domingo, 7 de dezembro de 2014

Com IDH médio ou alto, comunidades da cidade deixam de ser redutos de miséria

Favelas do Rio têm IDH-M — calculado com base em dados de escolaridade, saúde e renda dos censos do IBGE — em muitos casos melhores do que os de estados brasileiros

por

RI Rio de Janeiro (RJ) 05/12/2014 DH Favela - Comunidade Santa
 Marta, Botafogo. 
Foto Marcos Tristão - Marcos Tristao / Agência O Globo
RIO - Quando olha para o passado, a cabeleireira Cristina Vitor tem certeza de que sua vida melhorou muito. Em 2000, ela trabalhava como auxiliar de serviços gerais e ajudante numa creche — ou, como prefere falar, “no que aparecesse”. O sonho de fazer cursos na área de beleza ainda era distante, mas, ao longo da década, Cristina se matriculou em alguns. Em 2004, já tinha aberto um salão de beleza informal, na sala da casa onde morava com o marido e três filhos, no Morro Dona Marta, em Botafogo. Com clientela fiel, foi equilibrando escovas, relaxamentos e manicures com a hora do almoço e a de mandar as crianças para a escola. Há um ano, já com a favela pacificada, inaugurou um salão “de verdade”, com quatro auxiliares. A renda saltou para R$ 3 mil mensais, já descontados os salários das ajudantes e o aluguel de R$ 1,5 mil. A história de sucesso de Cristina, que nasceu e cresceu numa favela do Rio, é mais comum do que se imagina, como mostram dados do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) das regiões metropolitanas, divulgados em novembro pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), em parceria com o Ipea e a Fundação João Pinheiro. Eles revelam que todas as favelas da cidade do Rio têm IDH-M — calculado com base em dados de escolaridade, saúde e renda dos censos do IBGE — médio ou alto. Em muitos casos, são até melhores do que os de muitos estados brasileiros.
 
 
Enquanto o IDH-M da cidade do Rio subiu 11,59%, na comparação entre 2000 e 2010 (de 0,716 para 0,799), no caso do Dona Marta, o salto foi bem maior. A comunidade deixou para trás um índice de 0,563 (em 2000), considerado baixo, e pulou 21,4%, alcançando 0,684 em 2010, já no patamar médio. O empreendedorismo e a vontade de aprender dos moradores ajudam a explicar o fenômeno. Até 2009, Salete Martins trabalhava num trailer da favela, vendendo água, refrigerantes e sanduíches. Quando chegaram a pacificação e o projeto de incentivar o turismo no morro, ela enxergou uma nova oportunidade de vida. Fez dois anos de um curso de capacitação e hoje é guia e técnica em turismo:

— Abri minha empresa de receptivo há dois anos. Tem dado muito certo. Uma empresa que fez o tour comigo gostou do meu trabalho e deu uma bolsa para eu estudar francês na Aliança Francesa. Já me viro no inglês porque um turista, que também fez tour comigo, me dá aulas como voluntário. Se Deus quiser, nas Olimpíadas vou estar falando inglês muito bem.
Se na favela de Botafogo muita coisa vai bem, obrigado, na Gávea, uma outra comunidade exibe um IDH-M de fazer inveja a muitos municípios. A Parque da Cidade tem um índice de 0,746, equivalente ao do Rio Grande do Sul, sexto colocado num ranking dos 27 estados brasileiros e Distrito Federal. A Vila Canoas, em São Conrado, também está no mesmo patamar. Numa das maiores comunidades do Rio, a situação também não é ruim: a Rocinha avançou 18% no IDH-M, segundo o levantamento. Entre as comunidades que evoluíram da condição de IDH-M baixo ou muito baixo para médio se encontram Cidade de Deus, Complexo do Alemão, Rio das Pedras (Jacarepaguá) e Dona Marta.
Na Parque da Cidade, a escolaridade de seus moradores é um trunfo. O local — talvez pela proximidade com a PUC, talvez pela ausência de tráfico ostensivo — tem atraído cada vez mais alunos de universidades dispostos a fugir dos altos preços de aluguéis na Zona Sul e estudantes estrangeiros. Mas, na comunidade, onde é possível alugar uma quitinete por R$ 800, bem mais em conta do que no asfalto, também é possível encontrar jovens que concluíram o ensino médio e agora investem na faculdade. E não é difícil identificá-los: na última sexta-feira, Isaac Albuquerque, estudante de geografia na PUC, descia as vielas explicando os problemas da Faixa de Gaza para o colega Israel Silva, aluno de design na mesma universidade. Ambos nunca moraram no asfalto. E não se consideram exceções:
— Conheço pelo menos uns 40 jovens daqui que estudam na PUC. Eu passei para lá e consegui bolsa — conta Israel, que não tem dúvidas de que a situação familiar vem melhorando. — Minha família hoje tem uma situação melhor do que a de quando eu era criança. Minha mãe começou como vendedora de uma padaria e hoje está na parte administrativa, com salário mais alto.
Publicidade
Para especialistas, o desempenho nas comunidades se explica por uma série de fatores. Eles citam investimentos do poder público (União, estado e prefeitura) de pelo menos R$ 4,5 bilhões nos últimos 20 anos na urbanização de comunidades; o surgimento de uma nova classe média; as políticas de redistribuição de renda, como o Bolsa Família, e a estratégia de retomada de territórios controlados pelo tráfico, com a implantação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Para o economista e ex-presidente do IBGE Sérgio Besserman, por exemplo, os dados ajudam a derrubar mitos:
— O que esses indicadores comprovam é que caracterizar favelas como locais pobres ou miseráveis é bobagem. Até porque 2/3 da população carioca que vivem abaixo da linha da pobreza não estão nas favelas. Além disso, era de se esperar que os indicadores melhorassem, não apenas por causa de obras de urbanização, mas de outros fatores, como a redução da evasão escolar.
O fundador da ONG Central Única das Favelas (Cufa), Celso Athayde, observou que esses indicadores se somam a outros que mostram a vitalidade das comunidades. Ele cita pesquisa feita em setembro pelo Instituto Data Favela, que estimou em R$ 64 bilhões a receita gerada por moradores de favelas em todo o Brasil. Desse total, R$ 12 bilhões são do Rio:
— Os investimentos em urbanização e a implantação de UPPs serviram para impulsionar a economia das comunidades. Muitas favelas podem nem ter recebido tantos investimentos públicos ou sequer estarem no planejamento de ganhar uma UPP, mas o clima de expectativa da melhoria dos serviços já contribui para o ambiente. Isso se reflete nos indicadores. A nova classe média que surgiu nessas comunidades nos últimos anos muitas vezes opta por permanecer onde sempre viveu — acrescentou Celso Athayde.
Para o coordenador do grupo AfroReggae, José Júnior, os problemas ainda existem. Mas a realidade obriga a rever o conceito de favela:
— A definição do que é favela deve ser entendida mais pelo aspecto cultural e por particularidades arquitetônicas do que propriamente por inexistência de serviços oferecidos pelo poder público. A tese de que tudo está ruim nas comunidades é mais uma discussão política do que realidade.
No levantamento, os pesquisadores calcularam os indicadores tentando reunir dados de regiões com perfis socioeconômicos parecidos. O coordenador do estudo no Rio, Marco Antonio Santos, do Centro de Estatísticas, Estudos e Pesquisas da Fundação Ceperj, observou que, por isso, em alguns casos, o IDH-M pode não respeitar completamente os limites geográficos.
Publicidade
‘ELAS TÊM QUE SER TRATADAS COMO BAIRROS’, DIZ ECONOMISTA IB TEIXEIRA
A designação de favelas para muitas comunidades do Rio não se aplica mais. Para mim, elas têm que ser tratadas como bairros, inclusive pelo poder público. A polícia e outros órgãos deveriam dar o exemplo, substituindo oficialmente a nomenclatura como definem essas áreas. A gente observa essa mudança no dia a dia. A qualidade de vida mudou muito, e testemunhei isso de perto. Por anos, morei em Santa Teresa e pude observar as mudanças que ocorreram nas comunidades do bairro.
Nas comunidades do Rio de Janeiro, praticamente não existem mais barracos de madeira, por exemplo, e a oferta de serviços de saúde e educação foi ampliada. Os investimentos em infraestrutura no Rio de Janeiro, inclusive, foram bem maiores do que em outros estados, onde as condições de vida permanecem bastante precárias, como no passado.
Essa mudança se explica porque, ao longo do tempo, as favelas também passaram a ter um peso político importante, que influiu nas decisões sobre o destino dos investimentos públicos. É claro que as comunidades ainda enfrentam problemas, como a violência, mas esse é um desafio com o qual quem vive no asfalto também precisa conviver.

Para comentar esta notícia é necessário entrar com seu login.
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.

6 comentários

  • Heitor Vianna P Filho
    Absurdo total se institucionalizar favelas, melhoradas ou não, pois sempre são considerados guetos. Pior quando induzem nas pessoas que "são bairros comuns" ! E tem favelado que diz que é bom, nasceu lá e quer ficar lá - lavagem cerebral. Viraram inclusive pontos turisticos e levam autoridades estrangeiras nestas. E falar em IDH é piada : Temos um dos piores IDH no Brasil. Chile, Argentina e Uruguai tem os maiores, sendo do Grupo I, onde estão um EUA e Noruega. Por acaso Argentina tem Favela ?
  • Tecrj
    Querem ter  o  mesmo  IDH   da  Noruega   e   dos  outros  países  escandinavos ???   É  só  adotar  a  mesma  legislação   desses  países  para  o  planejamento  familiar  :  aborto livre até  120  dias  da  inseminação   e   ligadura de  trompas  e / ou vasectomia   espontânea   INCONDICIONAL .  O  que  temos atualmente  servia  bem    para   a   época  da  escravatura .
  • Heitor Vianna P Filho
    Teste.
  • Alfredo Soares Filho
    É patético. Querem acabar com as favelas do rio de janeiro por decreto, como se isso fosse possível. Favela é um lugar miserável por definição. Não adianta criar IDH artificial e chamar economista de araque para dizer que favela é bom para justificar o absurdo descaso do poder público e da sociedade carioca que permitiu a proliferação de favelas que tomaram conta do município. O jornal deveria tomar uma atitude oposta: a de promover a REMOÇÃO das favelas.
  • Edgar Allan Poe
    Nós pagamos tudo, hipócritas.
Você pode estar interessado em...

