quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Para PT, ‘chapa dos sonhos’ no Rio é Lindbergh, Crivella e Cabral
  • Presidente estadual do partido, Washington Quaquá se encontrou com governador do Rio nesta quarta-feira
  • Petista criticou política de segurança pública de Cabral
Cássio Bruno 
 
(O GLOBO)
 

Lula, Dilma, Lindbergh, Crivella e Cabral durante carreata na Zona Oeste do Rio na campanha eleitoral de 2010
Foto: Márcia Foletto/24-10-2010 / Agência O Globo
Lula, Dilma, Lindbergh, Crivella e Cabral durante carreata na Zona Oeste do Rio na campanha eleitoral de 2010 Márcia Foletto/24-10-2010 / Agência O Globo


RIO - O presidente do diretório estadual do PT no Rio, Washington Quaquá, disse nesta quarta-feira que a “chapa dos sonhos” da pré-candidatura do senador Lindbergh Farias ao governo do estado é ter como vice o ministro da Pesca, Marcelo Crivella (PRB), e o governador Sérgio Cabral (PMDB), na disputa para o Senado na mesma aliança. A declaração de Quaquá foi feita na saída de um encontro dele com Cabral, no Palácio Guanabara, descartando a participação do vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) no acordo.
- Eu acho que a chapa dos sonhos, estou dizendo pelo presidente Lula sem ter autorização dele, é juntar Crivella, Lindbergh e Cabral. A vaga de vice está aberta para negociação. Acho que o Crivella daria um belíssimo vice, mas também não quero me meter nas decisões do PRB. Eles têm candidato a governador - disse o presidente do PT e também prefeito de Maricá.
Na última pesquisa Datafolha, divulgada em dezembro, o deputado federal Anthony Garotinho (PR), ex-governador, lidera com 21% das intenções de votos. Crivella e Lindbergh aparecem em segundo lugar com 15% cada um. O vereador Cesar Maia (DEM) ficou em quarto com 11%. Pezão registrou apenas 5%.
Cabral, no entanto, insiste em lançar Pezão como seu sucessor. Para isso, deixará o cargo em 31 de março e pretende disputar as eleições de outubro deste ano. Com a imagem desgastada desde o início das manifestações, em junho do ano passado, o governador concorrerá a uma vaga no Senado ou a deputado federal.
- Estamos na fase das conversas. Cada partido quer ocupar seu espaço. Eu também estou fazendo o mesmo esforço deles (petistas) em ter o apoio do PMDB. Quero ter o apoio do PT - disse Pezão.
A deputada federal petista Benedita da Silva também defendeu a chapa formada por Lindbergh, Crivella e Cabral:
- Com essa chapa, não estamos excluindo nenhum aliado. É uma chapa equilibrada.
No encontro com Cabral, Quaquá reafirmou que a pré-candidatura de Lindbergh é “irreversível” e que terá uma reunião com o presidente nacional do PT, Rui Falcão, em São Paulo, no próximo dia 14, para discutir a saída dos petistas do governo Cabral até o fim deste mês. Lula, por sua vez, quer que isso ocorra apenas em março, quando Cabral deixar o governo.
- Vamos discutir esse processo, pelo amor de Deus, definitivamente. Isso está virando uma novela. Ou a gente define logo o final da novela ou entrega para o Manoel Carlos ou algum autor mexicano. Talvez fique melhor. Nós, do Rio, queremos sair em janeiro - disse Quaquá.

O PT do Rio, principalmente o grupo de Lindbergh, já tentou deixar a administração de Cabral várias vezes desde o ano passado, mas sempre foi barrado por Lula. O ex-presidente quer evitar um desgaste com o PMDB para não prejudicar a aliança nacional da presidente Dilma Rousseff, que tentará a reeleição. No primeiro escalão, o PT comanda as secretarias estaduais de Assistência Social (Zaqueu Teixeira) e de Meio Ambiente (Carlos Minc).
- Quanto mais passa o tempo, menos tempo temos para organizar nossa tropa. Não estamos entrando ou saindo porque o governador está bem ou mal (avaliado). Se estivesse bem, estaríamos saindo do mesmo jeito - ressaltou o prefeito de Maricá.
Quaquá criticou a política de segurança de Cabral:
- A política de segurança tem um acerto, que são as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora). Mas é um meio acerto. Não tem investigação, não tem prisão de quadrilha, e, com essa política, bandidos acabam sendo expulsos para outras cidades, como a minha (Maricá), por exemplo.
Procurado pelo GLOBO, Cabral não quis dar entrevista. Crivella disse apenas que confirma sua pré-candidatura ao governo. Já Rui Falcão, não retornou às ligações.

 

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Quem sou eu

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.