DE SÃO PAULO
A seis dias da eleição, a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, já não tem mais garantida a vitória em primeiro turno, revela nova pesquisa Datafolha realizada ontem em todo o país.
Segundo o levantamento, Dilma agora perde votos ou oscila negativamente em todos os estratos da população.
Nos últimos cinco dias, Dilma perdeu três pontos percentuais entre os votos válidos (exclui brancos, nulos e indecisos) que decidirão o pleito. Ela recuou de 54% para 51% --e precisa de 50% mais um voto para ser eleita.
Marina atribui crescimento à coerência e nega satisfação por escândalos
Lula confia em vitória no primeiro turno, diz ministro
Dilma faz apelo para militância não perder 'o rumo nem o prumo'
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Escândalos na Casa Civil pontuam queda de Dilma nas pesquisas, dizem especialistas
Como a margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, Dilma pode ter 49% dos votos válidos. Ou 53%, o que a levaria ao Planalto sem passar por um segundo turno eleitoral.
Ainda considerando os votos válidos, o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, apenas oscilou positivamente, de 31% para 32%.
Marina Silva, do PV, também oscilou positivamente dentro da margem de erro. Passou para 16%, ante os 14% que tinha na última pesquisa, realizada entre os dias 21 e 22 de setembro.
Houve queda ou oscilação negativa para a candidata escolhida pelo presidente Lula para sucedê-lo em todos os estratos da população, nos cortes por sexo, região, renda, escolaridade e idade.
Uma das maiores baixas (queda de 5% nas intenções de voto) se deu entre os que ganham de 2 a 5 salários mínimos (entre R$ 1.020,00 e R$ 2.550,00). Cerca de 33% da população brasileira se encaixa nessa faixa de renda.
Dilma vem perdendo votos desde a segunda semana de setembro. Foi quando o escândalo envolvendo tráfico de influência na Casa Civil levou ao pedido de demissão de sua ex-principal assessora, Erenice Guerra.
De lá para cá, o total das inteções de voto em Dilma caiu de 51% para 46%. Já a soma de seus adversários subiu de 39% para 44%.
Considerando somente os votos válidos, a diferença entre Dilma e os demais candidatos despencou de 14 pontos há duas semanas para dois pontos agora.
A pesquisa mostra também que houve forte "desembarque" da candidatura Dilma entre as mulheres (queda de 47% para 42%) e entre os eleitores mais escolarizados, com curso superior.
Na simulação de segundo turno entre Dilma e Serra, a vantagem da petista também caiu. No levantamento anterior, Dilma tinha 55% das intenções de voto. Agora, tem 52%. Serra, que antes tinha 38%, agora tem 39%.
terça-feira, 28 de setembro de 2010
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Polícia e Receita apreendem R$ 300 mil em mercadorias na Dutra no RJ (Danuza Peixoto)
Polícia e Receita apreendem R$ 300 mil em mercadorias na Dutra no RJ
DE SÃO PAULO
Uma operação realizada pela Polícia Rodoviária Federal e por fiscais da Receita Federal resultou na apreensão de produtos eletrônicos avaliados em mais de R$ 300 mil, nesta segunda-feira, na via Dutra em Seropédica, Baixada Fluminense.
Segundo a Polícia Rodoviária, por volta das 15h30, um Palio Weekend foi abordado perto do km 207 da rodovia, durante fiscalização. No veículo foram encontradas sacolas plásticas contendo cerca de 300 videogames, 500 aparelhos celulares, cartões de memória, baterias e cabos, entre outros.
Durante os trabalhos, os policiais desconfiaram de outro carro, que trafegava próximo. Ao abordar o veículo, os policiais afirmam ter constatado que os ocupantes --um casal-- faziam o trabalho de "batedor" --monitoravam a passagem da carros da polícia e avisavam o outro veículo.
O caso foi registrado na Delegacia da Polícia Federal, em Nova Iguaçu. De acordo com a Polícia Rodoviária, dois dois detidos têm passagens por contrabando e outro, por roubo.
DE SÃO PAULO
Uma operação realizada pela Polícia Rodoviária Federal e por fiscais da Receita Federal resultou na apreensão de produtos eletrônicos avaliados em mais de R$ 300 mil, nesta segunda-feira, na via Dutra em Seropédica, Baixada Fluminense.
