sábado, 29 de setembro de 2012

Italiana agredida por menor no RJ segue internada em estado grave (Postado por Lucas Pinheiro)

A italiana Alice Bianchi, de 24 anos, segue internada em estado grave, com traumatismo craniano, no Hospital Geral de Nova Iguaçu (Posse), na Baixada Fluminense, na manhã deste sábado (29). A vítima teria sofrido uma tentativa de estupro por parte um menor de idade, do Educandário Padre Renato, também em Nova Iguaçu, onde Alice trabalha prestando serviços para uma ONG.

De acordo com o hospital, Alice está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da unidade. Durante a madugada, ela chegou a precisar de ajuda de aparelhos para respirar. No entanto, por volta das 8h, a paciente já respirava sozinha.

 Segundo informações da sala de polícia do hospital, o menor usou da força para agarrar Alice e ela, para se defender, entrou em uma luta corporal com o rapaz. A italiana perdeu a força e o menor atirou uma pedra na cabeça dela, além de tentar afogá-la em uma poça d’água. Ele também chegou a arrancar o sutiã da vítima.

O jovem foi contido pelos outros integrantes da ONG e Alice foi encaminhada ao Hospital Geral, onde deu entrada às 16h de sexta-feira (28) com sangramento na cabeça. O menor foi conduzido à 58ª DP (Posse).

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Astro do telecatch Ted Boy Marino será cremado no Rio (Postado por Lucas Pinheiro)

 Mario Marino, conhecido como Ted Boy Marino, um dos astros do telecath brasileiro na década de 1960, terá a cerimônia de cremação na tarde desta sexta-feira (28) no Rio. Segundo amigos, a decisão pela cremação foi tomada para atender a um desejo do artista. Era vontade de Ted Boy Marino ter suas cinzas jogadas no Caminho dos Pescadores, no Leme, Zona Sul do Rio.

O velório será realizado até as 16h no cemitério São João Batista e depois o corpo será levado para o cemitério do Caju, onde será cremado. Anteriormente, a informação era que o corpo do artista seria enterrado, mas, para atender ao desejo de Ted, a família optou pela cremação.

 "Ele era o melhor pai do mundo. No sábado ou domingo passados, ele insistiu muito para descer para a praia. Normalmente, nestes últimos momentos, era o contrário. Ele só queria ficar olhando pro mar e jogando conversa fora", recordou emocionado o filho Ted Marino.

Ted Boy Marino morreu nesta quinta-feira (27), aos 73 anos, durante uma cirurgia emergencial no Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, na Zona Sul. Segundo o Pró-Cardíaco, Marino deu entrada no hospital pela manhã com insuficiência vascular aguda, que levou à cirurgia, e teve uma parada cardíaca às 19h.

 Segundo o filho, ele fazia hemodiálise há 3 anos, era diabético e sofria com problema de pressão. "Não tenho duvida de que ele era um fenômeno, ele era muito importante. Eu estava com ele na cirurgia", contou.

Sobre alguns hábitos do pai, Ted diz que a família preferia não brigar com o astro. "Ele estava vivendo os últimos momentos dele. Quem somos nós pra limitar uma pessoa? O cigarro, todo mundo sabe que faz mal fumar, mas eu vou fazer o que? Vou brigar?", declarou.

"Ele gostava era de comer. Quando viajei, me pediu pra trazer uma dobradinha pra ele, mesmo fazendo hemodiálise. Ele adoeceu por bobagem, ele era diabético e comia um monte de bobagem. Se não tivesse adoecido, iria pro Sul e já tinha me chamado pra comer um churrasco", disse Adílio Maschio, amigo de Ted há 25 anos

Marino nasceu na Calábria, região da Itália, em 18 de outubro de 1939. Foi para Buenos Aires em 1953, no porão de um navio, aos 12 anos de idade, junto com os pais e cinco irmãos. Em 1962, começou a participar de programas de telecatch na Argentina e no Uruguai. Em 1965, chegou ao Brasil e logo foi contratado pela antiga TV Excelsior.

Conquistou muitos fãs, pois além de lutar e derrotar astros desse esporte, como Verdugo, Rasputim, Barba Negra, Múmia, Ted era o "bonitão".

 Ted foi convidado para entrar em um programa humorístico, como companheiro de Wanderley Cardoso, com direção de Wilton Franco.

Wanderley era o ídolo das garotas e Ted também conseguia muitas admiradoras. Wilton Franco escalou também o cantor e ator Ivon Cury, para dar mais segurança ao texto e o programa fez sucesso. Foi quando foi escalado também um humorista novo, no qual Wilton Franco confiou. Ele se chamava Renato Aragão.

Logo depois, surgiu o quarteto que chegava a 50 e a 60 de ibope. Ted e Aragão estrelaram o filme: "Dois na Lona", em 1968. Aí nasceram "Os Trapalhões".

Ted Boy Marino participou de diversos filmes, entre eles "Os três palhaços e o menino", em 1982, "Os paspalhões em Pinóquio 2000", em 1980. Em 1992, ele esteve no ar em  "Você decide", na TV Globo. Sua última participação na televisão foi na novela "Bang bang", também da Globo, em 2005.

Ted fazia, também na TV Globo, o "Sessão zaz trás". Todas as noites, antes do Jornal Nacional, entrava na novelinha "Orion IV x Ted Boy Marinho" e às terças-feiras, fazia o "Que delícia de show", onde era apresentador de um programa de variedades. Aos sábados era exibido o Telecatch.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Megaoperação no Rio de Janeiro combate irregularidades no Detran (Postado por Lucas Pinheiro)

 A Operação Asfalto Sujo prendeu, até as 11h desta terça-feira (25), 38 pessoas suspeitas de integrar uma quadrilha que atua em pelo menos quatro postos de vistoria do Departamento de Trânsito (Detran), no Rio de Janeiro. Segundo o Ministério Público, a polícia cumpre 41 mandados de prisão contra funcionários, ex-funcionários, despachantes e zangões (despachantes não oficiais) em doze cidades do estado. Ao todo, 53 pessoas foram denunciadas.

