terça-feira, 14 de junho de 2011

Bombeiros vão responder por motim e danos, diz TJ-RJ ( Por Dandara Medeiros )

Denúncia foi oferecida pelo Ministério Público do RJ contra 429 bombeiros.
Segundo TJ, além dos bombeiros, dois PMs também foram denunciados.

Do G1 RJ

A juíza Ana Paula Monte Figueiredo, da Auditoria da Justiça Militar do Rio de Janeiro, aceitou nesta segunda-feira (13), a denúncia contra os 429 bombeiros e dois policiais militares presos após a invasão do Quartel Central, no Centro. Segundo o Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), eles vão responder à ação penal militar pelos crimes de motim, dano em material ou aparelhamento de guerra, dano em aparelhos e instalações de aviação e navais, e em estabelecimentos militares.
Bombeiros que invadiram Quartel Central  são vistos presos no prédio da Corregedoria da Polícia Civil (Foto: Marcelo Carnaval/Agência O Globo)Bombeiros que invadiram quartel vão responder por motim e danos (Foto: Marcelo Carnaval/Agência O Globo)

A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público estadual (MP-RJ). Segundo o TJ-RJ, todos os militares foram notificados de que deverão comparecer à Auditoria da Justiça Militar na próxima quarta-feira (15), para serem citados. As datas dos interrogatórios também já estão definidas. A denúncia apresenta uma relação de 14 veículos operacionais danificados pelos manifestantes.

Atendendo ao pedido do MP, o processo foi desmembrado, formando dois novos - um quanto aos dois policiais militares e outro em relação aos 14 bombeiros considerados “cabeças” do crime de motim. Os demais 415 acusados permaneceram agrupados na ação principal.
De acordo com o TJ-RJ, os 14 bombeiros apontados como líderes serão ouvidos pelo Conselho Especial de Justiça, presidido pela juíza Ana Paula Monte Figueiredo. O conselho será composto, ainda, por um coronel e três tenentes-coronéis da corporação, já que um dos réus é major, e somente pode ser processado e julgado por oficiais de patente superior.

Os dois PMs serão ouvidos pelo Conselho Permanente de Justiça da Polícia Militar, composto por um major e três capitães da corporação, e também presidido pela juíza da Auditoria da Justiça Militar.

Já os 415 bombeiros foram divididos em grupos e serão interrogados pelo Conselho Permanente de Justiça do Corpo de Bombeiros, composto por um major e três capitães daquela corporação, e também presidido pela juíza Ana Paula. Os depoimentos de todos os denunciados foram marcados em datas e horários diferentes.

Negociações

Os bombeiros tentam, através de articulações em gabinetes políticos, uma aproximação do governo para tentar negociar proposta de piso salarial de R$ 2 mil e mais vale-transporte, além de anistia administrativa e criminal, para que os manifestantes não sejam punidos.
Durante toda segunda, líderes do movimento participaram de reuniões na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) com os deputados que apoiam a causa.
Nos encontros da comissão, formada por parlamentares e bombeiros, eles tentam chegar a um cálculo que sustente o piso de R$ 2 mil e apresentar uma emenda ao projeto de lei 571/2011 do governo, que propõe a antecipação para julho de 2011 de um percentual de aumento de cerca de 5,58% para os servidores. Uma outra emenda será a proposta para garantir o benefício do vale-transporte.
As emendas serão apresentadas pelos deputados para serem incluídas no texto final proposto pelo governo do estado. A mensagem do governo estadual, enviada à Assembleia Legislativa, antecipando o reajuste de 5,58%, foi rejeitada pelos bombeiros. No domingo (12), o governador Sérgio Cabral informou que iria enviar mensagem à Alerj modificando a destinação dos recursos do Fundo Especial do Corpo de Bombeiros (Funesbom) para que 30% deles sejam utilizados para pagamento de gratificações aos bombeiros. A categoria já rejeitou a proposta.
Deputada Clarissa Garotinho, cabo Benevenuto Daciolo, e deputado Flávio Bolsonaro em reunião na Alerj (Foto: Lilian Quaino/G1)Deputada Clarissa Garotinho, cabo Benevenuto
Daciolo e o deputado Flávio Bolsonaro em reunião
na Alerj (Foto: Lilian Quaino/G1)
Depois de elaboradas as emendas, eles pretendem se reunir com o presidente da Alerj, Paulo Melo, ou o líder do governo, André Corrêa, para que as propostas sejam discutidas e enviadas ao governador. As emendas serão apresentadas ao plenário nesta terça (14).
Anistia administrativa e criminal
Em outra frente de negociação, os bombeiros tentam negociar com o secretário de Defesa Civil e comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões, a anistia administrativa, para que os manifestantes pela campanha reivindicatória não sejam punidos.

Sérgio Simões afirmou que "tem o dever de abrir procedimentos administrativos para analisar caso a caso envolvendo os bombeiros que invadiram o quartel. No entanto, segundo ele, a medida não significa seu ânimo em aplicar alguma punição." De acordo com Simões, todos os militares que estavam presos já voltaram a seus postos.

Em Brasília, deputados federais se movimentam para que eles não sejam processados por crime militar, devido à ocupação do Quartel Central dos Bombeiros. A expectativa do movimento é que haja uma negociação concreta sobre as reivindicações até a próxima quinta-feira.

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Quem sou eu

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.