segunda-feira, 30 de julho de 2012

Congestionamento passa de 20 km na Via Dutra, no RJ, devido a protesto (Postado por Lucas Pinheiro)




A manifestação de caminhoneiros que ocorre na Rodovia Presidente Dutra desde a tarde de domingo (29) ainda complica o tráfego na via na manhã desta segunda-feira (20). De acordo com a concessionária CCR Nova Dutra, às 10h30, havia congestionamento de 21 km no sentido Rio, e de 7,5 km na pista sentido São Paulo.

Após ser interditada totalmente durante uma manifestação de caminhoneiros, a Rodovia Presidente Dutra, no sentido Rio de Janeiro, teve uma faixa liberada às 8h50 desta segunda-feira. A passagem, no entanto, é permitida apenas para carros e ônibus. No sentido Rio, as retenções são a partir do km 273.

A faixa da esquerda permanecia liberada para o tráfego de carros e caminhões também no sentido São Paulo, e o congestionamento começa no km 276.

Os policiais rodoviários orientam os motoristas que evitem pegar a Via Dutra nas imediações do trecho que está com problemas.

Desde a semana passada, caminhoneiros realizam manifestações e fecham estradas em vários estados do país em protesto contra a lei que regulamenta a jornada de trabalho da categoria.

A Lei Federal 12.619 obriga o trabalhador a ter descanso de 11 horas entre duas jornadas de trabalho, uma hora por dia de parada para almoço e repouso de 30 minutos a cada quatro horas rodadas. A lei foi publicada pelo Governo Federal no dia 30 de abril e tem como objetivo evitar que motoristas rodem dia e noite sem paradas, para diminuir o número de mortes nas estradas.

A Polícia Rodoviária Federal inicia a fiscalização nesta segunda. “A fiscalização vai ser feita através do tacógrafo do veículo, que é o equipamento que registra o tempo de direção, velocidade e distância percorridas. No caso da impossibilidade da verificação do tacógrafo, nós vamos fiscalizar através da papeleta, que é um documento que todos os motoristas, inclusive os autônomos, devem portar, onde ele vai registrar o tempo de direção, a Prada e a saída do veículo”, explica o inspetor da PRF José Hélio Macedo. Se descumprirem a determinação, os condutores poderão ser multados.

Para mais informações sobre o trânsito no Rio de Janeiro, você pode acompanhar as câmeras do G1 e consultar a tabela com as condições das principais vias.

Paraná
Caminhoneiros novamente bloqueiam rodovias federais e estaduais do Paraná na manhã desta segunda-feira (30). Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), há quatro pontos de interdição nas estradas, todos nas regiões oeste e sudoeste do estado. Em Pranchita e em Barracão, em diferentes trechos da BR-163. Também na BR-280, em Marmeleiro, e na BR-277, em Medianeira. Nestes locais, os motoristas de caminhões impedem a passagem de outros caminhoneiros. Veículos pequenos e ônibus trafegam normalmente.

De acordo com informações da Polícia Rodoviária Estadual (PRE), apenas na PR-182, em Realeza, também no oeste, há manifestação desde às 8h30.

Protestos
Durante a última semana, caminhoneiros realizaram protestos em várias regiões do país.
De acordo com o presidente do Movimento União Brasil Caminhoneiro, Nélio Botelho, as principais reivindicações dos caminhoneiros referem-se ao valor recebido pelo serviço de frete, à forma de pagamento pelo serviço, atualmente feita com o uso do chamado cartão-frete, e à falta de estrutura para descanso. O movimento defende os interesses de motoristas autônomos, empregados e comissionados, empresas de transporte e cooperativas de transporte de cargas.

Segundo Botelho, o valor do frete, na maioria dos casos, não cobre os custos de manutenção dos veículos. Além disso, ele alega que a concorrência é muito grande na função, devido à mudança na lei 11.442 a partir de resolução da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT). De acordo com o representante do movimento, a resolução 3.056 amplia de quatro para 18 as categorias que podem operar transporte de frete no país.

Até a resolução, o serviço podia ser explorado apenas por transportador autônomo que tivesse o transporte de carga como atividade principal ou empresa que tivesse no transporte rodoviário de carga sua principal atividade econômica. Atualmente, vários tipos de empresas têm conseguido a autorização da ANTT, injetando mais de 600 mil veículos no mercado, segundo o Movimento União Brasil Caminhoneiro. A categoria pede a revogação da resolução 3.056.

É questionado também o uso do cartão-frete, instituído como forma de pagamento pela resolução de número 3.658 da ANTT. O dinheiro pode ser sacado pelo caminhoneiro ou usado para abastecer, pagar fornecedores, como bares, lanchonetes e restaurantes, porém não estaria sendo bem aceito nos estabelecimentos. Para a categoria, o melhor seria o recebimento em dinheiro ou cheque.

Já sobre a carga horária, a lei estipula que a jornada de trabalho pode chegar a 13 horas diárias e que haja um intervalo de 11 horas para o descanso. No entanto, os caminhoneiros reclamam que não há pontos de parada e locais para fazer higiene pessoal adequados. O Movimento União Brasil Caminhoneiro pede que a fiscalização seja adiada em um ano e que melhorias sejam feitas.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) informou que discutirá com transportadoras e caminhoneiros novas regras para a regulação do setor. A agência também informou que busca o aperfeiçoamento dos requisitos para inscrição no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas e das normas relativas ao pagamento eletrônico de frete.

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Quem sou eu

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.