Segundo a Polícia Rodoviária, por volta das 15h30, um Palio Weekend foi abordado perto do km 207 da rodovia, durante fiscalização. No veículo foram encontradas sacolas plásticas contendo cerca de 300 videogames, 500 aparelhos celulares, cartões de memória, baterias e cabos, entre outros.
Durante os trabalhos, os policiais desconfiaram de outro carro, que trafegava próximo. Ao abordar o veículo, os policiais afirmam ter constatado que os ocupantes --um casal-- faziam o trabalho de "batedor" --monitoravam a passagem da carros da polícia e avisavam o outro veículo.
O caso foi registrado na Delegacia da Polícia Federal, em Nova Iguaçu. De acordo com a Polícia Rodoviária, dois dois detidos têm passagens por contrabando e outro, por roubo.
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Mais um é preso em ação contra torcidas organizadas envolvidas em crimes no Rio (Danuza Peixoto)
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A Polícia Civil do Rio informou que prendeu na tarde desta quarta-feira mais uma pessoa investigada pela operação Hooligans, realizada contra torcedores de organizadas do Vasco e do Flamengo, na cidade do Rio, em São Gonçalo e em Niterói. Pela manhã, outras 12 pessoas já haviam sido presas sob suspeita de cometer crimes.
Polícia prende 12 em ação contra torcidas organizadas
Ação contra torcida organizada prende filho de secretária de Educação de Itaboraí (RJ)
O 13º preso, torcedor do Flamengo, foi encontrado próximo de sua casa, em São Gonçalo. Ele não havia sido encontrado de manhã, quando a ação foi desencadeada.
Segundo o delegado titular da 73ª DP (Neves), Luiz Antônio Ferreira, os acusados chegavam a anunciar quais seriam as próximas vítimas de homicídio em sites de relacionamento.
"Alguns são verdadeiramente torcedores do Vasco e do Flamengo, mas, na realidade, eles utilizavam uma capa de torcida organizada apenas para promover vandalismo, depredação, briga", afirmou o delegado.
Entre os presos está um policial militar do Batalhão de Choque. Do total, quatro pessoas já estavam detidas por outros crimes e foram identificadas como integrantes de torcidas, por isso tiveram mandados de prisão expedidos pela Justiça para a operação de hoje.
OPERAÇÃO
A investigação, que durou três meses, começou a partir de março com o registro de um atentado a tiros contra o líder da torcida Força Jovem do Vasco - 7ª Família, André Silva Nogueira, conhecido como NG, em São Gonçalo. A ação resultou na morte do vascaíno Wanderson Ferreira Ribeiro, conhecido como Mineiro. Na ocasião, a polícia notificou três tentativas de homicídio geradas por torcedores rivais. Em julho, um novo atentado deixou o líder da torcida do Vasco ferido na perna.
Segundo a polícia, a operação continua e outros 18 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão contra integrantes dessas torcidas devem ser cumpridos. Eles são acusados de formação de quadrilha, porte ilegal de armas, homicídio, lesão corporal, dentre outros crimes.
O filho da secretária de Educação da prefeitura de Itaboraí também está entre os detidos. Foram apreendidas oito máquinas caça-níqueis em um bar que pertence a integrantes de uma das torcidas. Os policiais também recolheram notebooks, celulares, um taco de beisebol, instrumentos de ferro usados para prender cavalos, um soco-inglês e canivetes, além de camisas com símbolos de guerra --como canhões e fuzis.
A polícia ainda investiga se os torcedores praticavam o crime de cambismo ao realizarem festas para marcar brigas entre as torcidas e arrecadar dinheiro.
Segundo a polícia, os torcedores detidos integram a Torcida Jovem do Flamengo - 8º Pelotão (São Gonçalo) e a Torcida Força Jovem do Vasco - 7ª Família. A polícia também investiga a Torcida Jovem do Flamengo - 14º Pelotão (Niterói) e suspeitos de torcidas do Fluminense e Botafogo.
