de favelas da Maré no dia 29 de março – batizada de "São Francisco" – foi coordenada pelo Comando Militar do Leste (CML). O efetivo conta com 2.050 homens da Brigada de Infantaria Paraquedista do Exército, 450 da Marinha, 200 da Polícia Militar e uma equipe avançada da 21ª DP (Bonsucesso). A Aeronáutica ainda poderá auxiliar as operações, caso seja necessário.
Na coletiva desta terça, depois do encontro com Dilma, Pezão destacou a ajuda do Ministério da Defesa, que enviou 2,5 mil homens para ajudar na ocupação. De acordo com o Ministério da Defesa, a Força de Pacificação atuará até o dia 31 de julho em uma área de aproximadamente dez quilômetros quadrados.
Na avaliação do governador fluminense, é preciso o governo "ver mais" para responder se a situação está sob controle. "Vamos ver os novos relatórios, mas está avançando muito", ressaltou.
"Ela [Dilma] fez essa deferência de me receber aqui na primeira audiência que eu tenho aqui em Brasília", disse.
Disputa eleitoral
Ao final do encontro com a chefe do Executivo federal, Luiz Fernando Pezão disse considerar "natural" a declaração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que o senador Lindbergh Farias pode ganhar as eleições para o governo do Rio de Janeiro em outubro.
Nesta terça, Lula concedeu entrevista a blogueiros na qual afirmou que a candidatura de Lindbergh "é para valer, está colocada e é irreversível".
O governador do Rio relativizou e disse que até as convenções partidárias, em junho, "tem muita conversa, muito trabalho". "Hoje todos nós somos pré-candidatos", enfatizou.
Pezão disse ainda que, "dificilmente", outro candidato conseguirá formar uma coligação equivalente a do PMDB. O governador disse não estar decepcionado com as declarações de Lula.
"Tenho um carinho imenso pelo presidente Lula, um bom relacionamento com o presidente Lula e com a presidente Dilma e, acima das questões partidárias, do relacionamento partidário, somos amigos."
Sobre Lindbergh, Pezão disse que o petista tem feito um "grande trabalho" no Senado defendendo o Rio de Janeiro. Conforme o governador, o senador petista será recebido de "braços abertos" se quiser participar das inaugurações que ele fará ao lado da presidente Dilma Rousseff nos próximos meses.
Após audiência com a presidente Dilma Rousseff, em Brasília, o chefe do Executivo do Rio disse que é preciso dar tempo para a implementação de ações governamentais, já que a região da Maré foi dominada por mais de três décadas pela milícia e pelo comando do tráfico de drogas.
"Ali [no Complexo de Favelas da Maré] são dois comandos do tráfico e um da milícia. Então, não vai ser em dois dias, não vai ser em um ano, que a gente vai trazer a paz rapidamente", enfatizou o governador em entrevista coletiva no Palácio do Planalto.
"Ali é um local difícil, como foi o [Complexo do] Alemão, como foi em Manguinhos, como foi na Rocinha. Mas mostra que [o governo] é capaz de entrar em qualquer território", complementou.
Na coletiva desta terça, depois do encontro com Dilma, Pezão destacou a ajuda do Ministério da Defesa, que enviou 2,5 mil homens para ajudar na ocupação. De acordo com o Ministério da Defesa, a Força de Pacificação atuará até o dia 31 de julho em uma área de aproximadamente dez quilômetros quadrados.
Na avaliação do governador fluminense, é preciso o governo "ver mais" para responder se a situação está sob controle. "Vamos ver os novos relatórios, mas está avançando muito", ressaltou.
saiba mais
Conforme o sucessor de Ségio Cabral, a presidente Dilma pode ir ao Rio na próxima terça (15) para participar da inauguração de uma fábrica da Nissan, no município de Resende. A assessoria do Planalto ainda não confirma a agenda. Na audiência desta terça, relatou Pezão, ele e Dilma conversaram sobre empreendimentos do programa Minha Casa, Minha Vida e sobre a linha 3 do metrô."Ela [Dilma] fez essa deferência de me receber aqui na primeira audiência que eu tenho aqui em Brasília", disse.
Disputa eleitoral
Ao final do encontro com a chefe do Executivo federal, Luiz Fernando Pezão disse considerar "natural" a declaração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que o senador Lindbergh Farias pode ganhar as eleições para o governo do Rio de Janeiro em outubro.
Nesta terça, Lula concedeu entrevista a blogueiros na qual afirmou que a candidatura de Lindbergh "é para valer, está colocada e é irreversível".
O governador do Rio relativizou e disse que até as convenções partidárias, em junho, "tem muita conversa, muito trabalho". "Hoje todos nós somos pré-candidatos", enfatizou.
Pezão disse ainda que, "dificilmente", outro candidato conseguirá formar uma coligação equivalente a do PMDB. O governador disse não estar decepcionado com as declarações de Lula.
"Tenho um carinho imenso pelo presidente Lula, um bom relacionamento com o presidente Lula e com a presidente Dilma e, acima das questões partidárias, do relacionamento partidário, somos amigos."
Sobre Lindbergh, Pezão disse que o petista tem feito um "grande trabalho" no Senado defendendo o Rio de Janeiro. Conforme o governador, o senador petista será recebido de "braços abertos" se quiser participar das inaugurações que ele fará ao lado da presidente Dilma Rousseff nos próximos meses.
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