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Mar avança sobre o Paraíba do Sul, no RJ, e água sai salgada da torneira

Paula Bianchi
Do UOL, em São João da Barra (RJ)

Estiagem baixa nível do rio Paraíba do Sul e saliniza água17 fotos

5 / 17
As águas do Paraíba do Sul abastecem vários municípios do estado do Rio de Janeiro, inclusive a capital. A estiagem no Sudeste vem causando a salinização da água e o assoreamento do leito. Em muitos pontos, é possível atravessar o leito do rio caminhando, em locais antes navegáveis Mauro Pimentel/UOL
A água que chega na torneira da casa do pescador Vitor Pereira, 38, há algumas semanas traz um gosto de sal. Em breve, planeja, será preciso comprá-la. Morador de Atafona, distrito de São João da Barra, no norte fluminense, ele acompanha há anos a briga entre o mar e o rio Paraíba do Sul, que encerra ali o seu percurso. Ao todo, as águas do Paraíba percorrem 1.100 quilômetros, três Estados e 184 cidades, desde a nascente, na serra da Bocaina, em São Paulo, até a foz, a poucas quadras da casa de Pereira. Com a seca que atinge a região e levou o volume do rio ao seu nível mais baixo já registrado, no entanto, a disputa, que parecia empatada, se inverteu.
Onde alguns meses atrás havia um cais de cinco metros de profundidade, há agora uma praia. Os pescadores são obrigados a esperar a maré cheia para poder partir sem risco de encalhar - a pesca é uma das principais atividades do município, localizado a 316 quilômetros do Rio de Janeiro.
"O mar tomou conta", diz Pereira, que calcula ter diminuído pela metade a sua produção. "Antes a gente saía o dia inteiro para pescar, agora só com a maré cheia. O peixe de água doce também não vem mais, tem que entrar cinco, seis quilômetros rio adentro para encontrar."
Junto com ele e outros pescadores, Aldair Gomes da Silva, 42, se apressava para preparar a rede e sair assim que o nível da água se elevasse. Ele perdeu um barco preso em um banco de areia há algumas semanas. "A gente agora trabalha com hora marcada", diz.

Você acha que vai faltar água no Rio de Janeiro?

Resultado parcial
A falta de força do rio para impedir a entrada do mar, chamada de "língua salina", prejudica também o abastecimento da cidade, de 32 mil habitantes. Em muitos pontos, a Cedae (Companhia de Águas e Esgotos) não tem conseguido captar água, que passou a ser retirada de poços artesianos cavados emergencialmente pela prefeitura. Creches e escolas têm sido abastecidas por caminhões-pipa desde o fim de outubro.
A administração do município começou a dragar um canal de cerca de 400 metros no rio a fim de ampliar a sua vazão e, ao menos, amenizar o problema. Perto das máquinas, o Paraíba, que antes vertia água criando lagos em seu caminho até o mar, agora lembra um riacho.
O MPF (Ministério Público Federal) entrou com uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) a fim de que seja decretado estado de "calamidade hídrica" no Estado. No dia 7 de novembro, o nível dos reservatórios equivalentes do Paraíba do sul (que representa a média dos níveis das diferentes represas) chegou a 5,9% - na mesma época do ano passado esse número beirava os 50%. 
"São João da Barra e outros municípios da região estão com problemas graves. Não se pode considerar que são situação isoladas", afirma o procurador Eduardo Santos de Oliveira, responsável pela ação, que defende uma ação imediata do governo. "O rio está seco. O que podemos fazer é tentar impedir que esta situação piore."

O secretário estadual do Ambiente, Carlos Francisco Portinho, enviou um ofício à ANA (Agência Nacional de Águas) no qual questiona a quantidade de água que existe no volume morto do reservatório de Paraibuna e qual percentual poderia ser utilizado. O secretário também pediu apoio da ANA na "elaboração e execução de um "plano de contingência".
O aposentado Lenilson Fernandes Braga, 65, que cresceu ao lado do Paraíba, diz nunca tê-lo visto tão baixo, e faz coro ao procurador. "Seca sempre teve, mas assim, com a água ficando salobra, não consigo lembrar. A situação da gente está muito triste."

Notícias relacionadas

sábado, 8 de novembro de 2014

Beltrame anuncia novo comandante geral da PM-RJ

Coronel Alberto Pinheiro Neto assumirá o cargo a partir de 2 de janeiro.
José Luís Castro deixa o cargo após inúmeros escândalos de corrupção.

