O grupo de milicianos presos nesta quarta-feira (27), que era dominado por um delegado federal aposentado, lucrava R$ 200 mil por mês com as atividades ilegais, que incluíam a cobrança de uma “taxa de proteção” de R$ 35 aos moradores da região da Taquara, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio.
O G1 chegou a informar, com base na entrevista coletiva concedida na Academia de Políca no fim desta manhã, que 17 pessoas haviam sido presas, sendo 4 delas sem mandado de prisão. A Polícia Civil, entretanto, reapresentou a informação nesta tarde e afirmou que há 14 presos, todos com mandado de prisão expedidos por formação de quadrilha armada. A polícia disse ainda que um outro suspeito - que estava fora da lista de 16 mandados de prisão - foi preso em flagrante durante a operação, usando ilegalmente uma farda do Batalhão de Operações Especiais (Bope). Mas ele será liberado.
A operação prossegue até que sejam cumpridos os últimos dois mandados de prisão.
A Operação Tríade foi deflagrada nesta manhã pela Delegacia de Repressão a Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco/IE) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio de Janeiro (Gaeco).
Atividades ilegais
Além da taxa de proteção, as atividades da quadrilha incluíam grilagem de terras; exploração de serviços como fornecimento de gás, sinal de TV a cabo, sinal de internet e transporte alternativo; agiotagem; além de suspeita de homicídio e extorsão.
De acordo com o MP, os integrantes agiam ostensivamente na comunidade, exibindo armas e facões à luz do dia. Para que o domínio na região fosse pleno, os criminosos influenciavam na escolha dos presidentes das associações de moradores. Quem se negasse a pagar a taxa de segurança recebia a ameaça de que traficantes da região iriam invadir os imóveis.
Além dos 16 mandados de prisão, a polícia cumpriu também 35 de busca e apreensão. Seis armas de fogos e 74 munições foram apreendidas. O nome da operação se refere ao fato de o grupo ser liderado por três policiais: um delegado aposentado da Polícia Federal, um comissário da Polícia Civil e um soldado da Polícia Militar.
De acordo com o delegado Alexandre Capote, titular da Draco, os milicianos denunciavam possíveis delatores ou testemunhas à delegacia local para desmoralizá-las e coagi-las. As denúncias eram de falsos crimes
“A quadrilha possuía uma estrutura similar a uma empresa, com papéis bem definidos e dentro dos papéis que cabiam estava o de tentar desmoralizar pessoas que ousaram enfrentar a milícia e ousaram não se submeter ao pagamento de taxa”, disse ele.
O MP informou ainda que os moradores que não se submetiam às regras impostas pelo grupo eram expulsos ou mortos pelos milicianos, que em seguida se apropriava dos terrenos das vítimas. Além dos homicídios, os paramilitares eram responsáveis por ocultação e destruição de cadáveres, torturas, estupros, lesões corporais graves e invasões de domicílio.
Delegado federal
O delegado aposentado foi preso em casa, em Jacarepaguá. Segundo o MP, ele é proprietário do sítio onde a quadrilha se reunia e organizava atividades. O policial estava com uma arara e um papagaio no momento da prisão.
Já o policial civil tinha, segundo o titular da Draco, o papel de “matador” da quadrilha e era o responsável pela segurança clandestina. O PM, que era do 20º BPM, controlava o transporte alternativo, o comércio de gás, jogos de azar, “gatonet” e outras atividades que geravam lucro para o bando.
"O policial civil impunha muito medo na região e decidia quem seria executado. Já o PM, tinha o papel da exploração das atividades que mais geravam lucros", explica Capote.
Ainda de acordo com o MP, adesivos com as iniciais do PM eram usados em vans e mototáxis para que os veículos circulassem sem repressão do batalhão local. A polícia informou que ele também exibia adesivos com o slogan “Humildade, Simplicidade e Justiça”.
Além dos três policiais, faziam parte do grupo guardas municipais, militares das Forças Armadas e advogados. Os suspeitos, segundo a polícia, agem há cerca de 13 anos, e a investigação começou há seis meses. Cento e vinte homens participam da operação.
Os mandados estão sendo cumpridos em Copacabana, na Zona Sul, no Recreio dos Bandeirantes, na Taquara, em Santa Cruz e em Campo Grande, na Zona Oeste, e em Marechal Hermes, no subúrbio.
Grupo agia desde 1998
De acordo com as investigações, o grupo criminoso atua desde 1998 nas localidades da Pedra Branca, Santa Maria, Pau da Fome, Estrada dos Teixeiras, Estrada do Rio Pequeno e Estrada do Rio Grande.
