quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Crea diz que obra ilegal era feita em um dos prédios desabados no RJ (Postado por Lucas Pinheiro)

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) do Rio de Janeiro
informou que duas obras eram realizadas no prédio de 20 andares, um dos três que desabaram na noite de quarta-feira (25) no Centro da cidade. A tragédia deixou 19 desaparecidos e pelo menos seis feridos.

Segundo o presidente do Conselho de Análises e Prevenção de Acidentes do Crea, Luiz Antonio Cosenza, as obras eram “ilegais”, pois não havia registro delas. "Duas obras eram realizadas no prédio, no 16º andar. Eram obras ilegais,  pois não tinham nenhum registro no Crea. E isso é considerado exercício ilegal", afirmou.

Durante a madrugada desta quinta-feira (26), dois fiscais do Crea foram ao local vistoriar. "Policias e funcionários nos informaram sobre essas obras. No nosso registro (no Crea), não consta nada sobre essas obras. Fica a dúvida: não tinha um profissional responsável pela obra ou, se tinha, não registrou. Vamos levantar quem era o proprietário dessa obra e porque não registrou", disse Cosenza no local da tragédia. Segundo o coordenador, quando uma obra é realizada, o profissional deve registrá-la no Crea e na prefeitura.

O secretário da Defesa Civil do Rio de Janeiro, coronel Sérgio Simões, também confirmou que havia uma obra no prédio e que investiga se ela teria sido a causado a tragédia.

"Realmente há obra pelo relato de um sobrevivente que foi resgatado. Ele era um operário desta obra e foi resgatado de dentro da cabine do elevador. Ele relata que estava efetivamente trabalhando na obra e no momento em que iria sair do elevador, no 6º andar, percebeu que o prédio estava entrando em colapso e, então, voltou pra dentro da cabine e o elevador despencou", disse o coronel à TV Globo.

Para o Crea, as construções, apesar de antigas, costumam ter estruturas fortes, com o uso de grande quantidade de material resistente e disse acreditar que o mais provável é uma causa externa para o desabamento.

“Eles (os prédios) foram feitos em uma época em que não havia muita economia de material, se gastava material com estrutura, se fazia bem forte mesmo. Talvez alguma causa externa pode ter provocado este desabamento. Salvo algum engano, que pode ocorrer”, afirmou ele.

Em entrevista à TV Globo, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse ter recebido a informação sobre as obras e que as causas da tragédia ainda são investigadas.

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.