MARCELO AULER - Agencia Estado
RIO - Antes mesmo de decidir se recebe a Ação Civil Pública por improbidade administrativa apresentada pelo Ministério Público Estadual contra os ex-governadores Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho, além de outros 86 (pessoas físicas e jurídicas), a juíza Mirella Letizia Guimarães Vizzini, da 3ª Vara Cível do Rio, atendeu ao pedido dos promotores e decretou a quebra do sigilo bancário dos réus, o bloqueio dos valores que eles têm em conta e o arresto de todos os bens. Só depois de os envolvidos apresentarem defesa preliminar é que ela decidirá se a ação deve prosseguir.
Na ação os promotores da Procuradoria de Tutela e Cidadania identificaram o desvio de pelo menos R$ 63 milhões, entre 2003 e 2006, no governo de Rosinha Garotinho, pelo repasse de verbas dos órgãos de governo a ONGs que passavam para empresas de fachada. Três delas receberam R$ 30,5 milhões e jamais prestaram serviço ao governo. Elas doaram R$ 600 mil à pré-candidatura de Garotinho à Presidência da República, como ele divulgou no seu blog.
A juíza disse que no processo há "sólidos indícios de improbidade pelos réus". Afirma serem "patentes os indícios de operações financeiras fraudulentas, desvio de verbas públicas e lavagem de dinheiro".
Em seu blog, Garotinho diz que estas doações não aparecem na sua prestação de contas do TRE. "Ao tomar conhecimento que essas ONGs eram subcontratadas de empresas que prestavam serviços ao Estado, determinei ao responsável pela arrecadação dos recursos que devolvesse o dinheiro com cheque nominal a cada uma das ONGs". Para ele, "além de covardes, esses promotores são antiéticos".
Segundo o Ministério Público, na gestão de Rosinha, secretarias de Estado e órgãos governamentais entregaram à Fundação Escola de Serviço Público (Fesp) R$ 426 milhões a pretexto de contratação de pessoal. Para isto foi modificado o estatuto da Fundação que não previa este tipo de serviço.
Do valor recebido, a Fesp repassou R$ 410 milhões (96,01%)a ONGs por convênios sem licitação, com objetivos não explicitados. Destes R$ 410 milhões, 62,76% (R$ 257 milhões) foram para quatro entidades: Inep, Inaap, IBDT e CBDDC . O Ministério Público já identificou o desvio de R$ 63 milhões.
Débora Secco
Outras ONGs eram operadas por Ricardo Seco. Ele, segundo a denúncia, através da Eprim e da Inconsul, repassou R$ 1,05 milhão para a sua conta bancária, a de sua mulher, a da ex-mulher e a de três filhos, entre eles a atriz Débora Secco. Ela também foi denunciada, já que teria recebido R$ 158 mil.
A atriz, segundo sua assessoria, só falará ao conhecer a ação. O advogado Sérgio Tostes, que a defenderá junto com os irmãos e a mãe, nega o envolvimento deles.
quinta-feira, 4 de março de 2010
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- Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.
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