Janaína Carvalho Do G1 Rio

O coronel José Luís Castro Menezes não é mais o comandante geral da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ), segundo anúncio do secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano

Beltrame, na manhã desta sexta-feira (7). O coronel Alberto Pinheiro Neto, que estava na reserva, assumirá o cargo a partir de 2 de janeiro de 2015. Até esta data, o coronel Ibis vai ficar no comando interinamente. Castro deixa o cargo em meio a escândalos de corrupção envolvendo a cúpula da Polícia Militar do estado.

Sobre os escândalos de corrupção envolvendo a cúpula da Polícia Militar, Beltrame admitiu que situações como as que ocorreram mancham a imagem de um comandante, mas enfatizou que o momento é de mudança.

“Os episódios que aconteceram, sem dúvida nenhuma, estremecem com o comando ou com qualquer pessoa que está no centro dessa discussão. Agora, a troca se deu porque estamos  em um momento de virada. Temos um cenário político que vai ser continuado, e precisamos avançar e mostrar para a sociedade outras discussões e propostas”, afirmou Beltrame.
O secretário destacou ainda que novo comandante terá carta branca para fazer qualquer tipo de mudança que achar necessária na polícia militar.
“Assim como eu só trabalho com carta branca, eu só posso deixar que quem trabalha comigo tenha carta branca. Se tiver que mexer no comando do COE, no comando da UPP, ele pode mexer’, afirmou.
Beltrame ainda descartou mudança na chefia da Polícia Civil do Estado neste momento.
“O doutor Veloso chegou em abril, são 7 ou 8 meses. Além do mais, acho que a Polícia Civil vem fazendo trabalhos fantásticos, mudando paradigmas de investigação. Você tem aí essa questão do aborto, vão ver aí na próxima semana investigações complexas, e com nível de profissionalismo muito alto. Não vejo porque mexer”, garantiu Beltame.
Investigações
Em setembro, a 2ª Promotoria de Justiça junto à Auditoria de Justiça Militar instaurou um procedimento investigatório criminal militar para apurar denúncia de pagamento de propina ao Estado-Maior da Polícia Militar do Rio. No início de setembro, 24 PMs foram presos na operação “Amigos S.A”, que revelou que policiais cobravam propina para fazer “vista grossa” para as atividades ilegais praticadas na Zona Oeste do Rio. Entre os presos estava o coronel Alexandre Fontenelle, considerado o terceiro homem na hierarquia da corporação.

No início de outubro, o tenente-coronel Dayzer Corpas Maciel, comandante do 17°BPM, na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio, e outros 15 policiais militares lotados na unidade foram presos em uma ação da Subsecretaria de Inteligência (SSINTE) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público. Sob o comando do coronel Dayser Corpas, policiais eram proibidos de reprimir a venda de drogas, o transporte alternativo clandestino de vans e Kombis e mototaxistas ilegais na região.
O coronel Castro assumiu o cargo em agosto de 2013. Ele substituiu o coronel Erir Ribeiro da Costa Filho, que ocupou a cadeira maior da Polícia Militar do Estado durante um ano e 10 meses.
Pinheiro Neto já havia sido cotado para ser comandante-geral da PM na crise aberta com o assassinato da juíza Patrícia Acioli em 2011 e que culminou no pedido de demissão do então comandante, o coronel Mario Sérgio Duarte. O novo comandante da PM também já foi comandante do Batalhão de Operações Especiais. Ele foi integrante da tropa de elite da PM durante 14 anos.

tópicos:

veja também

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Ibope: no Rio, Dilma tem 58% e Aécio, 42% dos votos

Estadão Conteúdo



RIO - No Rio de Janeiro, a presidente da República, Dilma Rousseff, candidata à reeleição, aumentou em quatro pontos a vantagem sobre o candidato do PSDB, Aécio Neves, na corrida presidencial, segundo pesquisa realizada pelo Ibope encomendada pela TV Globo. A presidente Dilma aparece com 58% dos votos válidos, enquanto o candidato do PSDB está com 42%.
Em votos totais, a presidente tem 49% , Aécio aparece com 36%, os eleitores que pretendem votar branco ou nulo totalizam 10% e os que não sabem ou não responderam somam 5%.
O Ibope ouviu 2.002 eleitores em 48 municípios entre os dias 20 e 22 de outubro. A margem da pesquisa é de dois pontos percentuais e um nível de confiança de 95%. A pesquisa foi foi registrada no Tribunal Eleitoral Regional (TRE) sob o protocolo RJ-00076/2014 e no Tribunal Superior eleitoral sob o registro BR-01164/2014.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Veja quem são os 70 deputados estaduais eleitos no Rio de Janeiro

PMDB obteve o maior número de cadeiras na Alerj - 15 no total.
Ao todo, 39 deputados foram reeleitos; Marcelo Freixo foi o mais votado.

