quinta-feira, 10 de abril de 2008

Bope treina para usar armas não-letais em operações

09/04/2008 - 21h22

Rio de Janeiro, 9 abr (EFE) - O Governo do estado do Rio de Janeiro começou a implantar o uso de armas não-letais entre os policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) para tentar reduzir o grande número de mortos nas operações em morros e favelas, informaram hoje fontes oficiais.

A empresa Condor, fabricante do novo equipamento, organizou hoje para jornalistas uma simulação de seqüestro com posterior atuação policial e explicou que este tipo de arma serve para incapacitar o criminoso durante o tempo necessário para realizar a ação.

O diretor de relações institucionais da Condor, Antônio Carlos Magalhães, disse que este fato facilita "enormemente" o trabalho da Polícia para que se reduza o número de "vítimas colaterais" nas ações dos agentes.

Entre as armas estão granadas de gás lacrimogêneo e de luz e aerossol de pimenta, que, após apenas um segundo de exposição, pode deixar o criminoso incapacitado por 40 minutos, sem deixar qualquer seqüela.

Além disso, a empresa também fabrica fuzis de balas de borracha e tinta que são disparadas contra alvos para causar "barulho e impacto", disse Magalhães.

No ano passado, segundo um estudo recentemente publicado pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), morreram em todo o estado do Rio de Janeiro um total de 21 pessoas por balas perdidas, e mais de 279 ficaram feridas.

Isso significa que 0,4% do total dos 4.539 homicídios cometidos com arma de fogo no Rio de Janeiro durante 2007 foram por balas perdidas.

Outro dos dados do estudo indica que 15,8% das mortes por balas perdidas ocorreram quando um projétil procedente de um tiroteio entre policiais e traficantes atingiu uma vítima civil.

Seguindo o exemplo de São Paulo, onde a Polícia mata 327% menos que no Rio de Janeiro, o Governo estadual decidiu apostar neste armamento não letal.

O coronel Carlos Milagres, comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar (PM), explicou que o uso destas novas armas "é básico" para que "o aumento da força seja progressivo" e para "defender os civis".

Também afirmou que os agentes, além de treinamento físico, receberão apoio psicológico, para que "tomem consciência da importância" da utilização deste armamento.

UOL

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.