Os suspeitos são acusados, de acordo com a denúncia, de receber propina para realizar vistorias de licenciamento anual, transferências de propriedade de veículos e emissão de documento de maneira irregular. O valor cobrado aos proprietários dos veículos dependia do local da vistoria e do tipo de fraude, podendo variar de R$ 50 a R$ 1.200. A Promotoria diz que a quadrilha movimentou, entre julho de 2009 e maio de 2012, R$ 200 mil por mês com propinas.

A ação conjunta da Corregedoria do Detran, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público e da Polícia Civil apreendeu computadores e documentos em escritórios de despachantes. São 67 mandados de busca e apreensão. Os agentes também recolheram pelo menos R$ 4 mil em dinheiro. No posto de vistoria de São Gonçalo, a polícia revistou armários e carros de funcionários.

Entre os crimes praticados pelo grupo estão formação de quadrilha, supressão de documento, usurpação de função pública, inserção de dados falsos, corrupção passiva e corrupção ativa.

Segundo o Ministério Público, entre os denunciados estão o policial militar, João Acácio Filho, que era o chefe do Posto de Campos dos Goytacazes, e o subchefe do Posto de Itaboraí. Dos 38 presos até o momento, 25 são mulheres mulheres. Ao todo, o MP denunciou 53 pessoas e decidiu afastar 47 funcionários do Detran e despachantes públicos registrados.

Os agentes procuram os suspeitos desde as 6h no Rio de Janeiro, Itaboraí, São Gonçalo, Niterói e Tanguá, na Região Metropolitana; em Rio Bonito e Cachoeiras de Macacu, na Região das Baixadas Litorâneas; em Magé e Duque de Caxias, na Baixada Fluminense; em Campos e São Fidélis, no Norte Fluminense; e em Bom Jesus do Itabapoana, no Noroeste Fluminense.

 Fraudes identificadas
A polícia e a Corregedoria do Detran identificaram cinco principais fraudes cometidas pelo grupo. A mais comum é a chamada "vistoria fantasma", em que despachantes pagavam a funcionários os postos pela liberação dos documentos da vistoria, sem que ao menos o carro fosse trazido ao posto.

A investigação constatou que os funcionários cobravam para deixar que carros sem condições de rodar, com pneus carecas ou vidros quebrados, por exemplo, fossem aprovados na vistoria.

A quadrilha também fraudava, de acordo com a polícia, documentos de transferência de veículos. A investigação apontou ainda que o grupo destruiu documentos para evitar a constatação da fraude pela Corregedoria do Detran.

O Ministério Público vai chamar cerca de 100 donos dos carros que tiveram os documentos fraudados. Eles vão ter que passar por nova vistoria para legalizar a documentação.

Investigações
As investigações começaram há cerca de seis meses, após denúncia de que a quadrilha agia desde julho de 2009 e tinha lucro mensal em torno de R$ 200 mil, com fraudes como a "vistoria fantasma". No golpe, documentos referentes a vistorias de veículos eram emitidos sem que  fossem levados ao posto do Detran. Além disso, os criminosos realizavam vários outros crimes.

Segundo o Globo Notícia, fotos mostram documentos apreendidos dentro do carro da chefe de um dos postos do Detran. De acordo com a polícia, ela mandava queimar documentos legalizados para eliminar provas.

O sigilo telefônico dos investigados foi quebrado, conforme autorização da Justiça, e foram monitoradas 60 dias de ligações. Com essa prática, foi constatado que os envolvidos no esquema recebiam propina que variava entre R$ 50 e R$ 1,2 mil para fazer vista grossa em vistorias.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

PM faz operação contra o tráfico de drogas em Manguinhos, no Rio (Postado por Lucas Pinheiro)

 A Polícia Militar realiza, na manhã desta sexta-feira (21), uma operação de combate ao tráfico de drogas no Complexo de Manguinhos, no subúrbio do Rio de Janeiro.

Policiais Batalhão de Operações Especiais (Bope),  vão explodir ainda nesta manhã barricadas montadas pelos traficantes de drogas nas entradas da comunidade. As explosões vão ocorrer próximo à Avenida dos Democráticos. Segundo a Polícia, até as 9h30, apenas carros e motos roubados foram recuperados pelos policiais. Não havia sido registrado prisões nem confontos.

Além dos agentes do Bope, que pela primeira vez utiliza novos quadriciclos da unidade, participam da ação os policiais do Batalhão de Choque (BPChq), do Batalhão de Ações com Cães (BAC), do Grupamento Aeromarítimo (GAM), e do 22º BPM (Maré). A operação também conta com o apoio de um helicóptero blindado.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Outro suspeito de ter participado de chacina na Chatuba é preso (Postado por Lucas Pinheiro)


Policiais militares do núcleo de operações internas da Corregedoria Geral da PM prenderam na por volta das 6h da manhã desta quarta-feira (19) mais um suspeito da chacina na Chatuba, em Mesquita, na Baixada Fluminense.

Danilo Machado Valverde, de 27 anos, conhecido como Químico e Carroceiro, é suspeito de desenterrar os corpos dos seis jovens assassinados no Parque do Gericinó e transportá-los em uma carroça até o local onde foram encontrados próximo a Via Dutra.

"Foi uma operação da nossa inteligência e também teve uma contribuição da população. Isso demonstra uma vontade do nosso comandante geral para dar uma resposta positiva para sociedade", disse o capitão Sebastian, da Corregedoria da PM, que chefou a operação.

De acordo com o capitão, Danilo foi encontrado na localidade conhecida como Bicão, na Rua Icarai, na Favela da Chatuba, em Mesquita, na Baixada Fluminense. Com ele foram encontrados celulares, fardas semelhante as do Exercito, carregadores de celular, um caderno com anotações do trafico e extratos bancários.

De acordo com a Corregedoria da PM, os extratos bancários somaram uma quantia de R$ 20 mil. O dinheiro foi depositado em contas com os nomes de várias mulheres e uma delas pode ser a companheira do Remilton Moura da Silva Junior, o “Juninho Cagão”

O capitão informou também que os Pms chegaram a casa de Danilo por volta das 6h desta quarta-feira (19). "Quando nos chegamos lá, ele estava dormindo. Mas mesmo assim, tentou pular a janela do quarto, porém foi detido", completou o capitão.

Cerca de 30 homens da Corregedoria Interna da Polícia Militar e do 20º Batalhão (Mesquita) Danilo, que está na 53DP (Mesquita), já tinha um mandado de prisão por roubo.