A Draco conta com o apoio do Gaeco, que ofereceu as denúncias, e também da Corregedoria Geral Unificada (CGU), da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança (Ssinte) e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
O G1 chegou a informar, com base na entrevista coletiva concedida na Academia de Políca no fim desta manhã, que 17 pessoas haviam sido presas, sendo 4 delas sem mandado de prisão. A Polícia Civil, entretanto, reapresentou a informação nesta tarde e afirmou que há 14 presos, todos com mandado de prisão expedidos por formação de quadrilha armada. A polícia disse ainda que um outro suspeito - que estava fora da lista de 16 mandados de prisão - foi preso em flagrante durante a operação, usando ilegalmente uma farda do Batalhão de Operações Especiais (Bope). Mas ele será liberado.
A operação prossegue até que sejam cumpridos os últimos dois mandados de prisão.
A Operação Tríade foi deflagrada nesta manhã pela Delegacia de Repressão a Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco/IE) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio de Janeiro (Gaeco).
Atividades ilegais
Além da taxa de proteção, as atividades da quadrilha incluíam grilagem de terras; exploração de serviços como fornecimento de gás, sinal de TV a cabo, sinal de internet e transporte alternativo; agiotagem; além de suspeita de homicídio e extorsão.
De acordo com o MP, os integrantes agiam ostensivamente na comunidade, exibindo armas e facões à luz do dia. Para que o domínio na região fosse pleno, os criminosos influenciavam na escolha dos presidentes das associações de moradores. Quem se negasse a pagar a taxa de segurança recebia a ameaça de que traficantes da região iriam invadir os imóveis.
Além dos 16 mandados de prisão, a polícia cumpriu também 35 de busca e apreensão. Seis armas de fogos e 74 munições foram apreendidas. O nome da operação se refere ao fato de o grupo ser liderado por três policiais: um delegado aposentado da Polícia Federal, um comissário da Polícia Civil e um soldado da Polícia Militar.
De acordo com o delegado Alexandre Capote, titular da Draco, os milicianos denunciavam possíveis delatores ou testemunhas à delegacia local para desmoralizá-las e coagi-las. As denúncias eram de falsos crimes
“A quadrilha possuía uma estrutura similar a uma empresa, com papéis bem definidos e dentro dos papéis que cabiam estava o de tentar desmoralizar pessoas que ousaram enfrentar a milícia e ousaram não se submeter ao pagamento de taxa”, disse ele.
O MP informou ainda que os moradores que não se submetiam às regras impostas pelo grupo eram expulsos ou mortos pelos milicianos, que em seguida se apropriava dos terrenos das vítimas. Além dos homicídios, os paramilitares eram responsáveis por ocultação e destruição de cadáveres, torturas, estupros, lesões corporais graves e invasões de domicílio.
Delegado federal
O delegado aposentado foi preso em casa, em Jacarepaguá. Segundo o MP, ele é proprietário do sítio onde a quadrilha se reunia e organizava atividades. O policial estava com uma arara e um papagaio no momento da prisão.
Já o policial civil tinha, segundo o titular da Draco, o papel de “matador” da quadrilha e era o responsável pela segurança clandestina. O PM, que era do 20º BPM, controlava o transporte alternativo, o comércio de gás, jogos de azar, “gatonet” e outras atividades que geravam lucro para o bando.
"O policial civil impunha muito medo na região e decidia quem seria executado. Já o PM, tinha o papel da exploração das atividades que mais geravam lucros", explica Capote.
Ainda de acordo com o MP, adesivos com as iniciais do PM eram usados em vans e mototáxis para que os veículos circulassem sem repressão do batalhão local. A polícia informou que ele também exibia adesivos com o slogan “Humildade, Simplicidade e Justiça”.
Além dos três policiais, faziam parte do grupo guardas municipais, militares das Forças Armadas e advogados. Os suspeitos, segundo a polícia, agem há cerca de 13 anos, e a investigação começou há seis meses. Cento e vinte homens participam da operação.
Os mandados estão sendo cumpridos em Copacabana, na Zona Sul, no Recreio dos Bandeirantes, na Taquara, em Santa Cruz e em Campo Grande, na Zona Oeste, e em Marechal Hermes, no subúrbio.
Grupo agia desde 1998
De acordo com as investigações, o grupo criminoso atua desde 1998 nas localidades da Pedra Branca, Santa Maria, Pau da Fome, Estrada dos Teixeiras, Estrada do Rio Pequeno e Estrada do Rio Grande.
A Draco conta com o apoio do Gaeco, que ofereceu as denúncias, e também da Corregedoria Geral Unificada (CGU), da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança (Ssinte) e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
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