sexta-feira, 24 de maio de 2013


Petistas criticam pressão de Cabral sobre Dilma: "é bravata"

Presidente do PT, Rui Falcão reafirmou candidatura de Lindbergh Farias

 
Os petistas do Rio de Janeiro reagiram com irritação à nova escalada de pressões contra a campanha do senador Lindbergh Farias, promovida pelo governador Sérgio Cabral. Em um jantar com governadores e caciques do PMDB, Cabral teria insinuado que apoiaria Aécio Neves na eleição presidencial, caso o PT mantivesse a intenção de disputar o governo do Rio. 
Na noite desta sexta (24), o presidente do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão, reafirmou o apoio do PT à candidatura do senador Lindbergh ao governo do Rio. Falcão participou de evento do PT no Rio.
Para o deputado federal Alessandro Molon (PT-RJ), as sucessivas tentativas dos peemedebistas em impedir que Lindbergh dispute o pleito indicam "desespero" e "falta de confiança" no nome do vice-governador Luiz Fernando Pezão, pré-candidato do partido:
"É uma postura antidemocrática querer impedir o eleitor do Rio de Janeiro de poder escolher o próximo governador. E pior ainda: ele tenta fazer isso através de uma chantagem com a presidente Dilma. O desespero dele indica que ele não confia no desempenho de seu candidato. Quem confia não faz uso desse tipo de expediente para impedir outras candidaturas. No fundo, é uma confissão de falta de confiança no seu próprio candidato", ataca.
Governador faz pressão por eleição de 2014
Governador faz pressão por eleição de 2014
Para o presidente do diretório estadual do PT no Rio, Jorge Florêncio, o lançamento de uma candidatura própria em nada inviabiliza a aliança entre seu partido e o PMDB, tanto em nível regional, quanto em nacional:
"Lançamos um candidato porque isso é direito do PT. Achamos que o candidato pode existir em paralelo com o do PMDB e é a sociedade que vai decidir qual projeto será o escolhido", afirma o dirigente petista, que irá tratar do tema nesta sexta-feira com o presidente nacional do PT, Rui Falcão.
"Não aceitamos chantagem"
Molon acredita que não há chance de Cabral e seu grupo político romperem definitivamente com a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula, os principais cabos eleitorais do país e donos de enorme popularidade no estado do Rio. Para ele, a atitude do governador não passa de um balão de ensaio:
"Isso é bravata. O governador sabe melhor do que ninguém quanto o apoio do governo federal foi importante para a recuperação do Rio. Nosso estado foi o que mais recebeu recursos federais nos governos dos presidentes Lula e Dilma. É inaceitável. o PT já decidiu por unanimidade ter candidatura própria e não aceita chantagem e intimidação", desdenha Molon.
Já Florêncio critica a pressão de lideranças peemedebistas para que o PT entregue seus cargos no governo estadual. Para ele, esse não é um movimento que seu partido tenha que tomar:
"Você acha que o Cabral ou o Picciani estão insatisfeitos com o PT ou que a Dilma tem que pedir os cargos do PMDB em nível federal por causa disso? Lógico que não. O Cabral pode solicitar os cargos, mas não achamos que esse é um movimento nosso. Temos uma relação com o governador que é de diálogo. A candidatura está colocada. Claro que em política tudo acontece, mas nesse momento está acabado e a gente tem que respeitar um ao outro", prega.

Tags: 2014, eleição, estado, Governo, Rio

Nenhum comentário:

Arquivo do blog

Quem sou eu

Minha foto
Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.