Além dele, outras quatro pessoas envolvidas na chacina estão presas, Daniel Dias Cerqueira dos Santos e Luiz Alberto Ferreira de Oliveira, conhecido como Beto Gordo, e dois menores conhecidos como Foca e Bola.

Menor confessou ter matado cadete da PM
Um menor de 16 anos, detido por envolvimento na morte de nove pessoas na comunidade da Chatuba, em Mesquita, na Baixada Fluminense, confessou ter matado um cadete da Polícia Militar. Segundo o delegado da 53ª DP (Mesquita), Júlio da Silva Filho, o adolescente admitiu ter matado o militar depois de saber que ele era policial. No entanto, ele nega ter participado da morte dos seis jovens.

“Eles abordaram o policial e, depois de terem descoberto a identificação dele, executaram a vítima. Ele tinha deixado uma moça que mora na comunidade em casa e na saída foi pego pelos criminosos”, afirmou o delegado.

Ainda de acordo com Silva Filho, outro suspeito de ter matado os jovens, Luiz Alberto Ferreira de Oliveira, conhecido como Beto Gordo, também está preso. O criminoso foi detido em flagrante na semana passada durante as operações realizadas na Chatuba, mas foi identificado depois como um dos envolvidos na execução dos menores.

Na terça-feira (11), Daniel Dias Cerqueira dos Santos também foi apontado como um dos suspeitos pelas mortes. Ele foi reconhecido por Cildes Vieira do Espírito Santo, pai de um dos jovens assassinados na comunidade, como sendo o traficante que ordenou os disparos nos parentes das vítimas, que foram à Favela da Chatuba um dia após o desaparecimento dos seis adolescentes.

Ainda há quatro acusados que estão com mandados de prisão expedidos, mas continuam foragidos. São eles: Remilton Moura da Silva Junior, o “Juninho Cagão”; Marcus Vinícius Madureira da Silva, o “Ratinho”; Jonas Santos Pereira, o “Jonas Pintado” ou “Velho” e Fernando Domingos Pereira Simão, o “Sheik” ou “Fernandinho”.Prefeitura mandou construir muro

Após a chacina que vitimou nove pessoas em Mesquita, na Baixada Fluminense, entre eles seis jovens, a prefeitura do município começou a construir um muro para proteger a população da Favela da Chatuba, vedando um dos acessos ao Parque Natural de Gericinó, na localidade conhecida como Curral.

Os seis jovens mortos foram: Glauber Siqueira, Victor Hugo Costa e Douglas Ribeiro, de 17 anos, Josias Searles e Patrick Machado, de 16, e Christian Vieira, de 19. Além deles, também foram mortos na região o pastor Alexandro Lima, José Aldeci Junior, 19, e o cadete da Polícia Militar.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

RJ: imagens revelam esquema de corrupção e assassinato em Japeri (Postado por Lucas Pinheiro)


Uma denúncia exclusiva de corrupção e assassinato em Japeri, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro.

Os funcionários da prefeitura se esforçam, não podem falhar. A banquinha de sorvete está no centro de uma disputa política. O dono da banca era André da Silva Conceição, o Andrezinho. Comerciante, pai de três filhas, adversário político do prefeito.

“Ele falou que me odeia. Cheio de buraco na cidade para tampar, parou a cidade por causa do Andrezinho”, diz.

Quando Andrezinho fazia um discurso improvisado na calçada, já estava marcado para morrer. “Minha mãe está com medo de ele me matar, minha mãe passou a noite chorando”, disse o candidato.

Quem mandou retirar a barraca da calçada foi Ivaldo dos Santos, o Timor, atual prefeito e candidato à reeleição pelo PSD, em Japeri. A cidade de 95 mil habitantes tem o pior Índice de Desenvolvimento Humano da Baixada Fluminense.

O prefeito Timor gravou imagens para ter provas contra dois vereadores do PSB: o presidente da Câmara, Zé Ademar, e Valter de Macedo, o Val. São todos aliados políticos, mas parece que o prefeito não gosta muito deles.

Depois de uma conversa, Timor entrega um maço de notas a Zé Ademar, que guarda o dinheiro no bolso.

Pouco depois, a cena se repete com o vereador Val. A câmera foi colocada de modo a não mostrar o rosto da pessoa que entrega o dinheiro aos dois vereadores. Mas ela fica ligada até o momento em que o prefeito leva Zé Ademar até a porta, e se vê o rosto de Ivaldo dos Santos.

As imagens foram periciadas pela polícia. São autênticas.

O delegado Carlos Augusto da Silva tem uma explicação para a entrega do dinheiro. “Pela análise do conteúdo dos diálogos, tudo leva crer que se trata de pagamento de propina em troca de apoio político”, afirma.

As imagens dos pagamentos foram gravadas em março do ano passado. Naquela época, esses dois vereadores estavam ameaçando fazer uma aliança com a oposição. Depois de reconquistar o apoio de Val e Zé Ademar, o grupo do prefeito decidiu atacar quem estava criando o problema. Segundo a polícia, a decisão foi matar Andrezinho.

No dia 12 de maio de 2011, Andrezinho, que aparece de camiseta branca, mandou instalar câmeras de vigilância em seu restaurante, em Japeri. Não imaginava que, naquele mesmo dia, elas gravariam as últimas imagens dele com vida.

Com o restaurante já fechado, chega um visitante. Outro homem, também de camiseta branca, é Sidnei Coutinho, que na época era secretário municipal de Assistência Social de Japeri. Segundo as investigações, a vítima abraçou um traidor.

A polícia diz que quando Sidnei foi ao banheiro, informou pelo celular o momento em que a vítima iria embora e as roupas que estava vestindo. Pouco antes das 21h, Andrezinho saiu do restaurante para morrer.

Ele foi assassinado de joelhos, com dois tiros, na frente da própria casa. O atirador ainda levou alguns objetos para simular um assalto. Mas, aos poucos, foi ficando clara a motivação política do crime.

Dois meses depois, a polícia prendeu o homem que seria o assassino, Tiago Rosa da Silva, o TH, gerente do tráfico em um dos bairros de Japeri. Mas a chave da investigação foi a prisão de Ítalo Gomes Nery, o Dudu. Motorista da prefeitura de Japeri, foi ele quem contratou o atirador e o levou até a casa de Andrezinho.