Do G1 Rio
Veja como ficará a Assembleia do Legislativa do Rio de Janeiro (Foto: Reprodução / TV Globo)Veja como ficará a Assembleia do Legislativa do Rio de Janeiro (Foto: Reprodução / TV Globo)
Dos 70 deputados estaduais eleitos no Rio de Janeiro, 15 são do PMDB, partido do atual governador, Luiz Fernando Pezão, que irá disputar a reeleição com o candidato Marcelo Crivella (PRB). O mais votado, no entanto, foi Marcelo Freixo (PSOL), reeleito com 350.408 votos. Ao todo, 39 deputados foram reeleitos.

O segundo maior partido com representatividade na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) no próximo pleito será o PSD, que elegeu oito deputados, seguido pelo PR, com sete, e o PT, com seis.

Confira abaixo a relação dos candidatos eleitos (em negrito, os candidatos reeleitos):
Marcelo Freixo (PSOL) - 350.408
Wagner Montes (PSD) - 208.814
Flávio Bolsonaro (PP) - 160.359
Samuel Malafaia (PSD) - 140.148
Paulo Melo (PMDB) - 125.391

Nivaldo Mulim (PR) - 93.192
Fabio Silva (PMDB) - 82.168
André Corrêa (PSD) - 81.364
Jorge Picciani (PMDB) - 76.590
Cidinha Campos (PDT) - 75.492
Dionísio Lins (PP) - 75.405
Pedro Fernandes (SD) - 75.366
Tia Ju (PRB) - 74.803
Osorio (PMDB) - 70.835
Domingos Brazão (PMDB) - 70.314
Lucinha (PSDB) - 65.760
Gustavo Tutuca (PMDB) - 64.248
Rafael Picciani (PMDB) - 63.073

Carlos Macedo (PRB) - 62.088
Edson Albertassi (PMDB) - 61.549
Bebeto Tetra (SD) - 61.082

Zeidan (PT) - 60.810
Bernardo Rossi (PMDB) - 56.806
Daniele Guerreiro (PMDB) - 55.821
Waguinho (PMDB) - 53.835
Delegada Martha Rocha (PSD) - 52.698
Márcio Pacheco (PSC) - 50.344
Christino Áureo (PSD) - 50.168

Dr. Deodalto (PTN) - 48.496
Pedro Augusto (PMDB) - 48.345
André Lazaroni (PMDB) - 44.473

Benedito Alves (PMDB) - 44.381
Rosenverg Reis (PMDB) - 43.045
Thiago Pampolha (PTC) - 41.897
Luiz Paulo (PSDB) - 39.992
Carlos Minc (PT) - 39.865
Luiz Martins (PDT) - 39.309
Marcus Vinícius Neskau (PTB) - 39.192

Filipe Soares (PR) - 39.058
Tio Carlos (SD) - 38.851
Farid Abrão (PTB) - 38.342
Iranildo Campos (PSD) - 36.914
Waldeck (PT) - 36.755
Jose Luiz Nanci (PPS) - 36.356
Comte (PPS) - 36.155

Bruno Dauaire (PR) - 35.645
Marcia Jeovani (PR) - 34.870
Marcio Canella (PSL) - 34.495
Rogerio Lisboa (PR) - 34.030
Enfermeira Rejane (PCdoB) - 33.990
Jorge Felippe Neto (PSD) - 32.066
João Peixoto (PSDC) - 31.243
Andre Ceciliano (PT) - 31.207

Dr. Sadinoel (PT) - 30.504
Zaqueu (PT) - 30.304
Milton Rangel (PSD) - 28.957
Marcos Abrahao (PTdoB) - 28.777
Jair Bitencourt (PR) - 28.133
Janio Mendes (PDT) - 28.012
Renato Cozzolino (PR) - 26.697
Atila Nunes (PSL) - 25.042
Zito (PP) - 24.491
Wanderson Nogueira (PSB) - 20.073
Paulo Ramos (PSOL) - 18.732
Zé Luiz Anchite (PP) - 17.401
Graça Pereira (PRTB) - 16.876
Flávio Serafini (PSOL) - 16.117
Eliomar Coelho (PSOL) - 14.144
Marcos Miller (PHS) - 12.929
Dr. Julianelli (PSOL) - 11.805

tópicos:
veja também

sábado, 4 de outubro de 2014

Ibope: no RJ, Dilma lidera com 38% das intenções de voto

Marina Silva registra 29% dos votos na cidade, contra 15% do candidato do PSDB Aécio Neves

Vinicius Neder, do



Ichiro Guerra/Dilma 13/Divulgação
Dilma Rousseff durante ato público em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro
Dilma Rousseff durante ato público no Rio: candidata do PT lidera na cidade 

