sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

'No momento, a resposta é não', diz Bernardinho sobre candidatura no Rio
 

ITALO NOGUEIRA
DO RIO
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O técnico Bernardinho, da seleção masculina de vôlei, negou pela primeira vez que pretenda se candidatar ao governo do Rio. Ele afirmou que não consegue "se enxergar" como postulante ao Palácio Guanabara e disse não ser "a pessoa mais indicada".
A declaração, dada à emissora SporTV na quinta-feira (9), é a primeira desde o início do assédio que vem sofrendo do PSDB. Ele se filiou ao partido em agosto do ano passado e é visto pelo senador Aécio Neves (PSDB), pré-candidato à Presidência pelo partido, como o palanque ideal no Rio.
A negativa, porém, não é definitiva. Ele afirmou na entrevista que "no momento, a resposta é não". Bernardinho apontou como principal razão para rejeitar a candidatura a resistência da família.
"No momento a resposta é não. A família em casa tem uma resistência enorme em relação a isso. Tenho filhas pequenas. Há 20 anos que estou trabalhando em seleções como treinador. Já fiz um certo sacrifício do ponto de vista de distância da família, pressão... Pelo amor de Deus, [pressão] completamente diferente de uma candidatura ao governo de um Estado. Isso seria muito maior", disse o técnico.
Moacyr Lopes Junior - 26.jun.2013/Folhapress
O técnico Bernardinho durante treino da seleção brasileira
O técnico Bernardinho durante treino da seleção brasileira
Aécio tem feito forte pressão para Bernardinho aceitar a candidatura. O senador chegou a ligar para o treinador até mesmo quando ele estava fora do país, comandando a seleção na Copa dos Campeões, em novembro. A dirigentes da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei), o treinador disse no fim de 2013 que, naquele momento, não pretendia ser candidato.
A mulher de Bernardinho, a ex-jogadora de vôlei Fernanda Venturini, por sua vez, já declarou abertamente sua rejeição. "A família quer ele nas quadras e não na política", disse ela em novembro.
O presidenciável tucano havia comemorado a filiação do técnico, o apontando "grande alternativa" e "um grande motivador que pode oxigenar a política do Rio". Bernardinho, porém, disse "não ser a pessoa mais indicada".
"As pessoas têm apoiado, gostariam que eu fosse. Eu não me sinto mais capaz para assumir nada disso. Sinceramente não me vejo como candidato. Não consigo me enxergar como tal, apesar da pressão ser grande, as pessoas falem, acho que não sou a pessoa mais indicada", afirmou Bernardinho.
O treinador, porém, não deixou de comentar falhas do governo estadual. Ele comentou reportagem do jornal "O Globo" na qual apontava que o Estado investiu apenas 17% do previsto em saneamento básico.
"Vi no jornal hoje que investiu-se menos de 20% do que era previsto em saneamento. Fiquei pensando: 'Meu Deus, para onde a gente vai?'. Não vejo a transformação disse tudo com a candidatura de A ou de B. Tem que haver um pacto social em relação a isso, as pessoas tem que fazer a sua parte. Tem que parar que com isso e fazer aquilo que é certo, o que realmente tem que ser feito. Cada um de nós. Aí sim poderemos pensar numa mudança", disse ele.

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.