Arrependido, na delegacia, Dudu confessou o crime, e pediu para conversar com a mãe da vítima. “Primeiramente, já pedi muito perdão a Deus pelo que eu fiz, estou aqui quero pedir perdão à senhora, a senhora não é obrigada a aceitar porque eu sei da dor que a senhora está sentindo”, disse.

“Eu sou mãe, eu sou mãe. A dor, a saudade não vai passar nunca. Apesar de todo sofrimento que você me fez, eu tenho pena de você”, falou a mãe da vítima.

O trabalho da polícia prosseguiu. Dudu apontou um dos mandantes do crime: Seny Júnior, ex-secretário de governo de Japeri. Foi em um cofre na casa dele que os investigadores acharam o pen drive com as imagens do prefeito entregando dinheiro aos vereadores.

“Como nós apreendemos esse pen drive, ele se mostrou bastante nervoso, inclusive temeroso por sua vida, dizendo que se o segredo ali fosse revelado ele seria um homem morto”, apontou o delegado.

Seny Júnior foi preso no último dia 22 de junho. E no dia seguinte, a polícia prendeu outro secretário municipal: Cláudio Vieira, tio do prefeito Timor, que emprestou o carro usado no crime. Mesmo na cadeia, Cláudio ainda é secretário de governo em Japeri.

No dia 8 de agosto, foi preso o terceiro secretário: Sidnei Coutinho, o do restaurante. Os cinco presos foram denunciados pelos promotores do Gaeco, o Grupo de Combate ao Crime Organizado, e já tiveram um habeas corpus negado pela Justiça.

A polícia tem convicção do envolvimento do prefeito no crime. “A investigação está bem conduzida nesse sentido de que o prefeito Timor é um possível mandante do crime. Todos estão presos, denunciados, com exceção do prefeito”, afirma o delegado.

A equipe de reportagem do Bom Dia Brasil esteve na prefeitura de Japeri, mas não foi recebida pelo prefeito. À noite, por telefone, o advogado dele disse que Timor não vai falar sobre as denúncias. “No momento não tem o que se pronunciar nesse sentido. Porque os fatos são absolutamente estranhos a ele”, disse.

Com foro privilegiado, o prefeito só pode ser indiciado depois de uma requisição do procurador-geral de Justiça. O inquérito foi enviado a ele no dia 26 de julho.

A equipe também procurou os vereadores que receberam o dinheiro, mas nenhum deles estava na Câmara Municipal. A campanha eleitoral em Japeri segue normalmente.

sábado, 15 de setembro de 2012

Policial militar é morto na porta de casa em São João de Meriti (Postado por Lucas Pinheiro)

Um sargento da Polícia Militar, identificado como Luiz Alberto Tavares de Sampaio, de 45 anos, foi morto por volta das 22h da noite desta sexta-feira (14) em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.

Segundo informações do 21º BPM (São João de Meriti), Luiz Alberto foi homenageado nesta sexta-feira no quartel e quando estava chegando em casa, na Avenida João de Deus Menezes, foi assassinado. A perícia está no local.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Polícia do Rio faz megaoperação para prender criminosos da Chatuba (Postado por Lucas Pinheiro)


Cerca de 350 agentes das polícias militar e civil realizam, na manhã desta sexta-feira (14), operações em pelo menos seis comunidades da Zona Norte do Rio de Janeiro para prender os suspeitos de envolvimento na morte de nove pessoas, entra elas, os seis rapazes assassinados no Parque de Gericinó, em Mesquita, na Baixada Fluminense.

Além do Chapadão e do Cajueiro, as ações ocorrem também no Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho. Há incursões ainda nas comunidade do Job, na Pavuna, no Final Feliz e do Bom Tempo, em Anchieta. Já no entorno do Jacarezinho e de Manguinhos, são realizadas algumas blitze.

Segundo a polícia, até as 7h10, duas pessoas já haviam sido presas no Morro do Chapadão, em Costa Barros, no subúrbio. Já no Cajueiro, um suspeito que trocou tiros com os PMs foi baleado. Ele chegou a ser encaminhado ao Hospital estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes, onde morreu.

Também no Cajueiro, dois homens foram presos e dois menores apreendidos. Na ação, os agentes encontraram também uma pistola calibre nove milímetros, uma pistola .40, 17 tabletes de maconha, 74 trouxinhas da droga, 21 pedras de crack, três rádios transmissores, além de carregadores e munições.

Ligações para o Disque-Denúncia
Até as 10h10 desta sexta, o Disque-Denúncia havia recebido 373 ligações referentes à operação Chatuba, com informações sobre os responsáveis pela Chacina de Mesquita.

Prisão temporária
Nesta quinta-feira (13), o juiz Márcio Alexandre Pacheco da Silva, da 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, decretou a prisão temporária de 30 dias, de cinco suspeitos de envolvimento na morte dos seis jovens.

Os mandados de prisão foram expedidos contra Remilton Moura da Silva Junior, o "Juninho Cagão"; Marcus Vinicius Madureira da Silva, o "Ratinho"; Jonas Santos Pereira, o "Jonas Pintado" ou "Velho"; Fernando Domingos Pereira Simão, o "Sheik" ou "Fernandinho" e Luiz Alberto Ferreira de Oliveira, o "Beto Gordo". Os cinco, que teriam participado do tráfico de drogas no bairro da Chatuba, são investigados também pela prática de homicídio duplamente qualificado - por motivo torpe e mediante tortura ou outro meio insidioso ou cruel.

Dois menores presos na Chatuba

Na quinta, foram presos dois menores, que, segundo o delegado Júlio da Silva Filho, da 53ª DP (Mesquita), tiveram participação ativa nas mortes dos seis jovens e de outras três pessoas no último fim de semana. “Eles constam como executores dos crimes”, afirmou o delegado.

Os jovens, ainda segundo o delegado, são gerentes do tráfico na localidade conhecida como Bicão. O delegado explicou ainda que os dois chegaram a ser indiciados pelos crimes antes de a polícia constatar que são menores de 18 anos. Mas, como são adolescentes, não podem ser indiciados pela polícia.