Rio - A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, lidera as intenções de voto para as eleições de domingo, 5, no Rio, segundo pesquisa do Ibope divulgada neste sábado, 4. Dilma registra 38% das intenções de voto, contra 29% da candidata Marina Silva (PSB).
O senador Aécio Neves (PSDB), que no plano nacional ultrapassou Marina na pesquisa do Ibope, embora em empate técnico, está com 15% entre os eleitores do Rio. A pesquisa aponta 9% de votos brancos e nulos, e os indecisos são 4%.
Luciana Genro (PSOL) registra 2% das intenções de voto; Levy Fidelix (PRTB), 1%; e Pastor Everaldo (PSC), 1%. Segundo o Ibope, Eduardo Jorge (PV), Eymael (PSDC), Mauro Iasi (PCB), Rui Costa Pimenta (PCO) e Zé Maria (PSTU) ficaram abaixo de 1%, mas, juntos, têm 1%.
A pesquisa foi encomendada pela TV Globo. O Ibope fez a pesquisa entre a quarta-feira e este sábado, entrevistando 2.002 eleitores no Rio.
A margem de erro é de dois pontos, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%. A pesquisa está registrada com os números RJ-00062/2014 (TRE) e BR-01004/2014 (TSE).


sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Pezão lidera no Rio; Crivella e Garotinho estão em empate técnico, diz Datafolha

Por iG São Paulo | - Atualizada às

Atual governador tem 30% das intenções de voto; Garotinho aparece com 21% e Crivella manteve os 17%

O governador do Rio de Janeiro e candidato à reeleição pelo PMDB, Luiz Fernando Pezão, mantém a liderança com 30% das intenções de voto no Rio de Janeiro, enquanto os seus dois principais adversários, o deputado Anthony Garotinho (PR) e o senador Marcelo Crivella (PRB) disputam um lugar no segundo turno, de acordo com a pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (2). 
Minas Gerais: Pimentel impõe 9 pontos de vantagem contra Pimenta em MG, revela Datafolha
São Paulo: Alckmin chega a 50% em pesquisa Datafolha e pode ser reeleito
Segundo levantamento, Garotinho tem 21% - três pontos percentuais a menos que o aferido na última pesquisa. Ja o candidato do PRB manteve os 17%. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos. 
O senador Lindenberg Faria, do PT, ganhou dois pontos percentuais e agora aparece com 13%. 
Anthony Garotinho faz corpo a corpo em Volta Redonda, no Rio de Janeiro (2/10). Foto: Inácio Teixeira/Coperphoto

domingo, 21 de setembro de 2014

Levantamento mostra os destaques da bancada do Rio na Câmara

Lista mostra quem foram os deputados federais com melhor e pior avaliação em seis quesitos

por

Read more: http://oglobo.globo.com/brasil/levantamento-mostra-os-destaques-da-bancada-do-rio-na-camara-14001939#ixzz3DyrcGRxg







O plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília - André Coelho / O Globo


BRASÍLIA — Levantamento da atuação parlamentar da bancada do Rio feito pelo GLOBO revela a existência de uma elite de deputados fluminenses com atuação positiva marcante na Câmara nos últimos quatro anos, enquanto outro grupo se destaca negativamente. A elite fluminense na Câmara é composta por oito deputados que aparecem em pelo menos duas categorias consideradas positivas no desempenho do mandato, como presença nas sessões, a economia com a verba de gabinete e a apresentação de projetos e relatorias.
INFOGRÁFICO: confira dados sobre parlamentares do Rio
BALANÇO:confira, nome a nome, informações sobre bancada fluminense
Neste seleto grupo, se destacam os deputados Miro Teixeira e Hugo Leal. Os dois foram eleitos por partidos diferentes e hoje estão no novato PROS, mas se destacaram, cada um, em três das seis categorias, liderando cada um duas delas.
Ao longo do último mês, O GLOBO se debruçou sobre os dados nos quatro últimos anos dos mandatos de cada um dos parlamentares do Rio eleitos em 2010. Foram analisados indicadores da presença na sessões de plenário, gasto da verba de gabinete, presença nas comissões temáticas, discursos em plenário, apresentação de projetos e relatorias de propostas.
Um bom parlamentar é uma combinação de assiduidade, estudo dos projetos, manifestação de opiniões e sintonia com os interesses da sociedade, um mandato voltado não para seus próprios interesses, mas os interesses daqueles que ele representa.







Infográfico mostra uso da verba indenizatória por parlamentares - / O Globo
Em 2010, 46 deputados foram eleitos no Rio, mas só 33 cumpriram os mandatos integralmente. Os outros 13 se licenciaram ou renunciaram para assumir outros cargos, abrindo as vagas que levaram 15 suplentes a assumirem o posto temporária ou definitivamente. A reportagem focou sua análise na comparação dos mandatos apenas dos 33 que cumpriram integralmente seus mandatos. Todos os dados dos 61, no entanto, estão disponíveis no site do GLOBO.INICIANTES NA LISTA POSITIVA
Miro é o mais presente em plenário (98%) e o que menos gasta o chamado cotão (R$ 381 mil em quatro anos, quase integralmente em passagens do Rio para Brasília), além de estar entre os cinco que mais discursam em plenário. Hugo Leal lidera outras duas categorias, mais presente em comissões e o que mais relatou propostas, e está entre os cinco que mais apresentaram projetos. Também integram a elite da bancada dois deputados em primeiro mandato — Alessandro Molon (PT) e Romário (PSB) —, além de Chico Alencar (PSOL), Benedita da Silva (PT), Anthony Garotinho (PR) e Zoinho (PR).


