sexta-feira, 15 de abril de 2011

Prefeitura diz que vai indenizar famílias de vítimas de ataque no Rio (Postado por Erick Oliveira)

O prefeito Eduardo Paes confirmou, nesta sexta-feira (15), que vai indenizar as famílias das 12 crianças mortas no ataque à Escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio. O crime aconteceu no dia 7 e deixou também outras 12 crianças feridas, mas o órgão não decidiu se elas também serão beneficiadas.

“A prefeitura resolveu que vai indenizar as famílias que perderam seus entes queridos”, diz Paes. “Essas famílias passaram por um sofrimento que é indescritível, que nada compensa, nada resolve. É uma perda irreparável, mas a gente entende que algum tipo de indenização deve ser discutido”, afirmou ainda Paes.

O prefeito explica que já entrou em contato com o defensor público geral do estado e o procurador geral do município para tratar dos critérios técnicos e calcular o valor da indenização. A data do pagamento também ainda não foi definida.
“A gente vai fazer isso com a maior brevidade possível. A gente não quer ver essas pessoas que já sofreram o que sofreram passar mais 20 anos brigando na Justiça contra a prefeitura”.
Mãe diz que vai processar escola
Na quinta-feira (14), a dona de casa Noeli da Silva Rocha, de 38 anos, mãe da menina Mariana Rocha, uma das 12 crianças mortas no ataque, informou que pretende processar o colégio.
“Como é que eles deixam um bandido que fez isso subir e matar um monte de criança? Isso foi erro de quem? Não foi da escola? Então eles vão ter que me pagar”, desabafou ela, após a reunião de pais e professores na escola.
Procurados pelo G1 na quinta, o Ministéio Público informou que não é responsável por esse tipo de ação; a Ordem dos Advogados do Rio (OAB-RJ) disse que não pretende entrar na Justiça; e o governo chegou a afirmar que ainda não tinha informações sobre esse assunto.
Suspeito preso
Também na quinta (14), a Polícia Civil prendeu Manoel de Freitas Louvise, de 57 anos, suspeito de ter vendido o revólver calibre 38, com a numeração raspada, usado por Wellington Menezes de Oliveira, responsável pelo massacre na escola.
Segundo a polícia, o homem trabalhava em um abatedouro e teria sido colega de Wellington. O suspeito foi preso em cumprimento a um mandado de prisão preventiva e é acusado de comércio ilegal de arma de fogo. Segundo o delegado da Divisão de Homicídios, Felipe Ettore, o atirador do ataque à escola agiu "sempre sozinho". A polícia já ouviu vizinhos de Wellington em Sepetiba e em Realengo, além de alunos que estudaram com ele.
Estudantes internados
Cinco adolescentes que foram feridos durante o ataque à escola ainda permanecem internados e não estão em estado grave.

As aulas na escola serão retomadas gradativamente em até três semanas. Nos primeiros dias, a previsão é que os alunos participem apenas de atividades lúdicas e as turmas voltem às suas rotinas aos poucos.

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.