A Polícia Civil do Rio informou que prendeu na tarde desta quarta-feira mais uma pessoa investigada pela operação Hooligans, realizada contra torcedores de organizadas do Vasco e do Flamengo, na cidade do Rio, em São Gonçalo e em Niterói. Pela manhã, outras 12 pessoas já haviam sido presas sob suspeita de cometer crimes.
Polícia prende 12 em ação contra torcidas organizadas
Ação contra torcida organizada prende filho de secretária de Educação de Itaboraí (RJ)
O 13º preso, torcedor do Flamengo, foi encontrado próximo de sua casa, em São Gonçalo. Ele não havia sido encontrado de manhã, quando a ação foi desencadeada.
Segundo o delegado titular da 73ª DP (Neves), Luiz Antônio Ferreira, os acusados chegavam a anunciar quais seriam as próximas vítimas de homicídio em sites de relacionamento.
"Alguns são verdadeiramente torcedores do Vasco e do Flamengo, mas, na realidade, eles utilizavam uma capa de torcida organizada apenas para promover vandalismo, depredação, briga", afirmou o delegado.
Entre os presos está um policial militar do Batalhão de Choque. Do total, quatro pessoas já estavam detidas por outros crimes e foram identificadas como integrantes de torcidas, por isso tiveram mandados de prisão expedidos pela Justiça para a operação de hoje.
OPERAÇÃO
A investigação, que durou três meses, começou a partir de março com o registro de um atentado a tiros contra o líder da torcida Força Jovem do Vasco - 7ª Família, André Silva Nogueira, conhecido como NG, em São Gonçalo. A ação resultou na morte do vascaíno Wanderson Ferreira Ribeiro, conhecido como Mineiro. Na ocasião, a polícia notificou três tentativas de homicídio geradas por torcedores rivais. Em julho, um novo atentado deixou o líder da torcida do Vasco ferido na perna.
Segundo a polícia, a operação continua e outros 18 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão contra integrantes dessas torcidas devem ser cumpridos. Eles são acusados de formação de quadrilha, porte ilegal de armas, homicídio, lesão corporal, dentre outros crimes.
O filho da secretária de Educação da prefeitura de Itaboraí também está entre os detidos. Foram apreendidas oito máquinas caça-níqueis em um bar que pertence a integrantes de uma das torcidas. Os policiais também recolheram notebooks, celulares, um taco de beisebol, instrumentos de ferro usados para prender cavalos, um soco-inglês e canivetes, além de camisas com símbolos de guerra --como canhões e fuzis.
A polícia ainda investiga se os torcedores praticavam o crime de cambismo ao realizarem festas para marcar brigas entre as torcidas e arrecadar dinheiro.
Segundo a polícia, os torcedores detidos integram a Torcida Jovem do Flamengo - 8º Pelotão (São Gonçalo) e a Torcida Força Jovem do Vasco - 7ª Família. A polícia também investiga a Torcida Jovem do Flamengo - 14º Pelotão (Niterói) e suspeitos de torcidas do Fluminense e Botafogo.
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Homicídios caem 18,4% em julho no RJ, segundo o Instituto de Segurança Pública (Danuza Peixoto)
Daniel Milazzo
Especial para o UOL Notícias
No Rio de Janeiro Relatório divulgado nesta terça-feira (14) pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) do Rio de Janeiro revela que o número de homicídios dolosos no Estado fluminense em julho deste ano caiu 18,4% em comparação com o mesmo período em 2009. Houve 324 homicídios dolosos no mês, 73 a menos que julho do ano passado.
O ISP, órgão ligado à Secretaria Estadual de Segurança Pública, revela ainda que o índice é o menor já registrado num mês desde o início da série histórica, em 1991.
O número de homicídios dolosos vem caindo continuamente desde março, o mês mais violento de 2010 até agora, quando foram registradas 492 mortes. O dado referente a julho é 34,1% menor. De acordo com as estatísticas, a violência diminuiu nos municípios da Baixada Fluminense. Enquanto em fevereiro deste ano houve 156 casos de homicídio doloso, em julho foram registrados 99.
O balanço do ISP também aponta para a redução dos casos de latrocínio (roubo seguido de morte), de 18 em julho do ano passado para 12 no mesmo mês este ano. Houve queda de 15,9% nos roubos de veículos, 22,2% no roubo de aparelho celular e 15,1% nos registros de roubo a transeunte. Por outro lado, os assaltos em coletivos subiram 6,3%.