A SEGUIR: O MESMO INFOGRÁFICO, AMPLIADO PELO BLOG DO PAIM, EM QUE DESTACA OS MELHORES COLOCADOS:



Infográfico mostra uso da verba indenizatória por parlamentares - / O Globo
Em 2010, 46 deputados foram eleitos no Rio, mas só 33 cumpriram os mandatos integralmente. Os outros 13 se licenciaram ou renunciaram para assumir outros cargos, abrindo as vagas que levaram 15 suplentes a assumirem o posto temporária ou definitivamente. A reportagem focou sua análise na comparação dos mandatos apenas dos 33 que cumpriram integralmente seus mandatos. Todos os dados dos 61, no entanto, estão disponíveis no site do GLOBO.
INICIANTES NA LISTA POSITIVA
Miro é o mais presente em plenário (98%) e o que menos gasta o chamado cotão (R$ 381 mil em quatro anos, quase integralmente em passagens do Rio para Brasília), além de estar entre os cinco que mais discursam em plenário. Hugo Leal lidera outras duas categorias, mais presente em comissões e o que mais relatou propostas, e está entre os cinco que mais apresentaram projetos. Também integram a elite da bancada dois deputados em primeiro mandato — Alessandro Molon (PT) e Romário (PSB) —, além de Chico Alencar (PSOL), Benedita da Silva (PT), Anthony Garotinho (PR) e Zoinho (PR).

Read more: http://oglobo.globo.com/brasil/levantamento-mostra-os-destaques-da-bancada-do-rio-na-camara-14001939#ixzz3DysMrbeo



Read more: http://oglobo.globo.com/brasil/levantamento-mostra-os-destaques-da-bancada-do-rio-na-camara-14001939#ixzz3DyzNo8ny

