quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Pai de uma das seis vítimas de chacina em Mesquita diz que local do crime era ‘parque de lazer’ do tráfico (Postado por Lucas Pinheiro)




Palco de oito mortes e um desaparecimento no último fim de semana, o Parque Natural de Gericinó, em Mesquita, na Baixada, passou a ser temido por moradores e considerado uma espécie de área de lazer do tráfico. Para familiares e amigos das vítimas, o território pertence ao poder paralelo.

— Gericinó foi delimitado pelos vagabundos. Da guarita sobre a barragem em diante, ninguém passa. Ali, nem o Exército nem a Polícia Militar podem entrar. Virou um parque de lazer para os vagabundos, porque ninguém pode passar — desabafou o pedreiro Cildes Vieira do Espírito Santo, no enterro do filho Christian de França Vieira, de 19 anos.

O jovem é um dos seis rapazes, com idades entre 16 e 19 anos, que estavam a caminho da cachoeira das Pedrinhas, no Parque de Gericinó, quando foram sentenciados a morte por traficantes por causa de uma música no celular de um deles, que reproduziu funk de apologia a uma facção rival aos bandidos. Desaparecidos desde sábado, seus corpos só foram encontrados anteontem, à beira da rodovia Presidente Dutra.

Uma moradora da área, que preferiu não se identificar, disse que, dias atrás, militares faziam um exercício de rotina, próximo a uma guarita no campo de instrução do Exército, quando cruzaram com traficantes.

— Os bandidos estavam armados e mandaram eles voltar — contou.

A versão foi desmentida pelo Comando Militar do Leste. O Exército também contestou a versão de que os garotos tinham ido a uma cachoeira em área militar. Segundo os militares, não há provas de onde foi o local exato da captura.

— Não podemos afirmar que traficantes não entraram, porque é a área extensa, de mata nativa. Mas não temos nenhum registro de que eles interromperam um exércício militar. Nunca iríamos admitir isso — disse o coronel Saulo Chaves dos Santos, chefe de comunicação social do Exército.

Como resposta à ação dos bandidos, a PM irá instalar uma companhia na favela da Chatuba, em Mesquita, que deve começar a funcionar na próxima segunda-feira. A nova unidade terá 112 homens — 64 deles estiveram no Batalhão de Campanha na ocupação do Complexo do Alemão, em 2010. A companhia será comandada pelo tenente Ricardo Araújo Delgado, do 20 BPM (Mesquita).

— São policiais que adquiriram experiência numa área em processo de pacificação. Isso pode fazer a diferença — afirmou o coronel Frederico Caldas, relações-públicas da Polícia Militar.

Leia mais: http://extra.globo.com/casos-de-policia/pai-de-uma-das-seis-vitimas-de-chacina-em-mesquita-diz-que-local-do-crime-era-parque-de-lazer-do-trafico-6065629.html#ixzz26GfnKTV2

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.