Os adolescentes, no entanto, não admitem participação em nenhuma das nove mortes. “Eles admitem que são da comunidade, que viram os garotos na ocasião dos fatos, que conhecem alguns dos nomes que estamos procurando, mas negam participação no crime”, afirmou o delegado, destacando que eles foram reconhecidos e que a polícia já tinha depoimentos de testemunhas sobre a participação deles nos crimes.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

‘Peço, em nome de Jesus: devolva o corpo do meu marido’, disse mulher (Postado por Lucas Pinheiro)




Evangélica e muito religiosa, a esposa do auxiliar de serviços gerais Alexandre Lima, de 37 anos, estava presente, na noite de quarta-feira (12), ao culto do Ministério Palavra de Vida, em Nilópolis, na Baixada Fluminense, quatro dias após o assassinato do marido. O ministério foi fundado com a ajuda de Alexandre, há dois anos. O diácono Alex, como era mais conhecido pelos fiéis, foi morto por traficantes, no sábado (8), quando caminhava no Parque do Gericinó, próximo de casa, também em Nilópolis. De acordo com a esposa, os criminosos não queriam devolver o corpo, até que ela fez um apelo: “Você tem pai, você tem mãe, você tem filho, você tem alguém que você ame? Eu te peço, em nome de Jesus, que você devolva o corpo do meu marido. Em nome de Jesus!”

A esposa de Alexandre, que prefere não ter o nome revelado, deu entrevista ao G1 na pequena casa onde são realizados os cultos, próximo ao bairro Cabral, em Nilópolis. Ela confirmou a versão de que o marido pode ter sido morto por estar com fones de ouvidos e não ter escutado ordens dadas por traficantes da Favela da Chatuba, que fica no município de Mesquita, ao lado de Nilópolis. Segundo ela, um vizinho presenciou o crime da laje de casa, que tem fundos para o Parque do Gericinó. “O vizinho contou que o Alex estava andando na mata, quando os caras falaram: ‘Para! Para aí! Levanta a blusa! Levanta a blusa!’ Ele não levantou a blusa e mandaram bala nele”, relatou a esposa do diácono, que trabalha como empregada doméstica.

‘Atiraram no seu marido’, alertou vizinha
De acordo com ela, o crime ocorreu por volta das 6h30 do sábado. “A gente acordou 5h30, e resolvermos caminhar. Era o dia seguinte ao feriado e eu estava de folga, porque todas as minhas patroas estavam viajando”, recorda. “Ele gostava muito de ouvir música evangélica. Mas, como tinha pouco estudo, e não manja muito como mexer no rádio, botei na Rádio do Louvor para ele escutar”, recorda a esposa.

Um portão nos fundos da casa onde Alexandre morava dá para o Parque de Gericinó. Ele e a esposa costumavam caminhar e correr na trilha que corta a mata. “Olhei pela janela, e ele estava lá na trilha, ouvindo o rádio. Por umas três vezes, o olhei andando para lá e para cá, com os fones de ouvido e olhando os passarinhos. Eu fiquei em casa, limpando nosso quarto”, lembra.

“De repente, uma vizinha veio chamando: ‘Vem aqui, rápido, para não assustar as crianças.’ Perguntei: ‘O que houve?’ Ela respondeu: ‘Atiraram no seu marido.’ E eu: ‘Não. Meu marido está ali. Acabei de vê-lo pela janela. Vou lá chamar’ Mas ela garantiu: ‘Não! Foi o Alex! Meu cunhado viu tudo lá da laje.’”, recorda a esposa do diácono. Ela conta que, de início, quis ir correndo ver o que tinha acontecido com Alexandre, mas foi contida por um vizinho, que se prontificou a tentar chegar até o local do crime. “Mas meu vizinho contou que os traficantes ameaçaram: ‘Mete o pé! Volta! Quem passar, vou mandar fogo’”, contou a esposa.

‘Se ligar para a polícia, eles voltam e matam todo mundo’, alertou vizinho
Então, mesmo alertada pelos vizinhos do perigo – “Você sabe como é aqui: se ligar para a polícia, depois eles vão voltar e vão matar todo mundo” -, a esposa de Alexandre ligou para 190. “Mandaram aguardar na esquina da minha casa. Demorou cerca de meia-hora, mas, depois, chegaram vários carros da polícia. Expliquei toda a situação e dei meus documentos e os do meu marido”, recorda. “Os policiais não entraram no Parque do Gericinó porque disseram que era uma área restrita, e que teriam que aguardar uma autorização”, complementou.

Em seguida, a esposa do diácono foi alertada por uma das filhas que os traficantes estavam atendendo o telefone de Alexandre. “Liguei e falei assim: ‘Eu poderia falar com o Alex?’ Responderam: ‘Não tem nenhum Alex aqui.’ Eu disse: ‘Vem cá, meu filho: eu já sei do acontecimento. Não me interessa o que fez, ou o que deixou de fazer. Eu quero ir pegar o corpo do meu marido. Você permite que eu entre aí? Nem que eu entre sozinha. Eu quero o corpo do meu marido, por favor, porque eu sou uma pessoa de Deus. Ele também é uma pessoa de Deus e eu preciso enterrá-lo.’”, conta ela.

Na primeira ligação, os traficantes disseram que o corpo estava em uma rua próxima à Favela da Chatuba. Mas, mesmo com a ajuda de um mutirão de vizinhos, nada foi encontrado. A esposa de Alexandre insistiu, e na segunda vez, o traficante respondeu: “Olha, você está com muita marra, mas vou falar: está lá no rio.”

“Fomos ver, e estava no rio, próximo à Chatuba”, recorda a esposa de Alexandre. Ela conta que um primo dela, que é bombeiro, foi quem retirou o corpo de dentro do rio. “Desde que nós viemos morar aqui, sempre existiu a violência, mas para quem devia, para quem era envolvido, ou pessoas de favelas rivais. Mas, com morador, com inocentes, é a primeira vez”, conta a esposa. “Quem sujava a favela, roubava, os caras matavam ou cortavam a mão, ou davam castigo, punição”, acrescenta.