O levantamento também mostrou um grupo de cinco deputados que se encaixam em pelo menos três rankings negativos — mais ausentes em plenário e comissões, que mais gastam a verba, menos discursam, menos projetos apresentaram ou relataram. Este grupo é encabeçado pelos deputados Doutor Adilson Soares (PR), que figura em quatro das seis categorias, liderando três delas: menos presente em comissão (esteve presente em apenas 50%), menos discursos (dois durante os quatro anos de mandato) e menos projetos apresentados (durante os quatro anos, não apresentou nenhum). Ele está ainda entre os que mais gastaram o cotão (R$ 1,1 milhão). Adilson Soares é irmão do pastor R.R. Soares, da Igreja Internacional da Graça de Deus.
O ex-ministro Edson Santos (PT) é outro que integra o grupo dos líderes em quesitos negativos. Detentor do menor percentual de presença em plenário (71%) entre os 33 que cumpriram integralmente o mandato, foi também o que mais gastou durante os quatro anos da legislatura (R$ 1,2 milhão) — o exato oposto de Miro, o mais presente e econômico.
Outros três fecham a lista negativa. O deputado Adrian (PMDB) foi o que menos relatou projetos durante o mandato (apenas 3), segundo mais ausente em plenário (71% de presença) e que figura entre os cinco que menos discursaram em plenário (20 discursos). Francisco Floriano (PR) está entre os que mais gastaram o cotão (1,2 milhão), menos presentes em comissão e os que menos apresentaram propostas. E Edson Ezequiel (PMDB), que está em três categorias negativas (poucos discursos, poucas relatorias e pouca apresentação de propostas), apesar de também aparece entre os cinco que menos gastaram no mandato.
A deputada Andréia Zito (PSDB) aparece em duas categorias positivas — menor gasto do cotão e grande número de projetos apresentados, mas está na lista dos cinco que menos estiveram presentes em comissões e menos discursaram.
‘GOSTO DE SER DEPUTADO’
O deputado Hugo Leal (PROS) está no segundo mandato como federal, mas encabeça a lista dos que mais relataram projetos nesta legislatura, dos mais presentes em comissões e está entre os que mais apresentaram projetos. Ele diz que gosta de ser deputado.
Publicidade
— Soldado, no quartel, quer serviço. Alguns interpretam a Câmara como uma casa de passagem para galgar outros postos. Eu gosto de ser deputado, a Câmara é rica em debates e dá angústia por não conseguir participar de todos.
Em seu décimo mandato, Miro Teixeira diz que o desempenho de um deputado depende do papel que ele exerce. Nem sempre estar entre os mais presentes significa exercer bem o mandato.
— Uso meu mandato para fiscalizar com lupas projetos que estão em votação, emendas feitas às Medidas Provisórias, por exemplo. Mas já estive longe do plenário e ao lado de outros para evitar, por exemplo, a invasão da CSN, em Volta Redonda. Não é só ficar sentado em plenário, mas atuar — disse o parlamentar.
Campeão em discursos, com mais de mil feitos só em plenário nesta legislatura, o deputado Chico Alencar (PSOL) também se destaca pelo uso econômico do cotão, com R$ 654 mil, cerca de 55% do que é permitido.
— Uso sim, a verba, porque é necessário. Mas temos muito zelo pelos recursos públicos. Unimos o princípio da necessidade de custeio do mandato com o da austeridade — diz Chico Alencar.
‘É PRECISO SER OUSADO’
Em seu primeiro mandato na Câmara, Alessandro Molon conseguiu relatorias importantes e aparece como o terceiro mais presente em plenário, e o segundo que mais relatou propostas.
— Corri atrás, as coisas não caíram do céu, foram fruto de um trabalho sério. É preciso ser ousado, furar barreiras. Lutei para ter a relatoria do Marco Civil porque entendia que era algo decisivo para o Brasil e isso foi antes de estourar o escândalo da espionagem dos EUA — afirmou Molon.
O deputado Dr. Adilson Soares, que aparece em quatro categorias negativas, não tentará se reeleger. Em relação ao uso da cota, afirma que gastou dentro da legalidade. No caso da ausência em comissões, diz que elas funcionam na quarta-feira, dia em que as audiências dele em ministérios eram marcadas. Em relação ao fato de ter feito, durante os quatro anos, apenas dois discursos em plenário, justifica:
— Meus discursos sempre foram no meu gabinete, atendendo ao povo do meu estado e trabalhando no acompanhamento de seus pleitos em Brasília.
O deputado Edson Santos diz que, durante o mandato, teve que se ausentar da Casa para participar de missões oficiais aos EUA, China, Angola e Antártida, além de participar de diligências de subcomissões, como a da Copa, ou de projetos que relatou e que implicam em visitas a outras cidades. O deputado Adrian (PMDB) afirma que todas as suas faltas foram justificadas e que seu trabalho como deputado é dedicado a garantir verbas para municípios do interior do Rio.
Em relação ao uso do cotão, a deputada Andreia Zito afirma que usa mais para os deslocamentos e tem evitado contratação de consultorias, recorrendo a seus funcionários de gabinete. Diz que procura apresentar projetos que considera relevantes e ficou feliz por ter uma de suas emendas constitucionais, a que garante aposentadoria por invalidez, virar lei. Em relação às comissões, diz ter sido indicada para muitas, mas, como muitas são esvaziadas, preferiu dedicar seu tempo a outras atividades.
VERBAS PAGAM PASSAGENS E ASSESSORES
Somados, os 61 deputados do Rio que passaram pela Câmara desde 2011 gastaram R$ 46,6 milhões da cota para o exercício da atividade parlamentar. Conhecida como cotão, a verba é para as despesas de custeio do mandato, como aluguel de escritórios no estado, passagens aéreas, consultorias e combustível. Como o valor das passagens varia conforme a distância, a cota muda de estado para estado. No caso do Rio, os deputados podem ser ressarcidos em até R$ 32.550,32 por mês.
Caso não utilize todo o valor, o saldo fica acumulado ao longo do exercício financeiro. Entre os 33 parlamentares que exerceram o mandato por completo, Edson Santos (PT) é o que mais usou a cota. Nos últimos quatro anos, ele foi reembolsado pela Câmara em R$ 1.213.587,74. Francisco Floriano (PR) é segundo na lista. Ao todo, ele foi reembolsado em R$ 1.200.910,19. Até o fechamento da reportagem, Floriano não retornou às ligações do GLOBO.
Publicidade
O deputado Dr. Adilson Soares (PR) aparece em terceiro lugar, com R$ 1,17 milhão em ressarcimento. No quarto lugar está Áureo (SD), com R$ 1,15 milhão. Por meio de sua assessoria, o deputado informou que usou a maior parte da verba “de forma lícita e aprovada pelos órgãos competentes da Câmara dos Deputados, divulgando essas ações e contratando assessoria para fornecer orientações, estudos técnicos e divulgação.” Quinto entre os que mais utilizaram a cota, Washington Reis (PMDB) diz considerar os gastos normais e dentro da média:
— Utilizei para manter meu escritório no Centro do Rio, para alugueis de carros e combustíveis. Sempre que possível pago tiro os recursos do meu próprio bolso, mas às vezes não dá, quem trabalha tem despesa — afirmou Reis.
Além da cota, os deputados recebem uma remuneração mensal de R$ 26.732,13 (subsídio), que leva em conta a presença nas sessões deliberativas. Cada deputado tem direito a uma verba mensal de gabinete de R$ 78 mil para o pagamento de funcionários do gabinete. Cada parlamentar pode contratar entre 5 e 25 funcionários.

Arquivo do blog

Quem sou eu

Minha foto
Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.