Em julho de 2010 foram feitas 75 prisões a mais do que o mesmo mês em 2009. No entanto, a apreensão de armas caiu 23,8% e a de drogas caiu 16,7%.
Na comparação entre o trimestre de maio a junho deste ano com o de 2009, o balanço do ISP também revelou queda no registro das principais ocorrências. O número de homicídios dolosos baixou 24%, enquanto os roubos de rua (roubos a transeuntes, de celular e em coletivos) sofreram queda de 15% e o número de latrocínio caiu de 43 para 35.
Especial para o UOL Notícias
No Rio de Janeiro Relatório divulgado nesta terça-feira (14) pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) do Rio de Janeiro revela que o número de homicídios dolosos no Estado fluminense em julho deste ano caiu 18,4% em comparação com o mesmo período em 2009. Houve 324 homicídios dolosos no mês, 73 a menos que julho do ano passado.
O ISP, órgão ligado à Secretaria Estadual de Segurança Pública, revela ainda que o índice é o menor já registrado num mês desde o início da série histórica, em 1991.
O número de homicídios dolosos vem caindo continuamente desde março, o mês mais violento de 2010 até agora, quando foram registradas 492 mortes. O dado referente a julho é 34,1% menor. De acordo com as estatísticas, a violência diminuiu nos municípios da Baixada Fluminense. Enquanto em fevereiro deste ano houve 156 casos de homicídio doloso, em julho foram registrados 99.
O balanço do ISP também aponta para a redução dos casos de latrocínio (roubo seguido de morte), de 18 em julho do ano passado para 12 no mesmo mês este ano. Houve queda de 15,9% nos roubos de veículos, 22,2% no roubo de aparelho celular e 15,1% nos registros de roubo a transeunte. Por outro lado, os assaltos em coletivos subiram 6,3%.
Em julho de 2010 foram feitas 75 prisões a mais do que o mesmo mês em 2009. No entanto, a apreensão de armas caiu 23,8% e a de drogas caiu 16,7%.
Na comparação entre o trimestre de maio a junho deste ano com o de 2009, o balanço do ISP também revelou queda no registro das principais ocorrências. O número de homicídios dolosos baixou 24%, enquanto os roubos de rua (roubos a transeuntes, de celular e em coletivos) sofreram queda de 15% e o número de latrocínio caiu de 43 para 35.
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Dono de hospital nega esquema de falsos médicos e justifica mortes em Belford Roxo (Danuza Peixoto)
GABRIELA CANSECO
DO RIO
O proprietário do Hospital das Clínicas de Belford Roxo, Deodalto José Ferreira, negou em depoimento prestado nesta segunda-feira que soubesse do esquema de falsos médicos.
Justiça concede liberdade a falso médico
Polícia recebe cerca de 20 denúncias contra hospital
Prefeitura de Belford Roxo (RJ) faz auditoria em hospital
Após mortes de bebês, polícia procura colombiano e investiga médicos
Polícia investiga 13 mortes em hospital de Belford Roxo onde falso médico atuava
Ele afirmou que o ex-estudante de medicina Silvino Guimarães, acusado de exercer a função de ginecologista sem estar formado, trabalhava sob a supervisão de um médico plantonista.
Ferreira também disse que as contratações eram de responsabilidade do diretor técnico do hospital.
Ele entregou para a polícia documentos sobre as causas das 15 mortes -- 14 crianças e uma gestante-- ocorridas este ano no hospital e usou dados estatísticos para justificar os óbitos.
"Foram 14 [crianças mortas]. Mas ninguém fala que 5 mil crianças nasceram lá este ano. Se você pegar o índice da Organização Mundial da Saúde, é 1,8%. O nosso índice foi de 0,2%. É um dos menores índices da Baixada Fluminense e do Rio de Janeiro", afirmou Ferreira.
Para o delegado titular da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Saúde Pública, Fábio Cardoso, o percentual não exime a clínica de responsabilidade. "O número ser abaixo do índice da OMS não quer dizer nada. Não trabalhamos com números, mas com vidas. Então, vamos investigar cada morte", ressaltou.
