quinta-feira, 21 de junho de 2012

Aliança do Divino Pastor (ADP)

Há oito anos a instituição espírita Aliança do Divino Pastor (ADP) fechou um contrato, com uma firma de publicidade, para que fosse colocado um outdoor sobre o portão de entrada da casa, no número 94 da Rua Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Desde então, cerca de 40% do orçamento da entidade é pago pelos anúncios de filmes, que nunca podem ter temas violentos ou sexuais, segundo a presidente da ADP, Sara Gamper.

No entanto, com o decreto da prefeitura publicado na quarta-feira (2), que proíbe parte da publicidade em 22 bairros do Centro e da Zona Sul, que compõe a recém-criada Zona de Preservação Paisagística e Ambiental 1 (ZPPA-1), a ajuda de custo pode acabar para a ADP e para muitos condomínios que se beneficiam dos outdoors.

A nova medida, chamada Rio Limpo, tem como objetivo valorizar e preservar o patrimônio paisagístico e cultural do Rio, diminuindo a poluição visual e a degradação ambiental, segundo a Secretaria especial de Ordem Pública do Rio (Seop). Outdoor e letreiros publicitários instalados nas coberturas e laterais de prédios nessa região devem ser removidos imediatamente. As lojas e empresas que descumprirem a regra serão multadas.

De acordo com Sara, caso haja realmente a retirada da publicidade, a instituição vai sofrer bastante com o impacto e pode vir a ter problemas. “Quando fechamos este contrato, há oito anos, foi uma tranquilidade para nós, porque antes chegávamos a ter dificuldade para honrar os compromissos da casa”, contou.

A presidente da ADP explicou ainda que a instituição não recebe qualquer auxílio do governo, seja federal, estadual ou municipal, mas é mantida pelos sócios e por doações.”Caso aconteça, vai ser um impacto muito grande, porque temos uma creche com 30 crianças, fazemos trabalhos sociais, ajudamos idosas...”, enumerou.

O advogado Fernando Fernandes também se mostrou irritado com a decisão da prefeitura e já está envolvido em reuniões com outros condôminos para avaliar a situação do edifício onde tem escritório, no número 200 da Avenida Beira Mar, no Centro do Rio. “O nosso condomínio vai quase dobrar, porque o edifício é pequeno”, afirmou.

De acordo com Fernandes, a publicidade rende de R$ 15 mil a R$ 18 mil por mês para o prédio, o que representa mais de 30% do orçamento do condomínio. “Hoje pagamos R$ 700, mas com isso, o valor da taxa mensal por apartamento deve passar a R$ 1 mil, R$ 1,1 mil”, contou.

O número 194 da Avenida Franklin Roosevelt, também no Centro, é mais um dos que deve perder a ajuda de custo dada pelos outdoors, e alguns dos condôminos acreditam que a propaganda estampada ali não atrapalha a cidade. “Não prejudica em nada. É claro que tem que ter algumas características específicas para não poluir. Por exemplo, se fica afastado, se está na lateral do prédio, coisas assim, não tem problema”, afirmou o advogado Antônio Vitagliano.

Armação gera polêmica
Outra polêmica que o decreto da prefeitura tem criado entre os administradores dos edifícios é a remoção das armações da fachada dos prédios. Fernandes não aceita a imposição e diz que vai brigar por isso. “Isso é ilegal. A propaganda eu tiro, mas a armação não vou tirar não”, afirmou.

Ele contou que o primeiro contrato com o prédio foi feito há mais de 10 anos e a armação foi colocada em troca de quatro meses grátis para o primeiro anunciante.

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Quem sou eu

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.