‘A cachoeira é dos traficantes’
Alexandre Lima foi um dos oito mortos de um sábado sangrento, quando outros seis jovens, todos moradores de Nilópolis, também foram mortos, após tomarem banho em uma cachoeira próxima à Favela da Chatuba. “Os meus vizinhos, de 70 anos, falam que sempre foram tomar banho na cachoeira. É a história da vida de todo mundo que mora perto do Parque de Gericinó. Nós mesmos já fomos tomar banho na cachoeira. Paramos de ir porque falaram que agora a cachoeira tem dono. A cachoeira é dos traficantes e ninguém mais pode passar para lá”, contou a esposa do diácono.

Além deles, um cadete da Polícia Militar também foi executado e um outro jovem está desaparecido. Mas o pastor que fundou o Ministério Palavra de Vida junto com Alexandre descarta a relação entre os crimes. “Não tem nada a ver com a morte do cadete. Não teve nenhuma ligação. O cadete, pelo que contam, estava em um baile funk, no Clube Lisboa. Quando foi levar uma menina em casa, o apanharam no meio da rua, na Chatuba. Sabiam que era PM e o mataram”, contou o pastor, que também pediu para não ser identificado.

“O Alexandre estava na hora errada e no lugar errado”, afirmou o pastor. “No mesmo dia em que o Alexandre foi morto, vizinhos que moram em casas coladas ao Parque de Gericinó presenciaram os traficantes ameaçando militares do Exército, que estavam se exercitando. Os traficantes botaram eles para correr”, acrescentou ele.

O pastor ressalta que os traficantes usam binóculos nas guaritas do Exército que existem dentro do parque, “e que foram abandonadas pelos militares”. “Essas pessoas (os traficantes) se drogam. Eles usam diversos tipos de drogas e ficam alucinados. Tanto que mataram o Alexandre e os outros seis jovens”, diz.

Alexandre deixa cinco filhos: um deles adotado
Alexandre e a esposa estavam juntos há 20 anos. Conheceram-se em Itaipuaçu, distrito de Maricá, onde os pais deles trabalhavam em sítios, como caseiros. Ela tinha 16. Ele, 17. Mudaram-se para Nilópolis em 1999, onde entraram para a igreja evangélica e se casaram. Criavam, juntos, cinco filhos, um deles adotado. O primeiro filho nascido após se mudarem para Nilópolis faz aniversário neste sábado (15), uma semana após a morte do pai.

“Era um homem respeitador, assalariado, que sustentava a família. Era uma pessoa que sempre buscava ajudar o próximo. Perdemos um homem valoroso, não só na igreja, mas na própria comunidade. Foi uma covardia muito grande”, finaliza o pastor.

Enquanto se esforça para conter as lágrimas, a esposa de Alexandre conclui: “Eu não consegui comer até hoje. Só nesta quarta-feira fui comer um pouquinho. Ele era muito carinhoso, e sempre me esperava para comer. É uma tortura. Ficar dentro de casa também dá um vazio. Tem horas que dá vontade de chamar por ele. Parece que a pessoa está ali.”

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Pai de uma das seis vítimas de chacina em Mesquita diz que local do crime era ‘parque de lazer’ do tráfico (Postado por Lucas Pinheiro)




Palco de oito mortes e um desaparecimento no último fim de semana, o Parque Natural de Gericinó, em Mesquita, na Baixada, passou a ser temido por moradores e considerado uma espécie de área de lazer do tráfico. Para familiares e amigos das vítimas, o território pertence ao poder paralelo.

— Gericinó foi delimitado pelos vagabundos. Da guarita sobre a barragem em diante, ninguém passa. Ali, nem o Exército nem a Polícia Militar podem entrar. Virou um parque de lazer para os vagabundos, porque ninguém pode passar — desabafou o pedreiro Cildes Vieira do Espírito Santo, no enterro do filho Christian de França Vieira, de 19 anos.

O jovem é um dos seis rapazes, com idades entre 16 e 19 anos, que estavam a caminho da cachoeira das Pedrinhas, no Parque de Gericinó, quando foram sentenciados a morte por traficantes por causa de uma música no celular de um deles, que reproduziu funk de apologia a uma facção rival aos bandidos. Desaparecidos desde sábado, seus corpos só foram encontrados anteontem, à beira da rodovia Presidente Dutra.

Uma moradora da área, que preferiu não se identificar, disse que, dias atrás, militares faziam um exercício de rotina, próximo a uma guarita no campo de instrução do Exército, quando cruzaram com traficantes.

— Os bandidos estavam armados e mandaram eles voltar — contou.

A versão foi desmentida pelo Comando Militar do Leste. O Exército também contestou a versão de que os garotos tinham ido a uma cachoeira em área militar. Segundo os militares, não há provas de onde foi o local exato da captura.

— Não podemos afirmar que traficantes não entraram, porque é a área extensa, de mata nativa. Mas não temos nenhum registro de que eles interromperam um exércício militar. Nunca iríamos admitir isso — disse o coronel Saulo Chaves dos Santos, chefe de comunicação social do Exército.

Como resposta à ação dos bandidos, a PM irá instalar uma companhia na favela da Chatuba, em Mesquita, que deve começar a funcionar na próxima segunda-feira. A nova unidade terá 112 homens — 64 deles estiveram no Batalhão de Campanha na ocupação do Complexo do Alemão, em 2010. A companhia será comandada pelo tenente Ricardo Araújo Delgado, do 20 BPM (Mesquita).

— São policiais que adquiriram experiência numa área em processo de pacificação. Isso pode fazer a diferença — afirmou o coronel Frederico Caldas, relações-públicas da Polícia Militar.

Leia mais: http://extra.globo.com/casos-de-policia/pai-de-uma-das-seis-vitimas-de-chacina-em-mesquita-diz-que-local-do-crime-era-parque-de-lazer-do-trafico-6065629.html#ixzz26GfnKTV2

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Corpos dos seis jovens mortos em chacina são velados em Nilópolis (Postado por Lucas Pinheiro)




Os corpos dos seis jovens mortos na chacina ocorrida no sábado (8) no Parque do Gericinó em Mesquita , na Baixada Fluminense, estão sendo velados juntos, desde 1h desta terça-feira (11), em um ginásio municipal em Nilópolis. A polícia ainda não revelou o motivo do crime, mas diz que os autores são traficantes de uma comunidade próxima ao parque de onde os rapazes foram tomar banho de cachoeira.