Ferreira disse ainda que no hospital consta documento dizendo que Silvino é estudante do 9º período de Medicina e que só na delegacia soube que ele não estava mais matriculado no curso.
O proprietário do hospital disse que o colombiano Félix Jorge Garcia Arozqueta, procurado pela polícia, faz pós-graduação na Santa Casa de Misericórdia e é regularizado no Brasil. Ferreira afirmou que ele está na Bolívia, mas vai se apresentar.
OUTROS INVESTIGADOS
De acordo com o delegado, o esquema no Hospital das Clínicas de Belford Roxo já vinha acontecendo há muito tempo, e houve inclusive a falsificação de prontuários e receitas médicas.
Cardoso enfatizou também que, no dia da ação da polícia no local, Silvino e Félix estavam sozinhos no hospital, sem supervisão.
A Polícia investiga ainda a existência de um terceiro falso médico e um médico que seria conivente com a situação.
Mais de 20 pessoas já fizeram denúncias à polícia. Ontem, uma mulher afirmou na delegacia que foi atendida por Silvino em julho. Ela entregou um DVD com imagens do parto para a identificação do falso médico.
O proprietário do hospital, o ex-estudante de medicina Silvino Guimarães e o colombiano Félix Jorge Garcia Arozqueta serão indiciados sob suspeita dos crimes de falsificação de documentos, exercício ilegal da medicina e estelionato.
DO RIO
O proprietário do Hospital das Clínicas de Belford Roxo, Deodalto José Ferreira, negou em depoimento prestado nesta segunda-feira que soubesse do esquema de falsos médicos.
Justiça concede liberdade a falso médico
Polícia recebe cerca de 20 denúncias contra hospital
Prefeitura de Belford Roxo (RJ) faz auditoria em hospital
Após mortes de bebês, polícia procura colombiano e investiga médicos
Polícia investiga 13 mortes em hospital de Belford Roxo onde falso médico atuava
Ele afirmou que o ex-estudante de medicina Silvino Guimarães, acusado de exercer a função de ginecologista sem estar formado, trabalhava sob a supervisão de um médico plantonista.
Ferreira também disse que as contratações eram de responsabilidade do diretor técnico do hospital.
Ele entregou para a polícia documentos sobre as causas das 15 mortes -- 14 crianças e uma gestante-- ocorridas este ano no hospital e usou dados estatísticos para justificar os óbitos.
"Foram 14 [crianças mortas]. Mas ninguém fala que 5 mil crianças nasceram lá este ano. Se você pegar o índice da Organização Mundial da Saúde, é 1,8%. O nosso índice foi de 0,2%. É um dos menores índices da Baixada Fluminense e do Rio de Janeiro", afirmou Ferreira.
Para o delegado titular da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Saúde Pública, Fábio Cardoso, o percentual não exime a clínica de responsabilidade. "O número ser abaixo do índice da OMS não quer dizer nada. Não trabalhamos com números, mas com vidas. Então, vamos investigar cada morte", ressaltou.
Ferreira disse ainda que no hospital consta documento dizendo que Silvino é estudante do 9º período de Medicina e que só na delegacia soube que ele não estava mais matriculado no curso.
O proprietário do hospital disse que o colombiano Félix Jorge Garcia Arozqueta, procurado pela polícia, faz pós-graduação na Santa Casa de Misericórdia e é regularizado no Brasil. Ferreira afirmou que ele está na Bolívia, mas vai se apresentar.
OUTROS INVESTIGADOS
De acordo com o delegado, o esquema no Hospital das Clínicas de Belford Roxo já vinha acontecendo há muito tempo, e houve inclusive a falsificação de prontuários e receitas médicas.
Cardoso enfatizou também que, no dia da ação da polícia no local, Silvino e Félix estavam sozinhos no hospital, sem supervisão.
A Polícia investiga ainda a existência de um terceiro falso médico e um médico que seria conivente com a situação.
Mais de 20 pessoas já fizeram denúncias à polícia. Ontem, uma mulher afirmou na delegacia que foi atendida por Silvino em julho. Ela entregou um DVD com imagens do parto para a identificação do falso médico.
