domingo, 8 de agosto de 2010

Câmara dos Deputados deverá manter média de renovação de eleições anteriores (Danuza Peixoto)

Iolando Lourenço
Da Agência Brasil
Em Brasília
Com uma renovação média de pouco mais de 40% dos deputados nas três últimas legislaturas, a expectativa de lideranças políticas é de que nas eleições deste ano a renovação do Parlamento siga a mesma média.

Isso quer dizer que dos atuais 513 deputados, cerca de 205 não devem retornar à Câmara no ano que vem. Alguns dos atuais deputados optaram por concorrer ao Senado, a governos e assembleias estaduais e à Vice-Presidência da República.

De acordo com levantamento feito pela secretaria-geral da Câmara, na última eleição para deputado federal, em 2006, foram reeleitos 277 deputados (54%), dos 513, e 46% não retornaram à Casa. As vagas foram ocupadas por 193 novos deputados (37,6%) e 43 políticos que já haviam sido parlamentares em outras legislaturas (8,4 %). Na ocasião, o PMDB reelegeu 54 dos 89 deputados que tinha e o PT reelegeu 50 dos 83.

Nas eleições de 2002, a renovação da Câmara foi de 41,5%, sendo reeleitos naquele ano 300 deputados (58,5%). As vagas renovadas foram ocupadas por 184 deputados (35,9%) e 29 que já haviam sido eleitos em outros anos (5,7%). Nas eleições de 1998 foram reeleitos 298 deputados (58,1%). No mesmo ano foram eleitos 183 deputados para a primeira legislatura (35,7%) e 32 haviam sido deputados em outros anos (6,2%).

Com a maior bancada na Câmara, o PMDB deverá continuar como maior legenda. Dos seus 90 deputados, 13 não disputam a reeleição, mas concorrem a outros cargos como a Vice-Presidência da República (Michel Temer), a governador e vice, ao Senado e a deputado estadual. Outros cinco optaram por não disputar as eleições deste ano, como é o caso de Ibsen Pinheiro (RS).

O PT, a segunda maior bancada na Casa com 79 parlamentares, terá 64 deputados disputando a reeleição. Oito concorrem a uma vaga no Senado, dois a vaga de suplente de senador, dois a deputado estadual, um a governador e dois não disputarão qualquer cargo --o ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci e José Eduardo Cardoso.

No PSDB, 48 dos seus 59 deputados tentam mais um mandato na Câmara, cinco buscam uma cadeira no Senado, um tentará o governo estadual e outro compõe a chapa como vice-governador. Três, como é o caso do atual primeiro-secretário da Casa, Rafael Guerra (MG), não concorrem nesta eleição.

Dos 57 deputados do DEM, 15 não disputam a reeleição, mas sete tentam se eleger para outros cargos como o de senador, de vice-governador e de vice-presidente (Índio da Costa). Ex-governador de Pernambuco, prefeito de Recife e deputado por diversas legislaturas, Roberto Magalhães é um dos oito democratas que optaram por não disputar as eleições.

No PR, 36 dos 41 deputados tentam mais um mandato na Câmara. Dois não concorrem a cargo eletivo, um disputa o Senado, outro é candidato a vice-governador e um a deputado estadual. Já no PP, todos os atuais deputados (41) estão disputando as eleições de 3 de outubro. Trinta e cinco concorrem à reeleição, três a governos estaduais e três ao Senado.

O PSB, com 27 representantes na Câmara, terá 24 concorrendo à reeleição, dois ao Senado e um não é candidato. É o caso do deputado Ciro Gomes (CE), que tentou apoio para se lançar candidato à Presidência da República. No PDT, com 23 deputados, 21 tentam a reeleição, um busca o Senado e outro é candidato a vice-governador no Rio Grande do Sul.

Com 15 deputados, o PPS teve seis parlamentares que optaram por não se lançar à reeleição. Dois decidiram não concorrer a cargo eletivo, como é o caso do atual líder da legenda na Casa, Fernando Coruja (SC). Outros dois disputam uma vaga no Senado e uma na Assembleia Legislativa. O PV, com bancada de 14 deputados, tem dois na corrida pela sucessão estadual no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. Todos os outros tentam a reeleição.

Dos partidos com maior representação na Câmara, o PTB não informou a situação dos seus deputados em relação às eleições deste ano.

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.