Dois caixões estão fechados, os de Glauber Siqueira, de 17 anos, e Christian Vieira, de 19. Também já estão no ginásio os corpos de Victor Hugo Costa e Douglas Ribeiro, de 17 anos; e Josias Searles e Patrick Machado, de 16. Os seis foram mortos no sábado, em Mesquita, e seus corpos encontrados nesta segunda-feira (10), lado a lado, enrolados em lençóis, nus, amordaçados e com sinais de facadas e marcas de tiro.

Cerca de 200 pessoas, entre familiares e amigos, acompanham emocionadas o velório. Algumas delas, entre elas a mãe de Glauber, estão saindo desmaiadas do local. A quadra do ginásio municipal está lotada e a Polícia Militar e Guarda Municipal reforçam a segurança do local.

Os corpos foram chegando ao longo da madrugada. Às 6h30, os cinco corpos já estavam sendo velados. O corpo de Douglas Ribeiro foi último a chegar.

Parentes dos seis jovens mortos na chacina passaram a segunda-feira (10) no Instituto Médico Legal (IML) do Rio, onde fizeram o reconhecimento dos corpos. No início da noite, carros da funerária e da Defesa Civil começaram a sair do prédio para levar os corpos dos rapazes para a Santa Casa. Um trabalho que terminou no começo da madrugada. De lá, começaram a sair para o velório.

O enterro, inicialmente marcado para 10h, teve o horário mudado para 14h, no mesmo local, o Cemitério de Olinda, também em Nilópolis.

Investigações
As investigações da polícia apontam para a participação de pelo menos 20 traficantes na chacina de seis jovens ocorrida no Parque do Gericinó, em Mesquita, Baixada Fluminense, segundo o delegado Júlio da Silva Filho, titular da 53ª DP (Mesquita). O delegado afirmou que, além do assassinato dos rapazes, os criminosos também seriam os responsáveis pela morte do pastor Alexandre Lima e de um aspirante a PM. A polícia também investiga o desaparecimento de José Aldecir da Silva, que acompanhava o pastor na comunidade.

O delegado disse que todas as mortes foram comandadas por Remilton Moura da Silva Júnior, conhecido como Juninho Cagão, chefe do tráfico de drogas na Chatuba. Ainda segundo a polícia, há a hipótese de o PM ter sido torturado na área do parque pelo grupo criminoso.

Os seis jovens saíram de casa sábado (9), em Nilópolis, na Baixada Fluminense, para ir a uma cachoeira que fica próxima à Favela da Chatuba, em Mesquita, e também ao Campo de Gericinó, área militar do Exército Brasileiro. Os corpos foram encontrados nesta manhã com tiros e facadas em uma área perto da Via Dutra, em Jacutinga.

De acordo com o delegado, os seis jovens teriam sido mortos por morarem em uma comunidade pertencente à facção criminosa rival à dos traficantes da Chatuba. Júlio da Silva Filho informou ainda que o pastor e José Aldecir teriam sido executados por não atender à ordem dos criminosos de se afastarem do local no momento da execução do PM.

Segundo o delegado, a chacina dos seis jovens e a possível execução dos outros três homens são dois crimes separados.

A polícia ainda está à procura de José Aldecir da Silva e do pastor Alexandro Lima. Os dois caminhavam no Parque de Gericinó, ambos ouvindo música.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Chacina deixa 4 pessoas mortas em Japeri, na Baixada Fluminense (Postado por Lucas Pinheiro)



Quatro pessoas foram encontradas mortas com marcas de tiros na cabeça, em uma casa abandonada em Japeri, na Baixada Fluminense, na manhã deste domingo (9). Segundo policiais da 63ª DP (Japeri), entre os mortos estariam dois adolescentes. A polícia ainda não tem pistas de quem são os assassinos.

As outras duas vítimas, um homem e uma mulher, eainda não foram identificadas, mas aparentam ter mais de 18 anos . A polícia chegou até o local após uma denúncia anônima. Foram encontradas munições de revólver e 57 papelotes de cocaína.

Um dos adolescentes foi identificado como Kelverton Pimentel Dias, de 15 anos, o pai do jovem se identificou como pastor. À polícia, ele disse que o filho praticava roubos na região.

O crime acontece na Rua Braulir Dias Guimarães, na altura 274, no bairro da Chacrinha. Segundo vizinhos, vários disparos foram ouvidos por volta de meia-noite. Para a polícia, o imóvel era usado como ponto de uso e venda de drogas. A PM informou que já realiza patrulhamento 24 horas por dia nas proximidades do local onde houve o crime, mas que vai intensificar o policiamento na região.


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quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Diretora de escola que teve ônibus sequestrado em Coelho Neto muda trajeto de policiais com medo de confronto (Postado por Lucas Pinheiro)


Sem confiança na Polícia Militar, a diretora do Colégio Interativo, que teve o ônibus sequestrado por um bandido em fuga, em Coelho Neto, tentou evitar uma tragédia ainda maior. Ao ser questionada pelos PMs, Luzia Caldeira informou o trajeto errado do veículo, para que não houvesse perseguição.

— Na hora, me lembrei do sequestro do 174 e imaginei minhas crianças lá dentro. A primeira reação foi dar o caminho errado para que os policiais não fossem atrás.

Segundo Luzia, ela preparava os alunos do 6º ao 9º ano para uma excursão no NorteShopping, quando os tiros começaram na rua. Imediatamente, ela colocou as crianças no ônibus e os pais dentro da escola e pediu que o motorista fechasse as portas. Mesmo assim, o bandido ainda conseguiu entrar.

— Lá dentro, pedimos para as crianças começarem a rezar para que o tiroteio parasse. Em nenhum momento elas viram o bandido.

No retorno do veículo, segundo Luzia, os policiais cercaram o ônibus com as armas apontadas. Eles só liberaram a passagem quando uma professora avisou que o ônibus já havia sido liberado.

— Quando vi os policiais cercando o ônibus tive certeza que poderia acontecer um desastre maior — conta.

Segundo Marco Antônio Pereira, motorista do ônibus, o bandido conseguiu entrar enquanto ele fechava a porta e logo gritou para que o levasse para o Morro da Pedreira, em Costa Barros. Armado, o criminoso não ultrapassou a cabine que separa o motorista dos passageiros.

— Ele só me mandava andar logo para o morro, mas afirmou o tempo todo que não estava ali para fazer nada com ninguém, apenas para fugir — afirmou.