O proprietário do hospital, o ex-estudante de medicina Silvino Guimarães e o colombiano Félix Jorge Garcia Arozqueta serão indiciados sob suspeita dos crimes de falsificação de documentos, exercício ilegal da medicina e estelionato.
sábado, 11 de setembro de 2010
Fiscais resgatam trabalhadores em condição análoga à escravidão no Rio e em MG (Danuza Peixoto)
DA AGÊNCIA BRASIL
Fiscais da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Rio de Janeiro resgataram 95 trabalhadores em regime análogo ao de escravidão no município de Campo dos Goytacazes (RJ) nesta sexta-feira (10).
Os fiscais encontraram os trabalhadores em fazendas de cana-de-açúcar sem registro de Carteira de Trabalho, água potável ou local apropriado para refeições. Eles também não tinham equipamentos de proteção nem acesso a instalações sanitárias.
Os trabalhadores libertados receberam, ao todo, R$ 100 mil em verbas rescisórias e por dano moral individual. Os fiscais do trabalho encaminharam requerimentos de seguro desemprego na modalidade trabalhador resgatado.
Em Minas Gerais, 51 lavradores também foram resgatados em situação irregular no cultivo de morango na zona rural do município de Cambuí. Do total, 39 trabalhavam em lavouras em condições análogas às de escravo e outros dez trabalhavam num galpão de seleção, embalagem e armazenamento de morangos, sem Carteira de Trabalho assinada e sem registro em livro. Apenas dois tinham registro formal, mas trabalhavam em situações precárias.
Entre os trabalhadores havia sete adolescentes com idade entre 15 e 17 anos trabalhando em horário noturno e sem intervalo mínimo de uma hora para repouso ou alimentação.
De acordo com os fiscais, os trabalhadores não usavam os equipamentos de proteção necessários e não tinham acesso a instalações sanitárias adequadas ou local para refeições. Além disso, eles também não tinham água potável ou materiais de primeiros socorros nas frentes de trabalho. Os lavradores manipulavam agrotóxicos sem proteção e treinamento, e os insumos eram armazenados de forma irregular.
O grupo de fiscalização interditou as áreas de cultivo e o galpão usado para o armazenamento dos produtos. O empregador deverá pagar R$ 248 mil em verbas rescisórias aos trabalhadores.
Fiscais da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Rio de Janeiro resgataram 95 trabalhadores em regime análogo ao de escravidão no município de Campo dos Goytacazes (RJ) nesta sexta-feira (10).
Os fiscais encontraram os trabalhadores em fazendas de cana-de-açúcar sem registro de Carteira de Trabalho, água potável ou local apropriado para refeições. Eles também não tinham equipamentos de proteção nem acesso a instalações sanitárias.
Os trabalhadores libertados receberam, ao todo, R$ 100 mil em verbas rescisórias e por dano moral individual. Os fiscais do trabalho encaminharam requerimentos de seguro desemprego na modalidade trabalhador resgatado.
Em Minas Gerais, 51 lavradores também foram resgatados em situação irregular no cultivo de morango na zona rural do município de Cambuí. Do total, 39 trabalhavam em lavouras em condições análogas às de escravo e outros dez trabalhavam num galpão de seleção, embalagem e armazenamento de morangos, sem Carteira de Trabalho assinada e sem registro em livro. Apenas dois tinham registro formal, mas trabalhavam em situações precárias.
Entre os trabalhadores havia sete adolescentes com idade entre 15 e 17 anos trabalhando em horário noturno e sem intervalo mínimo de uma hora para repouso ou alimentação.
De acordo com os fiscais, os trabalhadores não usavam os equipamentos de proteção necessários e não tinham acesso a instalações sanitárias adequadas ou local para refeições. Além disso, eles também não tinham água potável ou materiais de primeiros socorros nas frentes de trabalho. Os lavradores manipulavam agrotóxicos sem proteção e treinamento, e os insumos eram armazenados de forma irregular.
O grupo de fiscalização interditou as áreas de cultivo e o galpão usado para o armazenamento dos produtos. O empregador deverá pagar R$ 248 mil em verbas rescisórias aos trabalhadores.
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Quem sou eu
- Blog do Paim
- Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.