Segundo Luzia, a rua Ouseley, onde começaram os tiros, tornou-se uma rota de fuga de criminosos para o morro. Assaltos na região tornaram-se constantes e falta policiamento.

— Nem depois dessa tragédia temos policiais aqui patrulhando as ruas. Estamos fazendo um apelo. Precisamos de mais segurança aqui para que não ocorra algo ainda pior — afirmou.


quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Preso por furtar frango comemora liberdade com churrasco em família (Postado por Lucas Pinheiro)


Cláudio Charles Gonçalves Pereira, de 33 anos, ficou sete dias preso por furtar pedaços de frango congelado na empresa onde trabalhava. Ele foi solto na noite desta terça-feira (4) e recebido por sua família, que o aguardava com um churrasco na casa de sua mãe, em Nova Aurora, bairro de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, para comemorar a liberdade.

“Ah, eu estou muito feliz de estar em casa. Esta uma semana que fiquei preso foi uma eternidade. Ficar longe da minha família, da minha mulher, dos meus amigos aqui da rua foi muito ruim”, disse. Ele brincou que agora se tornou vegetariano. “Agora eu não como mais frango, não. O churrasco aqui hoje é só carne de porco e carne de boi mesmo”.

Ele trabalhava em uma empresa terceirizada que oferece lanches e refeições à Petrobras, na Ilha do Governador. Além dele, outros dois funcionários foram presos em flagrante acusados de furtar pedaços de frango congelado, barras de cereais e iogurte. Eles alegaram que só pegaram a comida que seria jogada no lixo. No dia seguinte ao ocorrido, os três pagaram fiança, equivalente a um salário-mínimo, e foram soltos.

Mesmo assim, o Ministério Público pediu que os funcionários ficassem presos até o fim do julgamento. Após o pedido do MP, a Justiça expediu um mandado de prisão preventiva para os três acusados. No entanto, apenas Cláudio voltou a ser preso.



Cláudio afirma que os 2kg de frango iriam para o lixo e, por isso, colocou na mochila para levar para casa. Segundo ele, em dois anos e três meses ele nunca tinha visto ninguém ser revistado dentro da empresa. No dia 19 de junho, foi feita uma inspeção e encontraram o frango na mochila de Cláudio. Ele foi levado para a 54ª DP (Belford Roxo) e pagou uma fiança no valor de um R$622,00. Na terça-feira, 28 de agosto, a polícia buscou Cláudio em casa e o levou para a delegacia novamente. Da 54ª DP, ele foi encaminhado para Bangu II e posteriormente para Japeri.

Ele dividiu uma cela com mais doze homens, entre eles acusados de tráfico e estupro. “Quem tem colchão para dormir, dorme, quem não tem, dorme no chão, no frio mesmo. É complicado”, disse.

A Justiça revogou a prisão de Cláudio em 30 de agosto, mas o alvará de soltura foi expedido apenas na segunda-feira (3). No mesmo dia 30, ele foi transferido para Japeri sem nem poder avisar a sua família.

Para chegar até o trabalho Cláudio caminhava 15 minutos do bairro Bela Vista até a rodoviária Nova Aurora, em Belford Roxo. Lá ele aguardava o ônibus da empresa que levava ele e seus colegas até a Ilha do Fundão. Cláudio trabalha desde os 17 anos de idade. Começou ajudando o seu pai, que é proprietário de um armazém na mesma rua onde moram. Depois começou a fazer diversos bicos: trabalhou como ajudante de obras e como vendedor no Ceasa. Este era o terceiro trabalho de Cláudio com a carteira assinada.

Ele se diz preocupado em não conseguir um novo emprego por ter sido preso.

“Eu preciso trabalhar, eu sou casado, minha mulher tem filhos que eu tenho que sustentar. Ela está trabalhando sozinha agora. Eu quero arrumar um serviço também”, disse.

O irmão de Cláudio, Gilson Pereira, não se conforma com o fato de a fiança ter sido paga pela família de Cláudio e, ainda assim, ele ter sido preso sem julgamento. “A gente quer saber por que isso aconteceu. A juíza tinha que dar a sentença. Ele foi condenado antes de ser julgado”, disse.

Cláudio não foi demitido por justa causa. Em sua carteira consta dissídio coletivo, mesmo sem ter havido nenhum acordo entre ele e a empresa.

Incidente ocorreu em junho
O incidente ocorreu no dia 19 de junho no restaurante do Centro de Pesquisas da Petrobras, na Ilha do Fundão. A empresa terceirizada que oferece lanches e refeições à Petrobras registrou queixa na delegacia contra os três funcionários.

No dia 20 de junho, o Ministério Público pediu a prisão preventiva porque entendeu que o crime era mais grave por se tratar de funcionários da empresa. A Justiça decretou a prisão, que foi cumprida na semana passada.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Mãe que deixou filha de 15 anos viver com homem de 28 é denunciada (Postado por Lucas Pinheiro)

O Ministério Público (MP) do Estado do Rio de Janeiro denunciou uma mulher que permite que a filha de 15 anos viva com um homem de 28 anos. Segundo o texto da denúncia, a adolescente foi entregue ao homem pela própria mãe, "que encoraja o relacionamento, inclusive sexual”. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados pelo MP.

A mulher foi denunciada pela prática prevista no artigo 245 do Código Penal Brasileiro, que estabelece como crime "entregar filho menor de 18 anos a pessoa em cuja companhia saiba ou deva saber que o menor fica moral ou materialmente em perigo".

Subscrita por Maria de Lourdes Féo Polonio, da Promotoria de Investigação Penal de Petrópolis, a denúncia destaca que o homem já foi denunciado anteriormente pelo MP por lesão corporal e por ameaça à ex-mulher. "Insta observar que tal atitude, da ora denunciada, configura situação de perigo moral para a adolescente, colocando em risco sua incolumidade, restando assim vulnerável ao domínio de pessoa cujo temperamento é sabidamente violento, como faz prova sua folha de antecedentes criminais (FAC)", narra a denúncia.

O texto relata ainda que a mulher incorre e afronta a Lei Maria da Penha, "porque a mãe tem o dever de zelar pela segurança e pelo bem estar da filha e de a proteger de situações e de pessoas que possam lhe representar risco".

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.